De volta ao morro ( Em Revisão)

3

Ph on

Depois de falar com o Menor, perdi o tesão. Saio de dentro da Carla que me olha confusa.

Carla: Sério que se vai me deixar sem gozar?

Eu: Também  não gozei- tiro a camisinha e deixo no lixo que tinha ali

Visto a roupa e a outra lá continua a reclamar. Tenho paciência para ouvir reclamações de puta. Saio do quartinho que tem na minha sala. Pego na carteira e tiro duas notas de cem reais, estendo na direção da morena que sai do quarto bolada.

Sento na minha cadeira e comeco bolar um. Tava estressado só a verdinha para me relaxar agora.

Carla: Amor, quando é que vai me assumir como fiel- assim ouço a voz dela não sei se tenho vontade de rir ou de meter bala na cabeça dela

Eu: Tu tá louca Carla - levanto da cadeira - Nunca que eu ia assumir uma puta, agora baza daqui antes que eu meta bala em tu - ela sai bolada e eu volto a bolar meu beck

(...)

Já estava saco cheio olhar para aquela porra de contabilidade  jogo a cabeça para trás e fico a pensar na Milena, ela era minha melhor amiga, meu primeiro amor e por causa um filha da puta eu fiquei sem ela e sem o meu pai e meu padrinho.

Abro uma das gavetas da minha mesa e tiro a foto que tinha dela. Fico a olhar para o foto e a imaginar como podiam ser as coisas se ela tivesse aqui ao meu lado.

Tenho tantas saudades de ouvir a voz dela, de ver seu sorriso. Naquele dia jurei que ia vingar a morte dela, do meu pai e do meu padrinho.

Já sinto os olhos a lacremejar e antes das lágrimas cairem, guardo a foto na gaveta e acendo um beck.

Eu:Eu juro que ainda vou me vinga, por ti minha morena - digo para mim mesmo enquanto fumo

Depois de fumar, vou até à sala do menor,  com certeza aquele cuzao não está a fazer porra nenhuma.

Eu: Iae cuzao - entro na sala sem bater na porta

Menor: A porta existe para alguma coisa - ele estava sentado na sua cadeira a fumar um beck

Eu: Tá bolado, solta o que te encomoda meu irmão- jogo o corpo no sofá que tinha na sala

Menor: Nada não- ele continua a fumar

Eu: Menor eu te conheço desde de muleke então para de enrolar e solta a voz

Menor: Mano, sabe a mina que chegou hoje - apenas confirmei com a cabeça- Quando cheguei perto dela senti um negocio no peito- ele abaixa a cabeça sabia que eu não gostava que falessem o nome dela

Eu: Menor, a gente viu o caixa, ela tava ali - já começo a ficar nervoso - O nome dela estava na lista era impossível uma criança desaparecer assim e tu sabe que eu vou descobrir e vingar a morte dela e dos nossos pais

Menor:  Nos vimos o porra de um caixão fechado, nunca deixaram minha coroa abrir o caixao da minha irmã- ele me olha sério- A data tá se aproximando - ele murmura

Daqui a um mês faz sete anos que houve a maior invasão que este morro já viu, morreu muita gente inocente e graças a esse dia eu tive que crecer rápido e para conseguir assumir o império do meu pai.

Decidimos ir para o bar beber do seu Zé mas antes liguei para a minha irmã que me disse que estava com a nova moradora, tenho que ver se ela não é puta como as outras, não quero minha irmã andando com gente assim. Mas o que quero mesmo é carne nova, já injoei das putas do morro.