Capítulo 12

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          Eram nove horas da manhã de domingo e ainda estavam na cama, acordados e entrelaçados

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          Eram nove horas da manhã de domingo e ainda estavam na cama, acordados e entrelaçados. Estava tão bom. O clima do dia fresco, parecendo que choveria o dia inteiro, só ajudava, dando um aumento no desejo de ficar na cama. Volta e meia um deles perguntava quem seria o primeiro a levantar, mas nunca havia pressa, nem mesmo forças para fazer isso. E assim o tempo passava.

          Quando chegando aos quinze minutos depois o telefone dela fez um toque de mensagem e apenas um. Ele não estava na cadeira próximo da cama, nem no chão, mas na penteadeira, dentro da bolsa dela, longe. Ela teria que levantar para pegá-lo e ver o que queria.

          — Vou ter de levantar — disse ela.

          — Quer que eu vá lá pegar?

          Assim que ouviu a sugestão dele ela começou a se levantar.

          — Não, pode deixar.

          Pegando o celular da bolsa, ela leu a mensagem enquanto Odilon a olhava da cama, vendo-a bela numa camisola simples.

          — O que é? — indagou ele.

          — Nada demais. É uma mensagem agendada que deixei; é para me lembrar de que tenho que ir à farmácia comprar um remédio.

          — Remédio, remédio para quê? — preocupou ele.

          — Enxaqueca. Não é nada demais, pode ficar na cama. Eu vou me arrumar rapidinho e ir lá.

          — Você precisa ir agora?

          — Preciso, se não a cabeça vai começar a doer — respondeu, enquanto procurava um par de roupas no guarda-roupa. — E quando acertar de jeito vai doer mais ainda.

          Ela parecia apressada, mas ao mesmo tempo procurava por algo que estava com dificuldade em achar. Revirou e procurou, achou uma peça, e continuou procurando pela outra.

          — Por que não escolhe qualquer roupa, só vai à farmácia, não é?

          — É, mas queria usar um par específico que uso aos domingos, me sinto mais a vontade nele.

          Achando a segunda peça de roupa, começou a vesti-la, depois a outra peça. Prendeu o cabelo, colocou algumas coisas na bolsa, parecendo até que ia sair para longe, e, estando pronta, foi até ele. Deitou metade de seu corpo na cama e beijou-o, depois deu outro beijo apaixonante. Parada, ela olhou para ele durante alguns instantes; parecia tão apaixonada. Ele adorava aquilo.

          — Adoro esse beijo seu, apaixonado, como beijo de despedida — elogiou ele. — Como aprendeu?

          — Eu não sei — respondeu ela. — Não gostaria de ter de sair, talvez seja isso.

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