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Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo? Eu não sei se odiei esse capítulo porque levou TANTO tempo pra escrever ou se foi porque ficou ruim mesmo. Mas como eu sou contra difamar a própria obra, vou botar a culpa na insistência de escrever algo legal. Enfim, espero que fique do agrado de vocês.

Eu tive bastante trabalho pra terminar esse capítulo, então me ajudem com suporte. Favorite e comente!

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-É assim que você me recebe depois de tanto tempo? -Eu mal pude acreditar nos meus próprios ouvidos quando a voz dele atravessou meu tímpano. Meu cérebro encontrou problemas para assimilar sua imagem na minha frente. Ele não tinha mudado nem um pouquinho. Seus cabelos continuavam com a mesma cor e penteado, seu corpo esguio não parecia ter ganhado nem uma grama a mais. O perfume também era tão conhecido que me trazia nostalgia. Minhyuk estava estupidamente bonito, como sempre foi, com seu antebraço escorado na batente da porta de entrada do meu apartamento com uma expressão de chateação que eu sabia ser falsa, já que logo se desmanchou em um sorriso lépido - Como você é cruel, Minie

-Não é isso, só estou surpreso-engoli em seco, ocupando minha mente com preocupações de que meu rosto poderia ter evidências do meu choro recente. O que eu menos precisava agora era me afundar novamente em pensamentos consternados. Para ser mais sincero, ainda que eu estivesse com saudade de Minhyuk , sua visita não era algo assim tão desejado. Se fosse em qualquer outro dia, eu estaria animado, até radiante, mas hoje eu só queria dormir-Não sabia que estava na cidade

-Jihyo veio visitar a família dela-ele finalmente entrou, caminhando em passos lentos, examinando cada pedaço do apartamento que costumávamos dividir, provavelmente procurando por alguma alteração feita. Não houve nenhuma, ele deduzirá em breve. A decoração estava exatamente igual a antes, principalmente com a figura esgrouviada do meu ex-noivo no centro da sala. A paisagem fez com que eu me sentisse entrando em uma máquina do tempo, como se esses dois anos não tivessem existido, como se Minhyuk nunca tivesse me abandonado e eu e Jungkook não passássemos de dois estranhos com amigos em comum. Mesmo assim, ainda que a imagem dele fosse demasiadamente familiar naquele ambiente, algo não estava certo. Nem mesmo quando ele tirou a jaqueta e pendurou no encosto da cadeira, mesmo esse não sendo o lugar certo, exatamente como fazia quando estavam juntos, parecia conflitante. Minhyuk não pertencia mais àquele lugar, realmente

- Você não deveria ter ido com ela?-sentei no sofá. A falta de comida fazia com que eu sentisse meu peso mais leve, quase como se eu pudesse flutuar a qualquer momento

-Nah-ele disse com desdém, jogando seu corpo ao lado do meu. O assento do sofá levemente mais afundado onde ele sentava. Seus braços compridos alcançaram uma almofada quadrada com antes de leva-la ao colo-a insuportável da irmã dela está lá. Eu juro, Jimin... Se ela não fosse mulher, eu já teria socado a cara dela. O jeito que essa garota olha pra mim, como se eu fosse algum leproso ou sei lá. Jihyo diz que ela não tem absolutamente nada contra mim, mas eu já peguei ela me chamando de bichinha uma ou duas vezes. E o pior é que ela se faz de santa e a Ji cai na dela. É uma dissimulada, essa garota...

Minhyuk entrou em um monólogo sem fim de como Tzuyu, irmã mais nova de Jihyo, era mimada, fútil e preconceituosa. Sua reclamação não manteve minha atenção, porém. Minha mente logo se desinteressou por toda aquela ladainha de briga de cunhados. Eu queria mesmo que ele ficasse em silêncio e que me deixasse sozinho. Queria inundar meu apartamento em lágrimas para me afogar. Queria deixar de ser adulto e de ter uma imagem a manter. Eu queria era fazer pirraça, bater o pé no chão, fazer greve de fome, socar a parede, espernear, esconder meu rosto no travesseiro enquanto molho a fronha em uma cena digna de um romance adolescente. Eu queria que Minhyuk parasse com aquela implicância enjoada com a tal Tzuyu e reparasse o quão mal estava, o quão eu estava necessitado de atenção, mesmo que não a quisesse. Eu me sentia enlouquecer.

EGOÍSMO A TRÊSOnde as histórias ganham vida. Descobre agora