The First I Love You

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O Primeiro Eu Te Amo

Sehun acordou com a cabeça doendo. Tudo estava turvo e embaçado, era como se as coisas estivessem girando ao seu redor. Havia chorado tanto na noite anterior, que nem se lembrava de como havia ido parar em sua cama. A dor de cabeça se aprofundava mais em seu cérebro e qualquer movimento parecia que iria explodir. Queria muito poder dormir até o dia seguinte, mas sabia que não poderia. Tinha que ir para o hospital, entregar as roupas para o Kyungsoo e depois arrumar um jeito de ter certeza de quem é o responsável pelos acontecimentos.

Fechou seus olhos, respirou fundo e se sentou na cama. Massageou suas têmporas para que talvez aliviasse um pouco da dor. Mas, aquilo não iria fazer muito efeito, precisava tomar um analgésico.

Remexeu nas gavetas do armário do banheiro atrás de um frasco de remédio, sabia que não tinha usado tudo na última ressaca que teve. Encontrou a dipirona sódica e tomou dois comprimidos de uma vez, em seguida tomou um banho bem quente e vestiu uma muda de roupas limpas e boas para sair de casa.

Não comeu nada antes sair, não estava sentindo fome, não tinha apetite nenhum para comer em uma situação daquela. Ligou o carro e acelerou o máximo que podia, tinha que resolver as coisas o mais rápido possível. Sabia que ainda não estava no horário pedido por Kyungsoo, pois o céu ainda estava escuro e não havia sinais de que o sol fosse aparecer naquele horário. Confirmou suas suspeitas ao ver no painel do carro que ainda eram 4:38 da manhã.

Ao estacionar o veículo no estacionamento do hospital, Sehun pegou a mochila com as coisas pedidas por Kyungsoo e rapidamente correu para dentro. Não precisou passar na recepção antes subir para o quarto, correu logo para o elevador. Assim que entrou no quarto, ele deu um sorriso pequeno ao ver Jongdae acordadinho e concentrado em olhar o dia amanhecendo pela janela.

— Bom dia. — Kyungsoo deu um abraço fraco em Sehun. — Eu vou na cantina tomar um café e procurar alguma coisa para comer. Fica com ele um pouco.

Sehun viu o instante em que o menor olhou para ele, com o mesmo olhar gentil que ele sempre teve. E o mais velho só conseguia registrar a presença de Jongdae, seu irmãozinho de consideração, sentado na cama, com uma aparência fraca. Ele parecia estar desorientado, mas o pequeno sorriso em seu rosto quando ele o viu lhe disse tudo o que precisa ouvir.

— Por que não avisou o que houve, Dae? — perguntou Oh, ainda parado na porta do quarto.

— Sinto muito. — grunhiu ele, a sua voz estava saindo fraca e arrastada.

Sehun foi se aproximando do menor lentamente. Ele se inclinou em direção a ele, o abraçando forte. 

— Deveria ter me ligado. Eu iria te proteger de qualquer coisa que fosse.

Jongdae apertou o garoto em seus braços, mesmo estando sem muitas forças, ele fez o máximo possível para abraçá-lo. Precisava se sentir amado por alguém naquele instante. E o amor fraterno que Sehun lhe dava, era uma das poucas coisas que ele tinha. Ele acabou se desmanchando em lágrimas, com o desespero e a dor consumido o seu ser. 

— Você não pode fazer isso por mim, ninguém pode na verdade. — fungou, ainda sem soltar o maior. — Aquele cara é capaz de qualquer coisa, e quem deveria enfrentar sou eu.

— Eu amo você. Não vou deixar ninguém te machucar nunca mais, eu te prometo.

— Desculpa por te deixado preocupado, hyung.

Kim não queria sentir que era um incômodo para as pessoas ao seu redor. Gostava de enfrentar as coisas da sua maneira, por mais que elas fossem tortas.

Prision [Em Edição]Where stories live. Discover now