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Luiza on

Acordo com barulho de tiro. Tento levantar da cama mas minhas pernas ainda estavam presas com aquela merda de corrente.

Certeza que era meu irmão e os garotos que me vieram buscar.

Mas meu coração estava apertado, era sempre assim que havia uma guerra. Ele matam mas também podem morrer e eu não aguento ver mais perder alguém que amo.

A porta é aberta de repente, revelando Luiz.

Luiz: Não sei como eles conseguiram mas seu irmãozinho está aqui atrás de você- ele vem até mim e tira a corrente da minha perna - Mas não vai ser tão fácil te levaram daqui- ele puxa meu braço e coloca a arma,que trazia com ele, na minha costela

Eu: Sabe muito bem que meu irmão não vinha para cá sem chamar os aliados e acredito que tenha muita gente que te quer morto

Luiz: Não se preocupe, se eu morrer eu te levo junto - ele me puxa para fora do quarto

Saimos da casa velha e só se ouvia o som dos tiros. Ele tentava me levar para o meio do matagal mas os tiros cada vez estavam mais intensos. E Luiz sabe que se saíssem no meio do tiroteio um de nós podia apanhar uma bala perdida.

Tinha que sair dali mas tinha um arma apontada a mim. Se não tivesse grávida ainda corria esse risco de sair do beco que ele me levou mesmo sabendo que ele podia me dar um tiro.

Mas não estou sozinha, tem um serzinho crescendo dentro de mim e eu nunca ia colocar a vida do meu filho em risco.

Me encosto mais um pouco para traz, encostando na perna do homem que estava comigo e ele gemeu.

Luiz: Filha da puta- ele se afasta um pouco de mim mas sem tirar a arma da minha costela

Bingo!

Ele esta machucado, só preciso de arrumar uma distração para poder sair do aperto dele e fugir daqui.

Deixo meu corpo cair sobre Luiz. Faço mais força sobre a perna machucada.

Luiz: Vagabunda - ele larga a arma

Ainda em cima dele, dou um chuto na arma, a deixando longe do alcance de Luiz.

Eu: Nunca esquece de quem eu sou filha e afilhada - saio do cima dele mas para ele não se levantar coloco meu pé sobre a perna dele

Estico meu corpo e alcanço a arma. Aponto ela para o homem jogado no chão.

Luiz: Vai me matar, é? - me seguro para não atirar no filho da puta mas ia ser fácil de mais

Eu: Essa era minha vontade mas ia ser fácil de mais. Você merece sofrer assim como eu e minha família sofremos durante anos- distravo a arma e dou um tiro no braço dele - Nos vamos nos voltar a ver e ai sim vou te mostrar quem eu sou de verdade-saio daquele beco e deixo Luiz no chão

Tinha que encontrar alguém do morro, dizer que estou bem e voltar para casa.

Ando pelos becos e vielas da favela. Estava completamente perdida não saiba onde estava.

Ouvi alguém a passar no beco, me escondo e preparo minha arma.

A pessoa passa e não me vê, estava escuro não dava para ver quase nada. Destravo a arma e saio de onde estava.

Eu: Fica onde está ou eu disparo- a pessoa parou

Xxx: Lu? - assim que ouvi a voz, reconheci na hora

Eu: Grego? - abaixo a arma e ele caminha até mim

Me abraçando forte, retribui o abraço na mesma intensidade.

De volta ao morro ( Em Revisão)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora