-'13'-

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Caminhei até o corredor indo até meu quarto. Tranquei a porta e suspirei alto. Era uma droga me sentir assim. Eu estava tentando e era terrível não conseguir. Eu queria que Klaus pudesse ser um mínimo sensível. Mas estava cego a ponto de enxergar apenas a sua palma da mão. Era injusto amar sozinha e eu não faria esse papel. Ele devia prestar atenção em mim e poxa, me colocar como prioridade ao menos um pouco não mataria. Ouvi alguém bater a portar. Com certeza era ele.

- Vai embora Klaus, não quero falar com você. –respondi seca.

- Sou eu, Ellijah. –respondeu cortez. Eu me levantei em um pulo da cama. Abri a porta do quarto mas ainda em frente a entrada.

- Se veio defender Niklaus sobre o que houve eu... –fui cordialmente interrompida por Ellijah, levantando uma das mãos e pedindo 'um momento'.

- Não é isso. Creio que está certa. –disse ele-

- Obrigada. –foi tudo o que consegui responder.

- Aliás... Você está esplêndida com esse vestido. –disse ele, me avaliando dos pés a cabeça. Eu agradeci. Ellijah era do tipo de pessoa que te elogiava e ainda assim, não perdia a compostura e eu achava isso tão diferente.

- Ellijah... O que tem pra fazer em New Orleans ás 21:20? –perguntei com um sorriso travesso em meus lábios, ele olhou aturdido.

- Creio que muitas coisas, o que tem em mente? Ressalto que Klaus pode não gostar...

- Ellijah, somos amigos?

- Sim....? –disse e parecia um pouco confuso.

- Um amigo apoia o outro amigo. – disse trocando o salto fino por um mais baixo e quadrado.

- Sim... mas... –eu o interrompi antes que continuasse.

- Aconselho você a me levar em alguma boate para dançar, afinal, seu irmão não soube partir da ideia que mereço algum tipo de atenção. Tenho uma leve sensação que conseguirei sem ele.

- Caroline, isso pode ser um erro...

- Eu adoro aprender. –disse cínica.

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Já era a 3ª balada que Ellijah me apresentava e eu tinha certeza que ele não pretendia seguir adiante com aquilo. Por mais bebida que eu o 'forçava' –talvez não seja a palavra- o fazia ingerir. Mas essa era melhor que a anterior e a anterior da anterior. Havia uma pista de dança enorme e as pessoas se aglomeravam nela. Ellijah tentava me controlar mas isso era um pouco questionável já que eu não fazia nada de errado e apenas dançava. Dentre dessas vezes, podia jurar que ele se divertia a cada vez que eu o puxava pra uma dança maluca ou um passo estranho. Eu estava deixando fluir qualquer energia que havia me 'prendido' mais cedo a Klaus. Por mais hippie que possa ser esse comentário. Me sentia o impasse em seu caminho de subordinação e não entendia –ou aceitava- todo aquele esforço em prol de Camille. É óbvio que devia salvar a garota e isso não era questionável. Eu mais do que ninguém queria que ela se livrasse de todo esse mal que a cerca. Não desejava seu pior –ou melhor- só que se mantivesse a salvo, por mais egoísta que isso soasse. Mas me sentia de lado a sua presença em cada momento que surgia. De alguma forma, ela era uma humana esperta e sua magia se corresponderia a tal. Talvez eu até a chegasse a admirar a daqui um tempo mas não hoje, não por agora. Klaus era a pessoa que eu mais me importava mas isso não me tornava burra. Eu não ficaria uma completa idiota. Não acataria quaisquer que fosse suas escolhas que não concordasse e ela era uma delas. Havia um limite entre salvar alguém e se dedicar a alguém além do estipulado. E isso eu não compreendia. Ela era uma bruxa -literalmente- e por algum meio, saberia se proteger. Ela não era tão frágil quanto parecia e nem como dizia. E me irritava a forma que Klaus agia como um cão ao seu lado. Eu não saberia ser uma donzela indefesa nem se me obrigassem. Talvez eu devesse ser, ao menos assim ele me notaria. Mas eu não era capaz de agir como uma idiota, não em sã consciência, mas eu...

Helpless When She Smiles.Where stories live. Discover now