Capítulo 28

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Depois que deixou o shopping não demorou muito para Odilon chegar à avenida que levava ao restaurante

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Depois que deixou o shopping não demorou muito para Odilon chegar à avenida que levava ao restaurante. Teve pressa em chegar nela, mas após alcançá-la diminuiu para normal o seu andar. Pretendia ele procurar pela mulher vendedora do outro lado da rua e interrogá-la, ver se conseguiria tirar algo daquela pessoa, qualquer coisa que indicasse algum caminho, ou mesmo a verdade. Talvez ela fosse uma personagem chave nesta história toda, e, na situação em desvantagem que estava, tendo coisas das quais ele nada sabia, um quebra-cabeça ainda com poucas peças que ele nem ao menos sabia onde as colocar, valia a pena tentar.

O seu caminhar era tranquilo e preocupado, como a sua mente estava. Andava de cabeça baixa, olhando o chão à sua frente por onde andava, mesmo assim atento às pessoas que também percorriam a avenida. Não pensava em muita coisa; de fato não fez isso profundamente e intensamente, dominando todo o seu raciocínio como fazia, desde que deixara o shopping, deste modo sua mente preocupada estava ao mesmo tempo mais relaxada. A sua preocupação era apenas com a situação problema toda, mas não em questões específicas, talvez pelo fato de não ter um incentivo a isso, como aquela sensação estranha que o visitava de tempos em tempos. Só foi pensar fortemente quando se tocou da oportunidade perdida de seguir Célia até o trabalho com o objetivo de algo descobrir. Lembrar-se disso o zangou, poderia ter ido e feito algo útil. Logo em seguida, contudo, deduziu que não poderia tê-lo feito. Célia saíra primeiro que Marcel, e o amigo ainda permanecera um pouco mais, então, só poderia segui-la um pouco depois de ela ter saído, o que acarretaria não conseguir alcançá-la ou encontrá-la. E não poderia dispensar o amigo que lhe fazia um favor em visitá-lo naquele momento complicado em que mais precisava de visita. Mais uns passos à frente e esse raciocínio caiu. Pensou que mesmo saindo depois dela e não a encontrando no caminho, numa seguida ou perseguição, poderia ter ido até o trabalho dela. Sabia onde ficava e alguma coisa poderia perguntar por lá. De todo modo, já passara, não adiantava ficar remoendo a cabeça com o que não fizera, de nada isso iria adiantar...

Sem perceber ou acompanhar muito, Odilon se deparou chegando ao restaurante. Passando em frente dele ele deu folga aos seus pensamentos presentes para dar espaço às lembranças do passado. Enquanto olhava o interior do lugar através de suas vidraças que faziam parte das paredes, ele lembrou-se de quando encontrou Célia pela segunda vez dentro do local, um momento mágico que também foi onde se falaram pela primeira vez pessoalmente. E enquanto deixava o restaurante para trás e voltava a olhar a calçada à sua frente, afundava mais nesse encontro, recordando do momento em que olhara para fora à procura dela do outro lado da rua enquanto a mesma já se encontrava dentro do recinto, atrás dele o olhando, justamente o esperando. Apesar de não expressar, essas recordações o alegravam um pouco, o aliviava deste algo ruim que o acompanhava. O restaurante onde tudo começou... Deixou esses pensamentos de lado e continuou andando.

OS BONECOS ENGRAÇADOSWhere stories live. Discover now