2

7 3 1
                                    

- Mãe, o que está acontecendo? - ouço a voz de Scarlett perguntando desesperadamente. Os batimentos de minha mãe estão muito acelerados.

- Foi um assassinato no bosque. Não me disseram o que era, mas é urgente.

 Paro na frente no meio do cruzamento das três escadas e vejo minha mãe pegando as chaves do carro e saindo porta a fora. Tio John desce com tia Trice e vejo ele dar um breve beijo em minha tia e colocar o revolver e o distintivo no cinto.

- Arabella! - ele grite para minha mãe.

Rapidamente as portas da frente se abrem em uma velocidade grande que faz com que um vento gélido invada o nosso enorme salão. Lógico que a rainha desesperada para conferir um caso de assassinato não ia voltar para abrir as portas para o seu parceiro, ela abriria usando a magia e jogando as chaves do carro dele para dentro de casa.

- Te encontro lá! - ela grita de volta e sai a toda velocidade com o carro.

- Depois de 20 anos ela não mudou nada. - tio John murmura enquanto sai pela porta e desativando o alarme do seu carro.

 Vou até a cozinha e vejo Raven e Arthur entrando as "escondidas" pela porta dos fundo. Eles vão passando despercebidos e se assustam quando eu os chamo:

- Venham aqui.

- Olha, Lili... Eu... Eu posso explicar! - Raven começa a gaguejar.

- Sentem-se - aponto para as cadeiras vazias à minha frente.

- Estou afim de dormi um pouco. Você pode ser mais direta, please? 

Eu os olhos e vejo que Raven está com os olhos arregalados já que havia prometido para mim que nunca mais cometeria incesto. Arthur não se importa nem um pouco mais com as coisas. Fiquei tanto tempo longe de casa?

- Até quando vocês vão continuar fazendo isso? - pergunto tentando não parecer mole demais.

— Isso o quê, Liliam? - Arthur pergunta arqueando uma das sobrancelhas.

— Vocês estão fazendo sexo de novo. Vocês são irmãos, por favor, Arthur. - cruzo os braços à fim de me esquentar.

— Lili, por favor... P-por favor, não conta para a nossa mãe! - Raven estava soluçando e eu podia ver o desespero dela.

— Oh, meu Deus, Raven. Nós não somos irmãos de sangue. - ele coloca a mão sobre o ombro da irmã.

— Por favor, Arthur. Se nossa tia descobre, nós vamos para a forca. - os batimentos cardíacos de minha prima estão fora de compasso.

— Isso é em Arendel, nós estamos em Nova York.

Não aguento ele tentando fazer a cabeça da irmã e levanto batendo a mão sobre a mesa:

— Droga, Arthur! Nós ainda somos os príncipes e princesas de Arendel. Não importa se estamos em Nova York. Ainda somos de Arendel e eu ainda sou a Princesa na linha de sucessão. Se vocês continuarem com isso, mandarei os dois para a forca!

— Prima, por favor... Por... Eu te imploro, não faça isso com nós! - Raven começa a chorar mais alto.

— Sshh! Você vai acordar a mamãe e o papai. - Arthur tenta fazer a irmã se calar.

— Pelo amor de Deus, Arthur! Você está vendo o que está fazendo com a menina? - coloco a mão sobre a testa.

Ele começa a dar risada e beijar a bochecha de Raven. Isso até não é coisa dos crimes que eles comentem contra Arendel, tá mais pra coisa de irmão. Ele continua rindo e dizendo para Raven que não há problemas, pois eles não são irmãos de sangue e isso não daria nada.
  Não aguento ouvir mais nada daquilo e dou outro tapa na mesa com as mãos. Meus olhos ficam amarelos e minha respiração se torna em rosnados.

O Brilho Da Meia-NoiteWhere stories live. Discover now