[LIVRO 2 DA TRILOGIA PHOENIX LOVE]
Após terem embarcado em um romance que fez explodir as chamas que existiam dentro de ambos, David e Crystal alcançam o pior estágio de seu relacionamento até então. Eles precisarão de toda a força que possuem em si...
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ANNELIESE
Entro na sala que a enfermeira me indica e fico em estado de choque assim que vejo o meu irmão sobre a maca. É claro que eu esperava que ele estivesse mal, ele estava entre a vida e a morte – ainda está, na verdade – mas ver de fato com os meus próprios olhos a situação dele neste momento é como se eu levasse uma facada no coração e perco a força das pernas, então me jogo sobre Liam e desabo novamente sobre ele. Minha cara já deve estar desbotada com tantas lágrimas.
- É assustador, eu sei. – Liam comenta enquanto afaga os meus cabelos. – Mas pelo menos ele está vivo.
- Ele ainda corre riscos, ele ainda pode morrer. – lágrimas pesadas caem dos meus olhos quando digo isso porque imaginar viver sem a outra metade de mim é insuportável.
- David já aguentou até aqui, ele vai sobreviver. – meu namorado afirma como se tivesse certeza do que está falando. – Ele é sensível, mas ele é forte, muito forte, assim como você.
- Eu estou cansada de ser forte. – minha voz também soa cansada. – E eu sei que David também está. – pego em sua mão que está conectada ao aparelho que mostra a sua pressão. – Eu posso sentir que ele quer descansar, que ele quer desistir. A vida tem sido muito dura com ele. – choro ao sentir seu pulso fraco e pensar no quanto meu irmão já sofreu em apenas dezessete, quase dezoito, anos de vida. Ele já passou por mais coisas do que alguém em sua idade deveria, por isso eu não o culparia se ele escolhesse partir.
- Sinto muito. – ouço Liam dizer atrás de mim. – Quando você vai contar para o seu pai? A médica já até pediu a assinatura dele, precisam que alguém responsável autorize os procedimentos. – ele me lembra.
- Eu sei. – respiro fundo. – Eu não faço ideia de como ele vai reagir, por isso ainda não contei.
- Só há um jeito de descobrir. – meu namorado responde, apontando o celular para mim. Eu realmente preciso ligar, meu pai precisa saber.
Pego o celular e disco o número do meu pai, me preparando para dar a notícia. A chamada toca várias vezes até que ele finalmente decide atender.
- Lis? Por que está me ligando a essa hora? Aconteceu alguma coisa? – meu pai questiona assim que atende.
- Na verdade, aconteceu. – respondo com um suspiro.
- O que aconteceu com você? Está tudo bem? – ele pergunta apreensivo, mas obviamente está pensando em mim.
- Não foi comigo, foi com o David. – respondo e ele não fala nada, então decido prosseguir. – Ele sofreu um acidente.
- Foi grave? – ele pergunta, e eu tenho uma ponta de esperança que ele esteja preocupado, o que me deixa um pouco alegre, pois significa que ele não odeia David tanto quanto demonstra.
