Capítulo 14

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AMÉM, AMÉM, EU VOLTEI GENTE, FINALMENTE.

NÃO, EU NÃO TENHO FEITO O CAPÍTULO 15 E 16, EU REALMENTE PASSEI TODO ESSE TEMPO PENSANDO O QUE FAZER NO CAPÍTULO 14

Gente eu LITERALMENTE acabei de terminar esse capítulo, não tá revisado mas não ligo, eu quero logo postar pra vocês terem algo para ler.

Eu vou falar algumas coisas sobre esse capítulo ter sido dessa maneira e o motivo pela demora para postar, mas isso será nas "notas finais" pois será uma explicação um tanto longa, por enquanto, eu só tenho a dizer que espero que gostem, que se ainda não deixaram seu favorito, deixem, e comentem, amo comentários, amo saber o que estão achando.

É só por enquanto, tenham uma boa leitura ❤️
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Onde estava? Por que não conseguia se mover? Lembrou de algo, lembrou da dor e lembrou de não querer deixar uma menininha morrer, então lembrou que a dor passou e tudo o que queria era proteger a menina mesmo que isso levasse embora sua vida. Estava morto? Ele conseguia escutar alguns sons, principalmente de um bip, bem do tipo daquelas máquinas que monitoram coração, então estava vivo, certo? Queria se mover mas seu corpo estava tão pesado, tão pesado... Queria dormir, não fazia mal dormir mais um pouco, não é? Sentia como se tivesse dormido durante dias, um sono ruim onde se acordava ainda mais cansado, então não tinha mal tentar descansar mais um pouco. Mas e se realmente tivesse dormido por dias? Sabia que o marido estaria desesperado, precisava acordar, precisava voltar para Eijiro, precisava saber se a criança que pegou nos braços estava viva, precisava ir para casa. Casa, tudo o que ele queria, casa, onde sabia que estaria protegido, onde Eijiro deveria está. Mas para isso teria que se mover, não conseguia, tentava mais não conseguia. Sentiu como se seus dedos estivessem fechando um pouco mas não tinha certeza, depois disso, sentiu outra mão sobre a sua, apertando firme ao passo que alguma coisa pingava em seu rosto. Aquele aperto deveria causar dor, mas não, era um aperto familiar, era o aperto que Eijiro dava todas as vezes que entrava em crise, um aperto na sua mão e um cafuné no cabelo, exatamente como agora, era seu Eijiro ali, não tinha o que temer, estava seguro.
- Amor - Ouviu a voz, estava distante mas ouviu e quis abrir os olhos para fitar o dono dela, mas não conseguia - Amor abre os olhos, volta pra mim por favor, abre os olhos.
O soluço do ruivo rasgou o ar e Katsuki quis dizer que estava tudo bem, que ele estava bem, que estava tentando acordar, mas tudo o que conseguiu fazer foi abrir um pouco os lábios. Nenhum som saiu, nem suas pálpebras abriram, nem sua mão conseguiu fechar para segurar tão firmemente a do ruivo como era segurado.
- Katsuki, por favor... Por favor amor...
A aflição na voz do ruivo foi tanta que Katsuki quis chorar também, e segundos depois sentiu as lágrimas escorrerem dos seus olhos, passando por suas têmporas até não serem mais sentidas na pele. Odiava vê o marido chorar, por isso aquela Crocs feia ainda estava na casa deles, por isso tinha deixado de falar mal de si mesmo, por isso tinha deixado o ruivo ir atrás de uma criança, por isso cedia tanto, por isso aquele relacionamento era firme apesar das brigas, ambos cediam um para o outro por não quererem ver o outro triste. Por isso aquela dor estava o consumindo, não conseguia acordar, queria obedecer o pedido mas abrir os olhos ou se mover parecia impossível. Por isso chorava, chorava pois não queria o marido triste, chorava pois queria dizer para o marido que não o deixaria, mas como podia dizer isso se nem tinha certeza? O sono estava ficando mais forte e agora ele estava com medo de dormir.
- Oh amor, desculpa, eu te fiz chorar? Sei que não gosta que eu chore, desculpa, mas não consigo parar, mas fico feliz que me escute. Saiba que eu estou te esperando, sabe aquela menininha? O nome dela é Akane, ela está muito bem, ainda está por aqui, não deixei que levassem ela para que quando tu acordasse pudesse ver a vida que salvou, tô tão orgulhoso amor. Me desculpa por chorar, mas eu não vou parar enquanto não voltar para mim, volta pra mim rápido, eu quero você de volta Katsuki... Já faz dois dias, eu preciso de ti... - Outro soluço e Katsuki derramou mais lágrimas.
Então a voz do marido se tornou distante até sumir e ele parou de sentir o corpo. Aquele sono era tão bom, sentia que podia descansar se se deixasse dormir, mas tinha medo de não acordar, preferia continuar tentando abrir os olhos, preferia continuar tentando emitir qualquer som. Por que não conseguia? Estava vivo! Maldição, deveria conseguir! Quando salvou a menina pensou que ia morrer, tinha dito para Eijiro que o amava pois sentia a vida se esvair do seu corpo até que nem mesmo o medo fosse capaz de mantê-lo desperto, mas não tinha morrido, não tinha deixado o ruivo, só podia ser uma brincadeira de mau gosto que estivesse vivo e não pudesse confortar o companheiro.
A menina tinha sobrevivido? Ela estava ali? Que bom, ela não podia ficar sozinha, ela tinha confiado nele, estava assustada e tremia mas mesmo assim tinha confiado nele, tinha confiado nele pois sua mãe mandou que ele a salvasse e porquê ele pediu, ele disse que protegeria ela. Se a levassem de perto dele, ele sabia que ela teria medo, teria medo pois sua mãe não confiou nas pessoas estranhas que estavam a arrastando para longe dele, sua mãe confiou nele. Se ele não explicasse, se ele não dissesse para onde a estavam levando e o motivo, sabia que ela choraria, sabia que ela entraria em desespero e sabia que sabia disso pois era tudo o que lhe acontecia quando se via longe demais de Eijiro, quando tinha que andar entre muitas pessoas e não estava perto do ruivo. Ainda bem que tinha conseguido salvar a menina e ainda bem que Eijiro o conhecia, caso contrário não teria pedido para que a criança ficasse.
Maldito sono, não importava o quanto pensasse, o sono ainda vinha. Estava com medo, sentia seu coração bater cada vez mais rápido, queria acordar, queria acordar, onde estava Eijiro? Não conseguia mais ouvir nada, não conseguia mais sentir a mão do marido tocando a sua, onde estava Eijiro? O medo o consumiu com tanta rapidez quanto o consumia quando alguém o tocava. Ele queria gritar, estava gritando? Não sabia, teve a impressão de algum som deixar sua boca mas foi só. Também estava tendo a sensação que seu corpo tremia, o que estava acontecendo consigo?
Sentiu mãos o segurarem mas ele não as conhecia, seu marido não o seguraria com tanta força, ou seguraria? E se estivesse mesmo tremendo como sentia fazer? Eijiro o seguraria firme para não cair, seria ele? Não sabia, mas vieram mais mãos e ele pôde escutar seu nome ser chamado, mas estava tão distante que não conseguiu reconhecer a voz. Estava com medo, aquelas mãos, não queria elas o tocando, não queria, era assustador. Tentou gritar e sentiu como se estivesse, mas onde estava o som? Por que não conseguia ouvir? "Eijiro", tentou chamar e novamente ouviu seu nome, era Eijiro? Tinha conseguido o chamar? Queria aquelas mãos longe do seu corpo, queria Eijiro, como poderia dizer para ele para afastar aquelas mãos? Onde? Onde ele estava? Sentiu lágrimas escorrerem grossas por seu rosto.
Era como um pesadelo e tudo o que ele queria era acordar. Acordar, sim, ele ainda tentava abrir os olhos, mas de repente o sono veio com muito mais força e ele sentiu seu corpo parar de tremer, sentiu seu coração e respiração acalmarem e sentiu as mãos o largando, a melhor parte veio depois quando sentiu mãos o fazendo um cafuné lento e leve. As mãos estavam tremendo mas sabia que era Eijiro, então estava tudo bem. Mesmo que não conseguisse mais lutar contra o sono, estava tudo bem, seu Eijiro o protegeria, podia descansar mais um pouco e depois acordaria para beijar seu ruivo e dizer que estava com saudades, sim, só precisava dormir mais um pouquinho. Sentiu seu corpo leve antes de parar de sentir ele, a escuridão o engoliu depois, só mais um pouquinho, depois ia acordar, Eijiro ia o esperar, só precisava dormir agora.

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Tem três motivos que me fizeram demorar para postar, primeiro que estava me faltando criatividade, ter uma história inteira em mente é uma coisa, desenvolver ela é algo totalmente diferente. Segundo, eu estava tentando fazer esse capítulo a partir da visão do Kirishima, que era minha ideia original e era como estava na minha mente, porém, isso não estava indo para frente. É aí que entra o terceiro motivo, eu decidi parar de escrever essa história e me dá um tempo, se eu estava sem idéias para ela então ia ler e escrever outras coisas, assim talvez minhas idéias voltassem.

Dito e feito, passei dias escrevendo uma história de Kakanaru, que apesar de ser um shippe de outro anime, me fez refletir sobre o rumo da história.

Enquanto eu escrevia a outra história, eu escrevi um capítulo muito semelhante a esse aqui, por isso eu pensei "Por que ter que ser na visão do Kirishima? Katsuki merece que as pessoas saibam o que ele está sentindo", e foi por aquela fanfic que consegui fazer esse capítulo.

Agradeçam ao shippe Kakanaru pois senão eu provavelmente não ia postar tão cedo, isso se postasse.

Doce ÁcidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora