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Saímos da cabana há poucas horas e por sorte o sol brilhava em Arendel. Keller estava segurando seu capacete de aço numa mão enquanto tentava arrumar os cabelos castanhos com a outra mão. A luz do sol batia em seu rosto e fazia com que sua pele branca ficasse resplandecente e seus olhos verdes quase sumirem.
Avistei o castelo e vi Keller colocando o capacete e se afastando um pouco de mim.

— O que você está fazendo? - perguntei

— Alteza, creio que não podemos ficar muito perto um do outro. - ele me responde secamente e depois se põe atrás de mim, mas mantendo distância.

Chegamos ao castelo e vi Arthur pra fora nos jardins cultivando uma rosa branca. As que a Raven gosta.

— Pronto, majestade. - Keller diz me entregando à porta do palácio.

— É só alteza - meu primo o corrige e levanta na mesma hora em que Keller tira o capacete e lhe dá um sorriso bobo.

Arthur fica feliz ao ver o amigo e confuso ao mesmo tempo. Meu guarda conta toda a história, mas mesmo assim sinto buracos nessa história. Coisas faltando. Arthur abraça o amigo e promete jurar silêncio que Keller é nosso amigo e meu guarda, pois se minha mãe descobre que alguém do futuro veio para cá ela vai mandar matar.

Entro para dentro e subo ao meu quarto. Vovó sai de lá e leva um susto ao me ver parada perto e a encarando com fúria:

— Querida!

— Nem vem com esta história de querida. - digo seca — Você prendeu minha irmã nos calabouços e ainda tem a cara de pau de me chamar de querida?

Ouço saltos descendo as escadas do corredor acima. Era só o que me faltava!

Lili. O que você está fazendo? - tia Cecília desce com tio Philip.

— Desculpe, minha neta. Mas, vocês ainda não podem saber o que está acontecendo até termos certeza. - vovó diz tentando não criar confusão.

— Desculpa é o caralho! - mais saltos descem as escadas e dessa vez são tia Trice e minha mãe.

— Liliam Scott... - minha mãe começa, mas não deixo ela terminaram.

— Alguém vai me dizer o que Scarlett é, ou não, porra?

Minha vó está assustada e minha mãe com o coração na boca ao ver eu tratando aquele mulher de cabelos brancos daquela forma.
Vovó resolveu contar o que estava acontecendo e para isso esperou até a hora do almoço até que todos estivessem juntos.

— Então... - começou ela — Scarlett parece ser um tipo de succubu.

Que?? Achei que succubus fossem lendas para assustar homens safados.

mas a nossa Scarlett é um tipo raro de succubu. Do tipo do gelo. - ela toma um gole de água e vejo a preocupação em seu rosto. — Não sabemos ao certo se aquele mundo prisão alterou o seu DNA. Mas, se ela conseguir controlar vai ser de suma importância se alguma guerra começar. Além de sugar vidas, ela pode congelar uma cidade se quiser.

— Ótimo! - tio Jhon resmunga. — Não basta nossas crianças terem os hormônios na flor da pele e agora temos uma adolescente que se alimenta de vida através de sexo?

— Infelizmente... - disse meu pai pensativo e passando a mão nos ombros de minha mãe que estava aterrorizada.

Pra mim succubu não existia de forma alguma. Será que todos os contos de fadas sobre anjos, fadas, ogros e sabe Deus mais o que eram verdade?

Vovó mandou com que trouxessem Scarlett para o palácio novamente. Quando minha irmã entrou na sala pulei para trás com um susto. Ela estava sem cor, os cabelos que antes fora loiros estão em uma cor branca e todo desgrenhado. Quanto tempo será que Scarlett não se alimenta? Tipo, lógico que minha vó está dando comida e tudo. Mas, quanto tempo que ela não se alimenta do que precisa? Sexo...

O Brilho Da Meia-NoiteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora