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Acho que não demorei tanto ??

Só essa semana eu tive umas vinte crises existenciais por causa dessa fic, quem me segue no twitter viu kkkkk Então comentem bastante pra me incentivar <3

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Minha semana havia sido tão leve e bem aproveitada que passou em um piscar de olhos. O desgaste emocional de não conseguir criar nada no trabalho foi compensado por toda a inspiração que eu tive nos últimos dias. Meu humor estava nas alturas e eu ria até mesmo das piadas mais sem graça que Seokjin fazia e genuinamente nem liguei quando Taehyung quebrou o botão do controle da minha televisão. Minha casa sempre arrumada e limpa e eu devia tudo isso ao fato da presença de Jungkook maior do que nunca na minha vida. 

Quando ele foi embora na segunda-feira, me peguei levemente ansioso e até um pouco neurótico de como eu o abordaria para que nos víssemos de novo sem parecer muito desesperado. No final das contas eu não precisei fazer nada e vi que toda minha preocupação era infundada quando Jungkook apareceu de novo na terça-feira. E na quarta. E na quinta. Fazendo com que hoje, na sexta, eu olhasse para o celular a cada cinco minutos à espera de uma mensagem sua. 

Ainda que tenhamos nos encontrado em todos os dias anteriores eu sentia, de alguma forma, que hoje seria diferente. Talvez pelo fato que amanhã será sábado e eu não precisarei trabalhar, consequentemente, teria todo o tempo do meu mundo para oferecer a ele. No fundo eu sabia que isso não era um pensamento que um amigo deveria ter. Nem tão pouco a decepção pela uma falta de contato quando o relógio bateu 18h e eu já estava pronto pra ir embora.

Foi quando eu cheguei ao estacionamento, destravando meu carro, que ouvi a voz de Jin chamando meu nome aos berros da porta da empresa acompanhado de Taeyong e Doyoung.

Eu parei, mas não fiz esforço de encontrá-los no meio do caminho, esperando eles chegarem até onde eu estava.

— Vamos pra um bar! — me perguntou assim que fui capaz de ouvi-lo sem ter que elevar a voz. — Vamos nós três — ele disse apontando para os dois ao seu lado.

— Não sei... — perguntei olhando pro meu celular uma última vez porque era mais que óbvio como eu realmente gostaria de passar minha sexta-feira. — Acho que pode ser.

— Ótimo! — Seokjin falou já abrindo a porta de passageiro enquanto os outros dois iam para o banco de trás. 

— Vamos de carro pra um bar? — questionei, mas ainda assim entrei pela porta do motorista. — Eu não vou poder beber.

— Você não vai poder beber muito que você quer dizer — Taeyong falou se inclinando para frente na parte do meio, apoiando cada braço nos dois bancos dianteiros, enquanto eu dava a partida com o carro.

— Por favor, encosta porque é perigoso ficar assim — Doyoung, preocupado, botou o braço em seu peito consequentemente o puxando para trás. — E realmente é melhor pagar um uber do que dirigir embriagado. 

— É pertinho, não vai fazer mal — Seokjin o confortou — É aquele bar na praça do centro.

— Imaginei — falei, porque sempre era para lá que íamos quando ainda costumávamos ir para o happy hour toda quarta e sexta-feira.

Chamar de "bar" era superestimar o lugar. Era um boteco quase escondido entre duas lojas de roupa de uma marca desconhecida, onde o chão e as paredes padronizavam em um ladrilho branco que se estendia também para o balcão que separava o Bigode, como apelidamos o dono do bar e o único funcionário, dos clientes. Uma estufa de salgados deixava a mostra vários tipos de carne que deviam estar ali há mais tempo do que um agente sanitário permitiria. O ambiente era tão apertado que as mesas e cadeiras de plástico eram posicionadas na calçada ainda que fosse proibido. 

EGOÍSMO A TRÊSOnde as histórias ganham vida. Descobre agora