De volta ao morro ( Em Revisão)

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Luiza on

Tinha saído do morro, precisava de resolver algumas coisa sobre a rota das drogas.

Marquei de me encontrar com El Rey, ele é maior traficante de droga da América Latina. Não podia falar com ninguém, tinha de ser eu a fazer isto.

Chego no lugar marcado e estaciono minha moto. Na minha frente esta um carro todo preto com os vidros fume, do lado de fora estava um homem que mais parecia uma armário.

Eu: Estoy aqui para hablar con tu jefe- ele apenas concorda e bate no vidro

O homem que estava de lado de fora abre a porta e de dentro do carro sai um homem que senhor.

Me deu até uns calores só de o olhar.

Se controla, Luiza esta aqui a trabalho. Além que tem o Pedro em coma.

El Rey: Por fin tengo el honor de conocer al famosa Arlequina- sua voz sai tão sexy

Acho que até chorei, só não disse por onde!

Começamos a conversar sobre as drogas. Fiquei ali mais de uma hora.

Não sei como resistir.

Mas finalmente tinha chegado a um acordo e consegui fazer com que ele desse mais drogas para vendermos ou seja aumentar os lucros de ambas as partes.

Saio dali e sigo para a Rocinha, queria muito ver Pedro antes de ir para casa.

Pelo caminho sinto que estou a ser observada e isso não me agrada. Vou por outros caminhos só para garantir que ninguém esta a me seguir.

Demorei pra caralho para chegar no morro do Grego. Mas finalmente cheguei. Passo pela barreira sem precisar parar, os vapores já me conheciam.

Vou até ao hospital, paro a moto perto da porta. Saio da mesma e caminho para a entrada.

Entro e no hospital, passo pela recepção e sigo para o quarto do Pedro. Chego lá e ele continua na mesma.

Me sento na cadeira ao lado da cama e pego na sua mão. Fico a conversar com ele mas não há nenhuma reação.

Eu: Por favor, amor volta pra gente- sussuro e passo a mão no seu cabelo

Pego no meu celular e vejo que tenho chamadas não atendidas e mensagens da minha mãe, do meu irmão, da Bruna, da Lorena e até mesmo do Farofa e K2.

Eu: Amor, acho que me ferrei bonito- logo ligo para minha mãe que me da um sermão

Mas aviso que estou na rocinha, a ver Pedro e ela fica mais tranquila.

Desligo e logo meu irmão me liga.

Ligação on

- Luiza pode me explicar o por que de ter sumido e de ter acabado de chegar um carregamento enorme de droga? - nunca pensei que El Rey fosse tão rápido

- Essa droga é para dividir pelo Alemão e Maré e o resto te conto depois

- Nem se atreva a desligar esse celular, mocinha - reviro os olhos - Aonde você de meteu?

- Foi resolver uns assuntos e agora estou na rocinha

- Caralho, para de assustar tudo mundo assim - ouço ele a suspirar do outro lado da linha - Assim que chegar, tem muito que explicar

- Tudo bem mas faz a distribuição que assim que chegar no morro quero ver tudo a circular e nada de colocar os menor na rua a vender

- Certo maninha- certeza que ele revirou os olhos - Mais alguma novidade

- Não tudo na mesma - suspiro- Vai fazer o que mandei que logo chego aí

Ligação off

Fico ali mas alguns minutos, depois me despeço de Pedro e saio do quarto. Sigo para fora do hospital, encosto as costas na parede e respiro fundo.

Tinha que continuar forte, tenho duas filhas que dependem de mim, um morro para comandar e mais filho a caminho. Não posso ir abaixo mas porra fica difícil levar tudo nas costas.

Deixo aqueles pensamentos de lado e moto na moto. Sigo meu caminho para fora do morro.

Decido ir até a praia antes de voltar para casa. Chego na praia e estava quase sem ninguém.

Tiro meu tênis e caminho na areia até perto do mar e me sento ali.Fico a pensar de como minha vida teria sido se não tivesse havido aquela invasão.

De como teria sido crescer junto da minha família e dos meus amigos.

Respiro fundo e fecho os olhos. Ouvindo o mar.

Fico assim uma meia hora. Precisava mesmo de um tempo só para mim, sem me preocupar com filhos, morro, com minha família, com absolutamente nada.

Eu: Volta para a realidade, Luiza - suspiro e me levanto- Não pode ficar aqui para sempre- digo para mim mesma enquanto caminho para fora da praia

Chego na moto, volto a sentir que estou a ver observada. Quando ia colocar o capacete sinto alguém atrás de mim.

Fico em choque assim que ouço aquela voz. Podiam passar os anos que fossem que eu nunca iria esquecer aquela voz.

Xxx: Voltamos a nos encontrar, Milena- ele fala no meu ouvido me fazendo arrepiar

Não tenho tempo de reagir, logo ele coloca um pano na minha boca e nariz e logo a escuridão toma conta de mim e apago.

Luiza off