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Demorei porque eu to atolada de tempo e esse capítulo não saía de jeito nenhum. Juro que não é por negligência. E eu sei que eu demoro, mas poxa, tem fic que demora bem mais :( Enfim. Eu tenho certeza que eu tinha uma coisa muito importante pra falar, mas vou esquecer. depois de postar vou lembrar, prometer comentar no próximo capítulo e esquecer de novo. Bom, boa leitura.

Comentem, gente. Os comentários caíram muito e eu realmente sinto falta :((((

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Julia Roberts e Richard Gere se beijavam na televisão em uma cena pra lá de melosa e eu só conseguia pensar em como eu sentia falta da boca de Jungkook.

Durante essa semana que passou desde aquele fatídico dia do estacionamento, eu não conseguia pensar em outra coisa. Eu tentava.

Assistia animes e séries, me ocupava no trabalho, dormia cedo e acordava tarde apenas para evitar que seu rosto aparecesse em minha mente, mas de nada adiantava. Sempre havia um espacinho para que o nome de Jungkook saltasse em meu cérebro.

Era ridículo e fazia eu ter vergonha de mim mesmo por, mesmo depois de tudo, me importar. Por acordar no meio da madrugada e me perguntar se Jungkook ainda pensava em mim. Se em algum momento em seu caminho até o trabalho ele tentava adivinhar o que eu estava fazendo ou onde eu estava. Se ele também relia nossas conversas mentalmente antes de se entregar ao sono. Se ele sentia falta dos meus bom dia, de me buscar nas manhãs, dos meus áudios intermináveis ou das minhas insanidades que pareciam se entrelaçar e complementar as dele. Eu só queria saber se eu ainda tinha algum espaço na sua vida e, se sim, o que esses espaço representava pra ele.

O que eu sou pra ele?

O que eu fui pra ele?

É ridículo, mas o que eu posso fazer?

A verdade é que eu ainda não terminei de gostar dele.

Ainda não terminei de falar sobre política internacional e sobre como a Jennifer Aniston envelheceu bem. Não falei pra ele sobre meu gato Sr. Bigodes que morreu no meu aniversário de dezessete anos ou sobre as coisas bobas que aprendemos na escola.

Outro dia eu estava passando em frente ao bar que sempre íamos juntos e não pude deixar de reparar que no muro branco recém pintado que ficava no outro lado da rua, agora tinha pixado com letras garrafais.

"Quem acaba com o amor?"

Eu ainda não acabei.

Nem nunca tentei acabar. Hoje eu vejo. Eu jurava que eu realmente estava tentando me frear. Ao não dizer "eu te amo", ao lembrar a mim mesmo para não criar esperanças. Em vão. Bem que me disseram que o amor está nas pequenas coisas. E eu tenho certeza que ele estava naquele bolo de framboesa que eu comprava porque ele amava, mesmo que eu odiasse framboesa. Estava naquela piada ruim que eu gargalhei. Estava no bolso da minha calça, na blusa dele, nas roupas que ficaram no chão enquanto a gente estava sem nada na cama e ele dizia "eu ainda não acabei com você", para então me chamar para um segundo round. Não terminei de gastar os 600 minutos do meu novo plano de telefone que escolhi só para poder ouvir mais tempo daquela voz que eu amo. Ainda nem terminei de pagar as parcelas dos três jogos de video game que eu comprei só porque eu sabia que ele adorava. Não terminei um monte de coisas sobre ele porque, sinceramente, eu não queria que acabasse nunca.

Achei que ele voltaria atrás, me ligaria arrependido, dizendo que havia largado Jennie e que viveria só comigo. Achei mesmo. Me deixei ter esperanças. Achei que ele tinha gostado dos meus carinhos, das minhas plantas e do meu apartamento. Achei que tivesse gostado o suficiente para ficar. E como eu queria.

EGOÍSMO A TRÊSOnde as histórias ganham vida. Descobre agora