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    — Pelo o amor de Deus, Raven! - Freya gritou. Fui junto para covencê-los  à voltar para a mansão.
  
   Catherine estava andando de um lado para o outro roendo as unhas, enquanto Maddie e o irmão iam arregalando os olhos à medida que a conversa ia se estendendo.
 
   — Seu pai que estava mordendo as pessoas nas ruas? - Maddie berrou indignada.

   — Não! - gritei por cima — Meu pai não bebe sangue humano, pois se ele beber volta à ter a mesma aparência de 20 anos, enquanto minha mãe envelhece...

  Neste momento olhei para os olhos de todos cravados na Porta atrás de mim, quando me viro, vejo Keller parado com os olhos verdes olhando para mim e escutando a conversa toda.

  — MERDA! - exclamei alto. Ele não podia ter ouvido.

— Relaxa, nós decidimos que era bom contarmos tudo à ele, já que o coitado presenciou sua irmã em processo de transformação. - Ethan me olhou com os olhos verdes... Ou azuis... Af, Dificil de saber.

  — Vocês enlouqueceram? - esmurrei e chutei o guarda-roupas e depois lembrei que estávamos no colégio.

  — O cara dorme com a gente, Majes... Liliam - Arthur quase falou o que não deveria falar — E quando nós saímos para a lua cheia? Ele iria saber uma hora outra, só adiantei o processo - o desgraçado teve coragem de dar uma piscadela para mim.

  A medida que o tempo passava as mensagens de minha mãe iam lotando a barra de notificações do meu celular.
  Contar para Keller sobre as coisas não seriam muito boas agora. Não sabia se podia confiar nele ou não.

— Nós vamos fazer uma viagem longa — meus olhos se fixaram na tela do celular — Não sabemos quanto tempo vamos demorar. São negócios de família.

— Ah! — Maddie entristeceu.

  Ethan olhou para Cat com o semblante triste, como se ela nunca mais fosse voltar. Os olhos claros de Maddie começaram a marejar e logo a escorrer várias lágrimas.

— Por favor, Lili - ela tentou desentupir o nariz — Volta logo. E-eu não v-vou cons-s-eguir lidar com a lua cheia sem você.

— Prometo que voltaremos logo — abracei minha amiga e me despedi de todos.

  Chegando a nossa casa, levamos um susto quando minha mãe e minhas tias desceram com uns enormes vestidos de baile extremamente importante pelas escadas. Meus tios e meu pai com as roupas horrorosas de nossa época e espadas na cintura.

— Nós vamos ao Brasil antes, pular carnval? - Arthur fez uma piada e parou de rir quando tia Cecília fechou a cara.

— Vocês tem dez minutos para se vestirem - mamãe deu a ordem — Não podemos chegar com saias curtas, tecidos fino, shorts, calça ou nada grudado para Arendel.

— Vão nos recepcionar com um baile de boas vindas pra você estar com esse vestido vermelho decorado? - indaguei, arregalando os olhos no vestido de minha mãe.

  Ela me olhou com um olhar de superioridade e logo já sabia a frase que ia sair. "Eu sou a rainha"

— Eu sou a rainha, Liliam.

  Às vezes eu não suporto a ideia de minha mãe ser a porra da rainha. Eu sei muito bem que ela foi uma rainha que ascendeu ao trono com seus 13 anos por aí. Mas, eu não sou ela! Se bem que com 16 anos ela já havia amadurecido e eu aqui com 17 prestes a fazer 18 e não amadureci nada. Não sei se vou conseguir sobreviver em Arendel com esses vestidos e sem alcool, e sem drogas. Ah, Deus!

  — Vamos - mamãe abriu o portal junto com tia Cecília e tia Trice.
  
   Chegamos a Arendel e o cheiro nostálgico do jardim do castelo invadiu meu ser. O sol e a brisa leve batia em meu rosto, fazendo com que minha alma vibrasse. Pela primeira vez eu estava adorando estar na idade média paralela.
  Todos estavam em Pânico, e eu, normal, pois havia esquecido que minha irmã estava congelando.

Mãe! A rainha loura de nascença que agora pinta os cabelos de louro pérola berra fazendo com que os vassalos, as camareiras e todos os empregados saiam correndo para o salão principal. — Chamem a minha mãe. Agora! - berrou ela ficando com as veias da mão roxas.
 

O Brilho Da Meia-NoiteWhere stories live. Discover now