Capítulo 10

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DAVID

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DAVID

Algum tempo se passou desde que eu me lembro de estar vivendo a minha vida normalmente. Não sei se faz muito ou pouco, ainda não tenho noção de tempo, mas sinto que já está na hora de eu retomar minha vida novamente. Tentei partir dessa para melhor, várias vezes, mas em todas elas fui impedido, então sinto que devo ficar aqui, esse é o meu destino. Já estive tempo suficiente nesse estado de inércia sem sentir nada, está na hora de reagir e encarar tudo que estou sentindo e o que passei de frente. Vamos, David, coragem. Você já passou por coisas piores. Você consegue.

***

Acordo depois do que parece ter sido muito tempo sem saber onde estou, que dia é e mal lembro meu nome. Uma luz forte e branca toma conta da minha vista, que está embaçada e não consigo identificar quase nada ao meu redor, apenas que pareço estar em um quarto de paredes brancas e sinto que tem alguns aparelhos conectados a mim. Será que estou em um hospital? Não sei dizer, pois minha visão está um borrão completo e isso está me incomodando. Minha cabeça também lateja numa dor incessante quase insuportável.

- Sr. David Allen? – uma voz feminina, que eu não consigo identificar de quem é, me chama.

- Sou eu, eu acho. – confirmo, ou quase.

- Como você está se sentindo?

- Confuso. – respondo honestamente. – Não sei que lugar é esse, como vim parar aqui, por que não estou enxergando ou por que estou sentindo tanta dor.

- Calma, Sr. Allen. – ela diz de forma tranquila. – Uma coisa de cada vez. O senhor sofreu um acidente grave há três semanas e ficou em coma por todo esse tempo, o senhor está em um hospital.

- Eu fiquei em coma? Por três semanas? – questiono sem acreditar direito nisso, mas percebendo que faz sentido, é o que parece. Por isso sinto que parei no tempo por um período indeterminado, quer dizer, agora determinado.

- Isso mesmo. Sua irmã ficou apreensiva todo esse tempo esperando você acordar. – ela conta, me deixando aflito. Meu Deus, Anne! Ela deve ter ficado péssima e muito preocupada como eu a conheço bem.

- Onde ela está? Eu quero vê-la. – peço. – Quer dizer, se eu conseguir enxergá-la. Por que minha vista está tão ruim? – pergunto. Eu tenho miopia, mas pelo menos de perto consigo ver alguma coisa, entretanto sinto como se agora a maior parte da minha visão estivesse comprometida e isso me apavora um pouco.

- Ela não está no hospital agora, mas vou mandar avisar que você chama por ela. Sua visão provavelmente está afetada pelo trauma que o senhor sofreu na cabeça. – ela explica, e confesso que continuo um tanto apavorado, pancadas na cabeça nunca são um bom sinal.

- Isso é reversível? – questiono, esperando que a resposta seja positiva. Eu nunca mais volto a reclamar da miopia se eu voltar a enxergar como antes.

Crumble to Ashes | Phoenix Love #2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora