Capítulo 13

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          No zoológico, eles pareciam um típico casal passeando; sempre de mãos dadas, com expressões sadias nos rostos, curiosos, mostrando sempre alguma coisa que viam ao outro

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          No zoológico, eles pareciam um típico casal passeando; sempre de mãos dadas, com expressões sadias nos rostos, curiosos, mostrando sempre alguma coisa que viam ao outro. Justamente tudo o que ela queria.

          Haviam mais pessoas do que ele imaginara; não o bastante para deixar o lugar muito cheio, mas com certeza era um número maior do que ele esperava encontrar. Mas esses animais pouco lhe eram interessantes naquele momento. Queria ver os outros, os presos, aqueles diferentes da espécie dominante, que não tinham sucumbido a si mesmos.

          Olharam tudo: cobras, jacarés, pássaros, leões, elefantes, uma sessão com plantas, e várias outras espécies. Estavam nos primatas, vendo os chimpanzés quando um casal pouco à frente deles resolveu fazer o mesmo que dois chimpanzés que se abraçaram de lado.

          — Não acha que devemos fazer o mesmo? — perguntou Célia.

          Enquanto ela aproximava seu corpo do dele, Odilon sorriu para ela e a abraçou. Mas seu abraço foi de mau jeito e ele acabou colocando a mão em parte do seio dela. Antes de qualquer coisa, ela segurou a mão dele e a desceu até sua cintura, onde se sentia mais à vontade com a mão dele. Com isso o sorriso dele sumiu e quando o casal que se abraçava foi para outra sessão ele soltou-se dela, desfazendo o abraço.

          Continuaram seguindo o caminho para ver os animais. Neste tempo Odilon olhava também as pessoas envolta, procurando um momento em que estivessem os dois quase sozinhos. Encontrou esta possibilidade levando-a para ver peixes numa pequena lagoa. Parecia que ninguém mais queria vê-los, com exceção de duas crianças.

          — Amor — chamou ele, tendo a atenção dela. — Lá atrás quando eu te abracei, você afastou a minha mão. Por que fez isso?

          — Eu não afastei a sua mão.

          — Afastou sim — cobrou ele. — Você pegou a minha mão e afastou ela.

          — Eu apenas a mudei de lugar — disse ela, desistindo, vendo que era sério.

          — Por que fez isso?

          — Por que você pegou no meu seio e eu prefiro que você segure na minha cintura.

          — Pois não faça isso outra vez.

          — É que eu não fico à vontade com você pegando nos meus seios em público, amor.

          — Eu sei, nenhuma garota gosta disso. Eu peguei sem querer, ia abaixar a mão quando percebi o que fiz, mas você fez primeiro. Eu nunca vou pegar nas partes íntimas sua em público, não precisa se preocupar com isso, justamente porque eu sei que a maioria das garotas não gosta. Se, por ventura, eu sem querer pegar em algum lugar inapropriado irei afastar a minha mão, mas deixe que eu o faça, não afaste ela. Eu posso entender errado quando você fizer isso. Se você perceber que não estou afastando a mão quando devia, fale comigo, pode falar comigo, e diz que não quer que eu continue segurando naquele lugar, mas não afasta você mesma. Se pedir eu irei fazer.

OS BONECOS ENGRAÇADOSWhere stories live. Discover now