Fluxo Perfeito

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- Ok, Mani, cinco minutos para entrarmos no ar.

Avisei à Normani para que ela se preparasse. Seria o último programa ao vivo da temporada, finalmente eu teria um bom tempo de descanso, ser diretora e está em tempo real todas as noites não era fácil, ocorria uma grande tensão, porém era igualmente sensacional a adrenalina que causava.

- Cinco, quatro, três, dois... abertura no ar.

Eu observava Normani seguir com o roteiro tranquilamente, aquilo era um poço de carisma e beleza. Devo dizer que descobri-la foi o maior acerto da minha carreira. Mani era popular, linda, carismática, sabia inovar e improvisar. Realmente era tudo que o público gostava de ver, sem contar com as impagáveis situações que ela já se propôs no programa.

Fato era que tudo ocorria bem e estávamos no último bloco da apresentação. Só faltava a mais nova sensação da dança latina: Camila Cabello. Infelizmente não tive tempo que cumprimentá-la antes, porque tive que resolver um problema de última hora e para ser honesta ainda não havia visto nenhuma de suas apresentações, eu não ligo muito para dança apesar de adorar música.

- E é claro que não poderíamos deixar de chamá-la aqui, ela que explodiu na internet com seus vídeos dançando todo tipo de música. A cubana mais estourada de todos os tempos... pode entrar, Camila Cabello.

A platéia foi ao delírio, eu cortava as câmeras para a reação das pessoas e dividia entre Normani e Camila se cumprimentando. Aquela cubana era muito linda. Certamente eu teria que ir cumprimentá-la nem que fosse para admirar os seus traços tão belos.

- Normani, não sabe a honra que é estar aqui hoje. – elas se olhavam. – Boa noite, galera!

- Uou! – as pessoas gritavam. – Parece que você é mais popular do que eu imaginei. O prazer é todo meu em te ter aqui, Camila. Mas, antes que conversemos que tal você se apresentar para nós?

- Agora mesmo.

Abri a câmera para que focasse em Camila de corpo inteiro assim que a música começou a tocar. Instantaneamente parecia que eu não estava mais ali no meu ambiente de trabalho. Seus olhos focaram na lupa e parecia que ela começara a penetrar nos meus verdes sem dó, nem piedade. Meu corpo se arrepiou com seus movimentos, ela mantinha por vezes um sorriso sedutor no rosto e um olhar angelical capaz de acabar com a vida de qualquer pessoa. Seus rebolados eram intensos, seus movimentos eram precisos, eu não conseguia mais movimentar e nem ordenar nada de dentro da cabine. Estive hipnotizada até os últimos toques da música latina e até ouvir duas das minhas assistentes me chamarem.

- O que? – olhei para Dinah e Ally.

- Segura sua onda, chefe. Estamos ao vivo, não é hora de babar. – Dinah provocou.

- Que? Para de gracinha que tu nem volta para a próxima temporada. – a mais alta levantou as mãos rindo. – E você também.

- Mas eu nem abri minha boca depois que você voltou. – Ally retrucou. – Ih, se ela se irritou fácil foi sério.

Suspirei revirando os olhos guiando o programa até que Mani se despedisse. Seria a hora de nos reunirmos numa boate fechada só para nós para comemorarmos a audiência maravilhosa desta última temporada.

- Ok, galera! Todo mundo fazendo o que tem de fazer para irmos comemorar. – fiz uma dancinha típica minha. – Eu vou resolver uma parada e encontro vocês lá.

- Vai ver Camila no camarim, acertei? – Dinah sussurrou no meu ouvido e eu a olhei.

- O pior lado de trabalhar com a melhor amiga é que ela sabe de absolutamente tudo sobre a gente. – sussurrei de volta a encarando com um sorriso. – Eu quero aquela mulher para mim.

One Shots - CamrenWhere stories live. Discover now