[LIVRO 2 DA TRILOGIA PHOENIX LOVE]
Após terem embarcado em um romance que fez explodir as chamas que existiam dentro de ambos, David e Crystal alcançam o pior estágio de seu relacionamento até então. Eles precisarão de toda a força que possuem em si...
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CRYSTAL
Um mês e meio se passaram, o que significa que já estamos perto do Natal. A minha relação com David esteve ótima durante todo esse tempo, talvez até demais. Eu ainda o amo com todo o meu coração, mas tudo se tornou muito rotineiro, pacífico e tranquilo. Confesso que às vezes sinto falta das brigas e da montanha-russa que éramos antes, pois, odeio ter que admitir, ficamos entediantes agora. Não há mais aquele fogo, aquela paixão, pelo menos da minha parte, como antes. Ultimamente nem temos nos visto tanto e já faz mais de uma semana desde a última vez que transamos, e eu não faço ideia de como mudar essa situação.
Apesar disso, estou na casa do meu namorado assistindo a um filme de suspense que eu nem sequer lembro o nome de tão desinteressada que estou, enquanto tomo uma caneca de chocolate quente com marshmallows que ele mesmo preparou. Não trocamos muitas palavras e eu me sinto desconfortável com esse clima entre nós.
- Com o que você está tenso? – pergunto ao notar seus dedos tamborilando incessantemente contra a porcelana da sua caneca. Podemos estar estranhos um com o outro, mas eu ainda sei lê-lo perfeitamente.
- Com a chegada do meu irmão. – ele responde, dando uma bicada no seu chocolate.
É verdade, havia me esquecido completamente disso. Parece que o famoso Asher Allen finalmente resolveu passar o Natal com a sua família este ano. Até que estou ansiosa para conhecê-lo e ver se é mesmo tudo isso que dizem.
- Por quê? – me faço de desentendida para tentar fazê-lo se abrir comigo.
- Porque eu estou com medo dele roubar você de mim. – o loiro responde na maior sinceridade e coloca a sua caneca de lado. – Você está enjoada de mim.
- O quê? Claro que não! – indago, tentando conter a minha voz querendo ficar aguda no final, o que revelaria minha mentira, porque, afinal de contas, ele está certo, só não quero que saiba. – Da onde você tirou isso?
- Eu estou vendo, Crystal. – ele responde seguro de si. – Você não tem mais o mesmo entusiasmo perto de mim, seu olhar está diferente, e faz pelo menos uns dez dias que não transamos quando costumávamos fazer isso pelo menos três vezes por semana. – ele alega, e eu chego a abrir a boca para contestar, porém sou interrompida. – E não adianta vir dizer que você está menstruada porque eu sei muito bem que você toma injeção para não menstruar há anos.
Não faço ideia de como ele tem essa informação, mas o fato é que ele tem, e eu não faço ideia de como contornar essa situação.
- Para de criar paranoias nessa sua cabeça. – repreendo-o. – Vem cá, deita aqui no meu colo. – peço, colocando a minha caneca de lado e dou dois tapinhas nas minhas coxas para chama-lo. Fico feliz e abro um sorriso quando ele obedece.
- Você ainda me ama? – David pergunta com um certo resquício de mágoa na voz.
- Claro que eu amo! – afirmo, mexendo nos seus cabelos dourados.
