Capítulo 26

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DAVID

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DAVID

Faz uns quinze minutos que estou esperando Kathryn voltar para o quarto com a minha mochila para que eu possa trocar de roupa. É óbvio que me ofereci para eu mesmo ir buscar no carro, porém ela insistiu por alegar que não é bom que as outras meninas me vejam por aqui, então acabei concordando.

- Shiver?! Shiver, o que é que está acontecendo aqui? – ouço a voz de uma mulher que aparentemente deve ter meia idade gritando do outro lado da porta.

- Me desculpe, Madame Russell. – Ouço a voz de Kathryn lhe responder.

- Você conhece as regras, sabe muito bem que é proibido hospedar clientes aqui. – Seu tom soa ríspido. – Eles devem ir embora logo após o término do serviço, todas têm ciência disso.

- Ele não é um cliente, ele é... um amigo. – Kathryn tenta contornar a situação, mas não acredito que vá ter muito sucesso.

Percebo que a mulher, que provavelmente é a cafetina do lugar, volta a erguer o tom, portanto me levanto para ir até elas para tentar resolver essa situação. Kathryn não pode se prejudicar por minha causa, eu não vou permitir que isso aconteça.

- Com licença, desculpe interromper, – digo, abrindo a porta e me deparando com as duas – eu não sabia que a minha estadia não era permitida, por favor, não prejudique a Kathryn. Eu não queria causar problemas a ninguém – tento amenizar a situação.

- E ele ainda sabe o seu nome verdadeiro? – A mulher fica abismada. – Meu Deus, isso é uma tragédia! – Ela passa as mãos pelos cabelos, preocupada, como se eu fosse algum tipo de ameaça séria. – É isso que acontece quando se dá liberdade demais, vocês extrapolam e quebram as regras.

- Madame Russell, – fico meio inseguro por não saber se devo chamá-la assim, mas ela não parece ter ficado incomodada – prometo que não falarei nada que possa prejudicar a senhora, o estabelecimento ou a Kathryn de qualquer forma, eu prometo. Meus lábios estão selados – garanto, numa forma de tentar livrar a platinada de qualquer culpa.

A senhora de cabelos castanhos meio ruivos bem cacheados me analisa e parece pensar por alguns instantes.

- Vai ter que pagar pela sua estadia – ela diz, arqueando uma de suas finas sobrancelhas.

- Dinheiro não é problema – afirmo. – Me diga o seu preço.

A cafetina desfaz a sua expressão de desconfiada e a torna em interessada.

- Quinhentos dólares – ela responde sem hesitar.

- Quinhentos? – Kathryn indaga, arregalando os olhos, aturdida. – Madame, é muito dinheiro por aquele quartinho.

- Fique quieta, Shiver – a cafetina a repreende. – Ainda estou sendo humilde, só o boquete que você deve ter feito nele já vale isso, e o garoto tem dinheiro. – Ela ergue o canto da boca em um sorriso malicioso.

Crumble to Ashes | Phoenix Love #2Where stories live. Discover now