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AVISO: Se você não quer mais ler a fic, se cansou, vai abandonar, é só sair, NÃO precisa me avisar! Isso só me desanima e faz com que eu me sinta mal.

Parece que eu forço certas pessoas a lerem. Já disse, se não gosta, só sair da fic. Tenho certeza que terão outras que agradarão ao gostos de vocês. Críticas construtivas ainda serão muito bem recebidas e agradecidas.

Comenta bastante, gente. Já tá sendo bem difícil escrever sem incentivo.

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Eu acordei cedo, 7h30min, mesmo que eu estivesse de folga, cheio de energia. Minha casa estava uma bagunça. Bolsas, sapatos e roupas sujas estavam por todo canto, resultado do abandono às pressas durante os pequenos intervalos da minha estadia na casa de Hoseok nessas últimas semanas.

Depois de tantos dias na companhia de alguém, era mais do que natural o meu desejo de ficar sozinho, de curtir minha casa, nem que seja enquanto eu organizava a zona que ela tinha se tornado. Qualquer ser humano entenderia que todos nós precisamos de um tempo consigo mesmo, mas, claro, que quando eu digo seres humanos eu não incluo Taehyung.

- Deixa isso pra depois, vem assistir série comigo. - Ele disse do sofá, com as pernas apoiadas na pilha de edredons, fronhas e lençóis limpos que eu havia deixado ali apenas por alguns minutinhos.

- Tira esse pé imundo da minha roupa de cama - eu reclamei jogando o pano de limpar móveis em sua direção, que infelizmente não alcançou nem o meio do caminho antes de cair no braço do sofá poucos centímetros a minha frente. Ele tirou, porém, apoiando agora na mesa de centro e eu contei até trinta, ainda que o plano original fosse até dez, para acalmar minha raiva. É humanamente impossível para mim manter o meu bom humor enquanto faço faxina.

- Por que me chamou pra cá se você só vai ficar limpando a sala? - ele perguntou como se eu tivesse o ofendido - Pelo menos aperta um baseado pra mim, né.

- Eu não te chamei, Taehyung. - disse entre os dentes enquanto puxava minha franja para trás, sentindo o pouco vento que entrava pela janela refrescar minha testa úmida de suor. - E se alguém tem que apertar um com certeza é você.

- Preguiça - ele deu de ombros e voltou a prestar atenção em alguma série da Netflix que eu nunca havia visto. Aproveitei da deixa para voltar a ignorar sua presença. Ajeitando pequenas coisas aqui e ali para enfim continuar minha arrumação em outro cômodo. Agora só faltava a cozinha e a ideia me animava ao mesmo tempo que me deixava pra baixo porque a cozinha estava um nojo e eu tinha plena consciência de que ela seria dominada por um cheiro terrível assim que eu abrisse a panela que eu havia deixado para fora da geladeira da última vez que eu estive em casa, há quase uma semana.

E foi quando eu pisei no cômodo que eu pude ouvir meu celular tocar pela primeira vez. Eu nem precisei ir até o aparelho para saber quem era, por isso, apenas respirei fundo e continuei meus afazeres, ignorando completamente a chamada. Enquanto eu lavava a louça veio a segunda ligação. Quando comecei a esfregar o chão veio a terceira e eu já estava começando a me sentir levemente incomodado pela insistência.

- Jimin, seu telefone tá tocando direto! - Tae berrou da sala como se eu não tivesse percebido.

- Deixa tocar. - Falei no mesmo tom para que ele me ouvisse.

- Não vai nem ver quem é? E se for importante? - ele disse.

Eu respirei fundo, não permitindo que a culpa de ignorar a ligação se enraizasse em meu cérebro.

- Eu sei quem é. - falei - Não é importante.

Quando me virei quase caí de susto em ver meu amigo ali parado com meu celular em mãos, provavelmente já tendo lido o nome nas chamadas perdidas.

EGOÍSMO A TRÊSOnde as histórias ganham vida. Descobre agora