Capítulo 24

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Em casa, durante a tarde, enquanto ficava sozinho como sempre, ele pensava no que fazer a seguir

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Em casa, durante a tarde, enquanto ficava sozinho como sempre, ele pensava no que fazer a seguir. Não dava para procurar pelo nome dela no registro de pessoas, não dava para procurar pelo documento dela, e agora nem nas páginas sociais ela estava. Tinha que encontrar outro meio de chegar até ela.

Depois de muito pensar, tentando muitas vezes juntar alguma peça em algum lugar, mas onde não havia peças concretas ou mesmo um lugar para colocá-las, ele encontrou uma solução, ou melhor dizendo, algo que pudesse executar para ao menos tentar alguma coisa, algo que o manteria ocupado, o que já era um alívio para ele.

Diante dela ele mantinha a naturalidade o melhor possível. Não adiantava ser diferente; mesmo se ela notasse alguma coisa, não faria a solução para o problema dele. Então para manter a paz e deixá-la tranquila, algo que ele conseguia fazer, ele evitava aparentar qualquer preocupação com o que não sabia. E deste modo a noite com ela foi tranquila, o que ele sabia que cedo ou tarde deixaria de ser.

No dia seguinte ele mantinha a mesma discrição, fazendo com que tudo parecesse o mais normal possível. Não era difícil, bastava dar a atenção a ela sempre que pedida, evitar parecer distante, o que consequentemente não o deixava fazer as coisas naturalmente, mas sim controladamente. Esperaria que ela saísse para o trabalho para só então executar a sua próxima jogada. O plano era segui-la até o trabalho dela e vê-la nele, o que passaria alguma sensação de verdade, decidindo a partir daí o que faria.

Ele evitaria também passar alguma impressão de que sairia, o que significava que não poderia se aprontar para tal; neste ponto ele se vestiu de modo que poderia ser para ficar em casa como para sair se assim precisasse.

Assim que ela saiu do apartamento ele aguardou o suficiente para que ela chegasse ao elevador. Dado esse tempo ele deixou ele próprio o apartamento e se dirigiu para as escadas; desceria por elas em vez de esperar até que o elevador voltasse. Desceu verificando a cada andar que passava que o elevador continuava à sua frente. Quando chegou ao térreo já estava tomando precauções para que ela não o visse. Cautelosamente ele a viu deixando o prédio, o que ele fez em seguida, sempre seguindo a mesma distância que mantinha dela. Na avenida ela seguia pela direita e ele atravessou a rua para que a seguisse pela esquerda, evitando assim maiores possibilidades de ela o ver se virasse para trás, se algum motivo para isso aparecesse. E assim foram, ela de um lado e ele do outro, ela na frente e ele atrás.

A agitação da avenida ia crescendo conforme o dia, não estava tanto ainda porque o dia estava apenas começando. Mas mais e mais o número de pessoas nos dois lados ia aumentando. Ele não reparou, talvez por estar concentrado em Célia, mas o número de pessoas pelo qual tinha que desviar só aumentava. Iam infiltrando no centro da cidade cada vez mais, então era o óbvio que aconteceria. Nem mesmo os trombos que dava nas pessoas uma vez aqui e outra lá o fizeram perceber. Foi somente quando começou a ter dificuldades em vê-la e depois em segui-la que reparou o número aumentado de pessoas nas calçadas. Com todo este acontecimento ele precisou prestar maior atenção na calçada por onde ele andava e na que ela andava, e mesmo isto não estava sendo suficiente. Ele estava a perdendo. Ela parecia estar aumentando os passos, pois estava se distanciando dele. Ele próprio já agitado e tendo dificuldades em andar de modo a continuar o procedimento iniciado começou a pensar se ela não o teria visto e estaria correndo dele, tentando se despistar. Por que ela faria isso? Era uma dúvida que subsequentemente veio a sua cabeça. Por que estaria correndo?... A falta de não saber o que se passava, não entender o tráfico que atrapalhava, mais o acúmulo recente de dúvidas em sua mente, fazia apontar paranoia nele, o que era perigoso e sempre atrapalhava, enganando quem a tinha.

OS BONECOS ENGRAÇADOSWhere stories live. Discover now