Crumble to Ashes | Phoenix Love #2

Capítulo 32

- Espera - eu a interrompo por um momento. - Deixe-me tirar uma foto sua. Você está incrivelmente radiante hoje.

Ravena faz uma expressão de constrangimento misturada com incredulidade, mas acaba cedendo e se soltando quando me vê tirando o meu celular do bolso, sabendo que não vou retirar o meu pedido.

Ela está realmente radiante hoje, não porque está tendo o aniversário mais legal do mundo ou porque está usando uma roupa diferente, na verdade, ela está com o seu estilo de sempre: uma camiseta branca com uma frase de banda sobre uma blusa de manga longa preta com uma estampa floral, calça jeans rasgada de lavagem escura e coturnos pretos. Ah, e também óculos redondos de lentes vermelhas que lembram os que o Elton John usa, mas que ficaram realmente estilosos nela. Mas, como eu disse, não tem nada a ver com a sua aparência. Tem um brilho exalando nela de dentro para fora, que eu não sei dizer da onde vem, só sei que estou tremendamente feliz por vê-la assim.

- Agora sim, vamos - eu a chamo, pegando-a pelo braço assim que termino de tirar a foto, sorrindo e a levando em direção ao meu carro. Abro a porta do passageiro para ela e logo dou a volta para sentar no meu lugar.

No momento em que me sento no banco, já ligo o rádio e "Edge Of The Blade" do Epica começa a tocar, deixando a baixinha colorida ao meu lado instantaneamente animada, como eu esperava que ficasse. Essa música realmente é realmente capaz de mudar o seu humor e te deixar pra cima nos primeiros segundos.

Demoramos cerca de quarenta minutos para chegarmos no local onde estou levando Ravena, pois é um pouco fora da cidade, mas vai valer totalmente a pena, mesmo que não vamos passar a quantidade de tempo que eu gostaria lá.

- Ah. Meu. Deus! - Ravena exclama lentamente quando estaciono no Six Flags Great America, um dos parques de diversão mais populares de Chicago e região.

- Eu presumo que essa sua reação seja de empolgação - comento, rindo, enquanto tiramos os cintos e eu desligo o rádio.

- Totalmente! - ela responde ainda embasbacada. - Eu só vim aqui uma vez quando finalmente tinha altura para andar nos brinquedos e desde então eu morria de vontade de voltar.

- Não deve fazer muito tempo então - provoco-a por conta da sua altura com um riso, recebendo uma cotovelada e uma repreensão em resposta.

- Eu tinha doze anos, ok? - a baixinha responde brava e com um bico emburrado exatamente igual ao de sua irmã.

- Tudo bem - levanto as mãos em sinal de rendição. - Desculpe por eu ter demorado tanto para te trazer aqui, mas acho que foi na data adequada - sorrio numa tentativa de me redimir.

- Devo concordar - ela exibe um sorriso convencido de volta. - Então devemos ir logo, pois não temos muito tempo.

- Tem razão, por isso quero aproveitar o máximo que pudermos aqui - concordo, e nós dois saímos do carro.

Coloco meu braço ao redor dela, na medida do possível, pois, mesmo eu estando com tênis All Star que não tem salto e ela com um coturno de salto tratorado, a caçula dos Müller ainda bate na minha cintura, chega a ser engraçado. Me faz lembrar dos tempos com a Amanda, que ela era quase tão baixinha perto de mim quanto Ravena.

Entregamos nossos tíquetes na portaria e a colorida ganha um copo personalizado do parque com o seu nome e escrito "feliz aniversário" por estar fazendo aniversário hoje.

Decidimos começar leve, portanto, a primeira atração a que vamos são os karts, eles têm uma pista de corrida bem bacana aqui. Ravena bate palminhas de empolgação antes de entrar no seu carro, me fazendo rir com a sua inocência e a pureza do seu coração, o que me recorda dos tempos em que o meu coração não era corrompido e nem havia sido quebrado tantas vezes.