The Second Revelation

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— Só sei que quero ser o padrinho! — respondeu com um largo sorriso.

— E quem mais seria?

Os dois riram e entraram na cafeteria. Por um momento, passou na cabeça do Park se algum dia viveria coisa do tipo. Também seria pai em poucos meses, assim como o amigo, mas não tinha nenhum ômega querendo casamento e muito menos a sua marca. Não estava com inveja de Yixing, longe disso, não tinha nenhum pingo, só estava triste consigo mesmo.

Ele só queria levar as coisas para o próximo nível com Baekhyun, mesmo com um filho a chegar, queria ter um namoro bonitinho com o ômega, com direito a encontros românticos, mãos dadas e alianças. Queria poder dizer para todos que estava com a pessoa por quem era verdadeiramente apaixonado. Levava uma vida de solteirão igual o amigo também, mas diferente do chinês, ele gostava de festas, baladas e dormir com pessoas diferentes. Era a primeira vez que queria algo diferente.

— Senhor? — saiu de seus devaneios ao ter a sua atenção chamada pelo atendente da cafeteria.

Balançou a cabeça para se livrar dos pensamentos e pegou o café, que Yixing já havia pedido e pago. Nem percebera o tempo que levara pesando naquelas coisas.

(...)

Sehun acompanhou toda a missa com empolgação, achando que aquilo iria acabar com os pecados que o mesmo sentia que havia cometido. E em sua cabeça não era poucos não. Assim que acabou a celebração, o mesmo esperou para que pudesse se confessar. Ao chegar em sua vez, se sentou perto da cabine e raspou a garganta.

— Bom dia, padre, sou um pecador, vim me confessar.

— O que houve, meu filho? — o senhor de idade e de voz doce perguntou por trás da cabine de madeira.

— Vou tentar resumir a história, que essa vai ser uma longa confissão, e, creio, que a primeira de muitas. — disse a parte final mais para si mesmo ouvir. — Eu nunca escondi ninguém que era uma vadia promiscua. Desde que entrei na adolescência, a promiscuidade já me agarrou de uma forma e nunca consegui largar de ser vadia. Era bom, sabe, padre? Mas de uns tempos para cá eu me apaixonei por um ômega, muito gentil, amoroso e lindo... Como é lindo...

Sehun estava suspirando de amores e o sacerdote já negava com a cabeça apenas de ouvir o incio da história.

— Prossiga.

— Ah, ele tem um passado meio pesado e isso fez ele decidir que não quer ter nada comigo, entende? Eu respeitei a sua vontade, apesar de inúmeras vezes tentar conquistar o seu coração, nunca deu certo. E nessa última semana meu cio chegou, como sou muito descontrolado, meus dois irmãos alfas estavam em casa e acabei agarrando os dois. Não precisa me olhar com essa cara não porque a gente só cresceu junto no mesmo orfanato, somos irmãos de verdade não. Mas, prosseguindo, eu fiz aqueles dois de cadelinhas, principalmente o Yibo. Acho que teve mais putaria em três dias do que nos meus dezenove anos de vida. E agora minha consciência tá super pesada. Padre, eu confesso minha culpa, eu sou um pecador e estou arrependido. Me dá algo pra rezar aí e me perdoa.

Mesmo que estivesse um pouco assustado com a história que havia acabado de ouvir e com o jeito que o jovem conversava, o sacerdote apenas lhe aconselhou que pensasse antes de tomar qualquer decisão e que desse outro rumo para sua vida.

Sehun saiu da igreja, satisfeito, e com um monte de garrafa de água benta. Quando chegou em casa, colocou a bíblia — que havia pegado em casa e nem sabia de quem era —, em cima da cama e pegou as garrafas com água benta. Abriu litro por litro e começou a jogar dentro da banheira até que a mesma estivesse cheia.

— O que você está fazendo? — era Jongdae de novo, dessa vez estava acompanhado de Minseok.

— Todos os meus pecados precisam ser lavados com água benta. — explicou enquanto retirava sua roupa. — Agora sou um santo, deixei a vida de mentiroso, amante, vadia promiscua e não sei mais o que.

Prision [Em Edição]Onde histórias criam vida. Descubra agora