Best Part

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Ai ai essa quarentena........ até mais filhotes

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Gritos. Gritos. E mais gritos. Lauren já estava acostumada com aquele tipo de desespero, embora nunca houvesse participado de uma ação em um prostíbulo. A fumaça preta estava impedia que enxergasse o local perfeitamente, mas já tinha escutado que um ex cliente da cafetina havia colocado fogo ali. Os dois estavam trancados no quarto da dona do imóvel, algumas partes do local já estavam caindo e graças a orientação de uma das prostitutas conseguiu chegar a parte do casarão juntamente com Dinah, sua colega de profissão. As duas conseguiram arrombar a porta, ao entrar encontraram a mulher caída no chão, com ferimentos pelo corpo e um tiro no peito, não sabe como mas ela ainda estava viva. Enquanto o homem branco de cabelos lisos pretos estava caído do outro lado, morto com um tiro na cabeça, com a arma ao seu lado. Pelo cenário, havia tentado matá-la e depois se matou para não ser preso. Um verdadeiro verme. Lauren rapidamente pegou a cafetina nos seus braços, enquanto Dinah ia na sua frente abrindo caminho. As duas saíram do casarão que parecia não poder ser recuperado mais. Rapidamente os socorristas colocaram a mulher dentro da ambulância e foram para o hospital mais próximo. Lauren tirou seu capacete tentando respirar melhor enquanto observava o carro se distanciar rapidamente. Ficou preocupada com o que viu, não sabia muita coisa de medicina, mas dentro da sua profissão aprendeu a observar a gravidade de certas situações. Sempre foi empática com quem salvou e se perguntava do que aquelas mulheres iriam viver e onde iriam morar.

- Ela vai ficar bem.

Sentiu Dinah tocar o seu ombro e assentiu. Torcia de coração para que aquilo realmente se concretizasse. A mulher era jovem e linda. Tinha muito o que viver, muito para sorrir, precisava se reerguer.

Os dias passaram e Camila acordou completamente confusa. Se deparou com paredes brancas, ar-condicionado, aparelhos fazendo barulho e Normani. Sentia dores pelo corpo, observou seus braços roxos, suas mãos feridas, um curativo no seu peito esquerdo. Ainda tentava se acostumar com as luzes do ambiente.

- Nossa, o que rolou? - sentia sua garganta seca. - Preciso de água.

- Não sei se você pode, vou chamar uma enfermeira.

- Claro que eu posso. Qual o ser humano que não pode?

- Posso listar começando por quem faz hemodiálise, mas se quiser posso perguntar para a moça que vem já já.

- Ai, cala a boca. - Normani riu.

- Sério, me fala o que houve.

- Você não lembra mesmo? O bordel pegou fogo. Na verdade, Shawn colocou fogo lá.

- Desgraçado! Me lembro. Você acredita que ele me bateu horrores e ainda atirou em mim? Quando eu sair daqui faço questão de matá-lo.

- Nem vai precisar. O embuste se matou depois de atirar em você.

- Ainda era um frouxo do caralho. Nem quis assumir o b.o. que ia pegar.

- Pois é! Não sei como você ficou com ele.

- Ele era gostosinho, Mani. Mas também só aparentemente, porque gozava e virava para dormir. O auge da minha profissão suportar homem assim. Depois que consegui minha independência e levantei o bordel, o frouxo foi chorar, porque eu só dava para os selecionados.

- Auge mesmo, Mila. - as duas riram, Camila ainda com dificuldade. - Sorte a sua que as bombeiras te salvaram.

- Bombeiras? Sério?

- Sim, inclusive uma delas maravilhosa. Passo mal com a beleza daquela mulher.

- Para de ser sem vergonha, garota! Eu realmente não esperava por essa, queria muito encontrar com as duas para agradecer.

One Shots - CamrenOn viuen les histories. Descobreix ara