Capítulo 16

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DAVID

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DAVID

Tomo um susto ao ver a varanda da casa de Crystal toda enfeitada e cheia de convidados prontos para uma festa. Tento não esboçar nenhuma reação enquanto observo o cenário com uma decoração muito elegante em preto e dourado com bexigas comuns, outras em formato de estrelas e enfeitadas, nas mesmas cores, um lustre dourado enorme no centro, aqueles balões grandes também em dourado com as letras "D" e "A" e um "18" no meio sobre um pano de fundo preto, além de uma mesa enfeitada, com um bolo enorme e os mais diversos tipos de docinhos de festa.

Olho para a minha irmã, que olha para mim ao mesmo tempo, na esperança de que ela tenha ficado tão incomodada com essa surpresa quanto eu e percebo que sim, ela também detesta festas e não gostou disso tanto quanto eu. Ambos olhamos para nossos companheiros, porque certamente eles são os responsáveis por isso, com um olhar mortal. Quem lhes deu o direito de fazer uma surpresa para nós? Eles estão cansados de saber que não comemoramos essa data e que ela não traz boas recordações, por que raios fizeram isso com a gente?

Crystal e Liam tentam disfarçar, mas vejo que ambos estão surpresos e constrangidos, sem saber o que fazer, enquanto todo mundo nos encara. Isso só está ficando pior.

- Nós precisamos conversar, Crystal. – aviso baixo, ainda com o mesmo olhar fulminante para ela, e empurro a minha cadeira sozinho até um canto no fundo. Anneliese faz o mesmo com Liam. A morena vem atrás de mim logo em seguida.

Antes que ela possa abrir a boca para tentar se defender, eu já me adianto.

- Por que vocês fizeram essa festa? Você sabe que eu não comemoro o meu aniversário, que é um dia horrível para mim. – indago irritado.

- Justamente por isso, David! – Crystal exclama. – Eu queria transformar esse dia que é tão traumático para você num dia de alegria, qual o problema nisso? – ela pergunta no mesmo tom que eu.

- O problema é que como eu vou comemorar o meu aniversário se eu nem mesmo me sinto digno de estar vivo? – refuto, e Crystal faz uma expressão indignada. – Sabe a surra que eu levei do meu pai depois que a minha mãe morreu que quase me matou também? Foi o meu presente de doze anos. – forço meus lábios em um sorriso sarcástico. – Então me diz, como eu vou conseguir comemorar esse dia quando tudo que eu ouço na minha cabeça é o eco da voz do meu pai me xingando de "maldito", "desgraçado" e nomes piores, e insultos como "você quem deveria estar morto", "eu te odeio", "eu te desprezo", "você desgraçou essa família" e outras coisas mais. – seguro com força o nó que se formou na minha garganta devido à minha vontade estúpida de chorar ao falar sobre isso.

- Eu entendo o quanto isso é difícil para você, mas...

- Não, você não entende! – rebato, erguendo meu tom, mas logo me arrependo e volto ao normal. – Eu sou responsável pela morte da minha mãe. Não consigo comemorar mais um ano de vida sabendo que é mais um ano da morte dela. Era para ser eu debaixo daquele túmulo. – sinto as lágrimas queimando sob os meus olhos querendo escorrer, porém não vou deixar que nenhuma gota caia.

Crumble to Ashes | Phoenix Love #2Where stories live. Discover now