Capítulo 5

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A agência tinha chamado apenas Eijiro para trabalhar, o que dava a Bakugou um dia inteiro de folga para fazer o que quisesse. E naquele dia específico era o aniversário de casamento deles, o loiro queria fazer algo para o ruivo já que todos os anos era o companheiro que ajeitava a comemoração.

Em virtude da personalidade podia parecer que o loiro não sabe cozinhar, entretanto ele era, na verdade, um ótimo cozinheiro. E foi pela cozinha que começou a preparar a comemoração, preparou o prato preferido do ruivo, enfeitou a mesa, arrumou a casa, se arrumou e esperou. Quando Kirishima chegou estava com um pacote em mãos, um presente que quase foi esquecido quando viu a casa iluminada por luzes coloridas e velas, o cheiro citrico que tanto amava espalhado pelo ar, os sofás afastados para que a mesa com a refeição ficasse no centro da sala em meio as luzes, a melodia leve mas que ambos gostavam tocando ao fundo, e por fim Bakugou, que antes mexia no celular, ficando de pé quando o viu.

  - Tadaima.

  - Okaeri - Sem medo, enlaça o pescoço do ruivo com os braços e o beija. Já tinham se acostumado a isso, durou anos mas finalmente conseguiam sem que ele sentisse queimar ou sentir medo - Fiz sua comida preferida.

  - Ahh faz tempo que não fazia pra mim, esperava por hoje? - Segurava no quadril do loiro, todavia suas mãos quase não tocavam de tão leve que era a pressão. Bakugou ainda tinha problemas em ser tocado por debaixo da roupa ou com muita intensidade, o que fazia suas carícias se resumirem a beijos apenas - Ah, aqui está seu presente.

Bakugou afastou seus corpos e abriu o pacote que lhe era entregue, o pôs sobre a mesa e abriu tendo cuidado para não rasgar toda a embalagem de uma vez. Sorrio vendo o urso de pelúcia vermelho, adorava pelúcias e não resistiu em puxar o urso contra seu corpo e abraçar forte. Ouviu o som de algo caindo e olhou na direção dele. No chão estava uma caixa pequena e um pacote de chocolate, imediatamente os retirou do chão, o chocolate sendo posto sobre a mesa enquanto abria o pacote menor, retirou de lá um colar feito de pérolas vermelhas e alguns dentes sintéticos brancos.

Quis rir do presente, Kirishima reclamava dos gritos mas a cada oportunidade lhe dava presentes que o deixasse mais selvagem. Talvez fosse um fetiche do namorado? Já que não podiam se tocar ele gostaria de se satisfazer com a vista? De todo modo não podia reclamar, amava esses presentes.

  - Pode? - Esticou o colar para o ruivo, este o pegou e pôs no pescoço do loiro sem dizer nada.

A mão do ruivo deslizou pela pele do pescoço, depois ombros. Katsuki se arrepiava ao mesmo tempo que seus músculos tensionavam. Sem parar, deslizou a mão pela costa do namorado, estava desejoso, se fosse por sua vontade teriam transado ainda no primeiro ano de namoro, todavia se conteve pelo loiro, preferia ter o explosivo como namorado do que o perder simplesmente por prazer, logicamente isso não eliminava que ele tinha desejos. Esquecendo do limite, deslizou as mãos para dentro da camisa do marido, apertou a pele e arranhou enquanto encostava seus corpos e beijava o pescoço do outro.
O arrepio que Bakugou estava sentindo cessou e o medo irracional que sentia veio a tona, seu corpo inteiro tensionou e ele sentiu a pele arder como se estivesse em contato com fogo. Mordeu o lábio para não gritar, todavia não conseguiu evitar segurar os braços que o envolvia e soltar repetidas explosões. Logo Eijiro estava longe do seu corpo enquanto ele se apoiava na mesa buscando ar. Sentiu o corpo tremer com força mas conseguiu respirar corretamente.

  - Droga, desculpa Katsuki.

  - Tudo bem, está tudo bem amor - Sorriu para confortar o ruivo - Amei os presentes, mas não comprei nada.

  - Não importa, já fez o suficiente, vamos comer, tô morrendo de fome.

O casal se sentou e começaram a comer aproveitando a presença um do outro durante toda a refeição. Ao fim, foi Kirishima quem retirou os pratos e os lavou. O ruivo foi atrás do loiro mas não o viu mais, todavia ouviu sons vindos do banheiro então não se preocupou, apenas se deitou na própria cama e fechou os olhos, esperava não dormir para poder conversar com o loiro antes de descansar devidamente, contudo o cansaço do dia caía sobre seu corpo. Odiava quando tinha missões onde não podia ir como dupla do loiro, afinal, de que adiantaria explosões em um prédio a beira de desabar? Entendia sim isso, mas ainda assim odiava. Quando estava prestes a dormir sentiu o cheiro citrico do loiro se espalhar pelo quarto, mesmo de olhos fechados podia imaginar o loiro apenas de calça, enxugando os cabelos por ter acabado de sair do banho.

Doce ÁcidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora