Capítulo 17

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Eu acabei de terminar o capítulo mas como não tô com sono acho que não tem erros gritantes, por isso vou postar sem ter revisado.

Eu realmente ia enrolar sobre algumas coisas nesse capítulo, porém já houve tensão demais nos últimos, e além disso, não tinha necessidade, então apressei essa parte, espero gostem.

Deixem seu favorito se ainda não deixaram, comentem também.

Tenham uma boa leitura ❤️
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A vida é um tanto complicada, as vezes estamos felizes, as vezes tristes, as vezes sequer sabemos o que sentimentos e as vezes simplesmente não sentimos coisa alguma. Um exemplo dessas complicações está em Katsuki e Eijiro, o casal que estava muito feliz por deixar o hospital, porém que ficaram extremamente triste quando notaram um pequeno fator de olhos vermelhos, cabelos negros, traços finos e sorriso largo. Akane teria que ser levada para realizar o processo burocrático padrão para crianças que perderam os pais, então iria para um orfanato ou para alguma outra família, e isso era algo que nenhum dos dois queria. Eles tinham se apegado a garota. Em contra partida, nenhum dos dois parecia querer arriscar um novo membro na família logo depois de tudo o que ocorreu, principalmente Eijiro, que apesar de gostar de Akane, temia por seu marido ao ponto de ter jogado fora a idéia de adotar uma criança.

E foi assim que Katsuki perdeu suas noites de sono, dois dias depois de ter se separado de Akane, ainda não conseguia dormir pensando na menina. Ele tinha a salvado, mas não só isso, ele recebeu uma ordem da mãe dela, a mulher que deu sua vida pela dele, para que ele salvasse ela, salvar é proteger, com ela longe não tinha como protegê-la. Como se não fosse o suficiente, qual outra vítima ele tinha salvado daquela maneira? Nunca correu risco de vida por ninguém, nunca pegou ninguém em seus braços e pulou de um prédio, quebrou a perna e permaneceu andando apenas para protegê-la, nunca ficou em um hospital por dias com uma vítima lhe fazendo companhia, nunca gostou de crianças ou sentiu necessidade de ter uma como Eijiro queria.

Aquela era só mais uma noite que não conseguia dormir, mesmo que agora pudesse sentir o calor do marido ao seu lado, precisava de mais um. Irritado, levantou jogando a coberta para o lado, Eijiro acordou com o movimento mas sequer teve oportunidade de falar, sendo interrompido pelo xingamento gritado dado pelo marido. Katsuki foi até suas pelúcias e pegou a maior que tinha, que quase se comparava ao tamanho da menina, então abraçou forte e se sentou no chão. Por que? Por que seu corpo não reconhecia aquele calor como bom? Por que? Não era justo, seu corpo não estava reconhecendo aquela pelúcia como o corpo humano que tinha pegado nos braços, na verdade, ele apenas tremia com medo. Por que medo? O que temia? Pensando um pouco, notou que temia que Akane estivesse longe e se machucasse, ou que não fosse tratada devidamente.

- Amor, o que houve?

- Eijiro pega o carro - O tom de ordem fez com que o ruivo lhe olhasse confuso, entretanto já começasse a se vestir adequadamente para sair.

- Aonde vamos?

- Vamos trazer Akane pra casa.

- Amor eu não sei se é uma boa ideia que conviva com uma criança logo depois de sair do hospital, talvez se esperar uns meses... Aconteceram muitas coisas, seu corpo ainda precisa se recuperar.

- Ela precisa de mim, deve está assustada sozinha... Ela chorou quando a deixamos... Preciso pedir desculpas por tê-la deixado naquele lugar horrível... Ela não é órfã, eu sou o pai dela e quero ela de volta! - Finalmente seus olhos foram para os do ruivo, determinação, amor e saudade fizeram os olhos opacos brilharem brevemente.

- ... Vamos buscar a nossa filha então, se arrume, vou ligar para que preparem a papelada para tirarmos Akane de lá o mais rápido possível - Sorriu pegando as chaves do carro e o celular, sem demora realizou a ligação enquanto observava Katsuki se arrumar praticamente grudado com o grande dragão de pelúcia vermelha.

Doce ÁcidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora