31

10.6K 1.4K 783
                                    

A história tá caminhando pra sua resolução e não sei se to feliz ou se estou triste. Eu já tenho uma ideia de fanfic que tô doida pra botar em prática, mas só de pensar em começar uma nova me faz sentir como se eu estivesse "traindo" essa. kkkk

Capítulo de madrugada e não revisado (como sempre)

Votem e comentem bastante. Isso me ajuda muito a ter vontade de escrever e sem contar que me deixa muito feliz <3

_________________________________________

Jungkook p.o.v

- Eu to com fome - Jimin, que até então eu pensei estar dormindo com o banco esticado para baixo, reclamou, levantando-se ao mesmo tempo que subia o encosto. Ele abaixou o quebra sol e, pelo espelhinho que ali continha, ajeitou os cabelos bagunçados, sem sucesso, e limpou os cantos dos olhos por debaixo do óculos escuros.

- Eu te avisei para comer alguma coisa antes de saírmos- eu disse e eu imagino que seus olhos me encaravam com raiva por debaixo da lente preta.

- Não podemos parar no McDonald's ou algo assim?

- Meu anjo, nós estamos no meio do nada. Não vai ter McDonald's aqui. - ele bufou e se jogou contra o encosto do banco. - Nós não estamos muito longe. Aguenta um pouquinho, ok?- Tentei lhe confortar e ele pareceu aceitar, mas sem deixar de fazer um bico em descontentamento.

-Nós nem passamos no mercado antes de pegar a estrada - Jimin disse depois de alguns segundos de silêncio.- Tem algum por perto do sítio?

- Perto, perto não, mas podemos passar antes. O que você quer do mercado?

- Não vamos fazer o almoço? - ele abriu as janelas, deixando o vento bater com força em seu rosto. Desliguei o ar condicionado e também desci a que tinha do lado do motorista.

- Minha mãe já deve estar fazendo -De canto do olho eu pude ver o rosto de Jimin perdendo a cor. Ele precisou de alguns minutos para poder se pronunciar.

-sua mãe? - gaguejou em um tom beirando o desespero, qual não me deixou outra saída além de rir - Você não me disse que sua mãe estaria lá. Jungkook, você é louco?

- Qual o problema? - fiz um carinho em sua coxa com a mão direita. - Não quer conhecer ela?

- Não é bem isso, mas... - ele levou uma das mãos até a boca, roendo o cantinho da unha do dedão - É sua mãe! Eu não tava preparado para isso. Tipo, olha pra mim. Eu pareço alguém que acabou de sair de uma reunião do Alcoólatras Anônimos.

- Meu bem, minha mãe usa umas roupas que nem hippie usaria e às vezes nem penteia o cabelo. Aparência é o de menos pra ela, pode ter certeza.

Ele não pareceu se acalmar, porém. Manteve-se inquieto durante todo o caminho. Até mesmo quando eu tentava puxar assunto, sua mente parecia distante e preocupada, por isso, aceitei que a única coisa que eu poderia fazer era lhe dar um sorriso reconfortante e segurar sua mão de forma que passasse segurança.

Quando nós finalmente chegamos à entrada do terreno, onde uma placa de madeira nos saudava, eu podia jurar que Jimin vomitaria ali mesmo. Eu rezei para que não, pois eu havia lavado o interior do seu carro dois dias antes. Estacionei perto da enorme casa amarela e ouvi um latido escandaloso se aproximando. Fui o primeiro a sair, buscando nossas mochilas no banco de trás, enquanto Jimin saía encolhido, quase como se quisesse se enterrar no chão.

- Tem cachorro aqui? - ele perguntou baixinho, pegando a mochila da minha mão.

- Tipo isso.

Quase como se tivesse sido combinado, uma cabeça peluda apareceu por trás da casa. Quando suas orelhas e olhos atentos me reconheceram, ele partiu em disparada, correndo com sua língua jogada para o lado e olhos arregalados em nossa direção. Eu ri porque essa sempre era minha reação ao ver o cachorro da minha mãe. Cannabis era um cachorro vira-lata de meia idade de três pernas e com os olhos, orelhas e língua bem maiores do que deveriam. Seu maxilar inferior era para frente, fazendo seus dentes tortos ficarem sempre amostra. Ele tinha um pelo castanho, arrepiado e com algumas falhas aqui e ali enquanto seu rabo era fino e enroscado para cima. Em resumo da obra: Ele era horrível. O cachorro mais feio que eu já conheci.

EGOÍSMO A TRÊSOnde as histórias ganham vida. Descobre agora