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ϟ KLAUS ϟ

Estava diante da porta da casa dos Gilbert, havia passado muito tempo desde minha ida a New Orleans. Lá agora era meu lar devido as circunstâncias que me levaram e que não vem ao acaso neste momento. Voltei a Mystic Falls por tempo indefinido afim de resolver em partes ou por completo o que está ocorrendo: A vingança de Tylah contra mim. Só de pensar me leva aos risos.. Com aquele imbecil pensa com quem está lidando? Ele já foi meu servo, devia se lembrar de que posso coloca-lo na coleira antes sequer de pensar em latir. Mas Tylah é tão inútil e previsível. Há mais de uma semana ele foi a New Orleans tentar acabar comigo após eu ter feito isso com a sua mãe. Ele tentou e claro sem sucesso não deu em nada... Mas antes de fugir disse a ele que o procuraria a cada pedaço de terra desse universo começando em Mystic Falls com sua então namorada, Caroline. Ahhhh minha doce Caroline.. É claro que não faria mal algum a ela. Como um anjo pode despertar coisas inimagináveis em mim? Desfiz aquele pensamento ao vê-la saindo pela porta de braços cruzados e com o olhar mais furioso e lindo que já vi. Por esse motivo demorei a vir de imediato para cá... Ela fazia meu lado fraco despertar e eu odiava ter que lidar com isso, ser vulnerável não combina comigo. Nasci para ser rei.

–Então..-começou ela- O que veio dizer? -ainda com os braços sob o peito, ficava na defensiva, era claro que ela já sabia do que tratara.

–Olá love... Que bom que está ciente do que seu namorado tentou fazer comigo, isso mostra que o feito ruim não veio de mim. -disse num humor sombrio, apesar de sentir atraído (ou seja lá o que for isso) por ela, tinha uma reputação a zelar. Ela me encarou, descrente de qualquer palavra que saiu da minha boca.

–Eu sei que ele foi atrás de você afim de buscar vingança.. E não o culpo por isso.. Mas eu e ele não temos mais nada.. Não tenho nada haver com o que quer que ele tenha feito. -suspirou, dizia em um discurso que parecia que treinava para faze-lo a qualquer momento. Eu sorri (mais do que o normal) ao saber que ela e ele não tinham mais nada. Algo em mim acendia a cada palavra dita e aquilo me assustava. Pela primeira vez em décadas, algo além de meu pai.. me assustava.

–Entendo tudo isso sweetheart.. Mas prometi a mim mesmo que vasculharia cada centímetro de terra até faze-lo pagar.. Por tudo. -minha voz saiu feroz nessas duas últimas palavras e por incrível acaso seus olhos brilharam. Estava claro pra ela que eu queria acabar com a vida dele? Parecia querer o mesmo que eu ou eu realmente estava louco.

– Não me importo com isso. -disse finalmente ela se virou pra mim e deu um passo em direção a casa, em um impulso rápido eu segurei seu braço e a fiz me olhar, não sei porque fiz, simplesmente fiz. Nos seus olhos haviam dor, lágrimas.. Eu entendia o desdém dela em função ao Tylah... ele a deixou. Completamente quebrada por dentro e implorando por ajuda. Eu a entendia. No meu lado fraco, aquele que ninguém conhece sofri assim por causa de meu... pai. Ele me devastou por dentro, pelo mesmo motivo tolo de Tylah. Vingança. Ele não me aceitara depois que descobriu que minha mãe teve um curto relacionamento com um lobo. Ele descontava a raiva e seu ódio em mim.. Eu a entendia. Minha vontade era faze-la esquecer do que aconteceu (e eu podia, esse é um dos lados bons de ser um original: compelir vampiros) mas eu não podia.. Não assim. Ela tentou soltar do aperto de minha mão, sem sucesso soltou um suspiro. Eu a soltei, deixando a entrar, minha situação (nem existia ainda de fato) com ela eu resolveria uma outra hora agora precisava voltar pra casa. De relance a vi entrar pela porta, suas pernas demoravam um tempo absurdo até chegar até a porta. Talvez eu estivesse paranóico. Ignorei meus pensamentos, entrei em meu carro e fui embora daquele ''transe forbes''. Busquei respostas e encontrei perguntas.

ϟ CAROLINE ϟ

Entrei na casa com uma certa dificuldade. Não física. Emocional. O que foi aquilo que Klaus estava tentando fazer? E porque meu corpo reagia de um jeito estranho? Era quase se como eu quisesse... NÃO... Eu estava pirando agora. Era Klaus Mikaelson, o que estava pensando? Deve ser por tudo o que ele disse sobre Tyler. Eu prometi a mim mesma que qualquer coisa que se relacionasse a ele, não me importaria em nada e pra dizer a verdade, eu estava começando a entender e acreditar de verdade nisso. O que está acontecendo? Afastei meus pensamentos ao me deparar com 3 pessoas que me encararam esperando eu dizer alguma coisa. Damon bebia um drink, Elena sentava ao lado dele suas mãos entrelaçadas. E Bonnie estava caminhando de um corredor a outro.

–Ele veio procurar saber sobre Tyler. -respondi firmemente, Damon voltou sua atenção ao copo. Elena se livrou da mão dele e foi até mim, Bon fez o mesmo.

–O que você disse? -perguntou Bon-

–A verdade.. Que eu não sabia onde ele está. -falei ignorando os olhares cuidadosos e protetores das duas. -Vocês iriam achar ruim eu ir embora agora? -falei em um tom amigável, eu precisava sair dali, precisava pensar sozinha. As duas me analisaram, talvez pensavam que o fato de Tyler fosse o assunto da noite havia me abalado. E abalou... De um jeito diferente.

– Tem certeza Car? Pode ficar aqui conosco, você ficará bem. Não é mesmo Damon? -disse Elena num tom ameaçador, ele ignorou.

– Bom... prometo abafar seus gritos. -falou ele, deixando o copo de lado. Bonnie revirou os olhos e analisou a situação em um salto de pensamento.

– Se Car não ficar, também não fico... Não quero virar a noite com vocês dois se pegando. -falou ela fazendo uma careta- Eu sorri, peguei minhas coisas e esperei Bonnie pegar as dela. Demos tchau ao Damon que já estava indo na direção do quarto de Elena (nenhuma novidade). Elena nos levou até o carro e se despediu.

~

– Tem certeza que vai ficar bem? -perguntou Bon pela milésima vez, parada na entrada de sua casa, ela morava com a avó agora. Eu sorri.

–Sim..fique tranquila. Ela entrou em casa e meu carro já deixava pra trás aquele lugar.

Entrei em casa, fui até o quarto da minha mãe mas ela não havia chegado estava de plantão, pensei. Fui até o banheiro e coloquei um pijama confortável voltei para minha cama e lá estava ele, sentado na poltrona ao lado minha cama, com uma das mãos sobre o queixo... Tive que respirar inúmeras vezes até o ar voltar para meus pulmões.

–Espero que esteja disposta.. ao menos para uma conversa.  A lua refletia sobre a janela e mandava pequenos feixes de luz sobre seu rosto. Ele estava sorrindo.. Será que meu corpo obedecia minha razão?

 Será que meu corpo obedecia minha razão?

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Helpless When She Smiles.Where stories live. Discover now