Capítulo 13

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AVISO IMPORTANTE: Eu SEMPRE escrevo dois capítulos antes de postar o capítulo que vocês lêem, contudo, eu realmente não estou satisfeita com o capítulo 14 e em sete dias ainda não consegui desenvolver ele de uma forma que me agradasse.
Eu estou postando o capítulo treze apenas para respeitar o prazo de tempo de no máximo sete dias que eu estipulei postar, entretanto eu não postarei algo que me desagrade, se depois desse capítulo se passar sete dias saibam que eu não desisti da história, apenas quero entregar um capítulo que eu considere no mínimo bom, diferente do que está ocorrendo atualmente.

(Obs: eu tinha postado esse cap no SS mas esqueci de postar aqui, desculpa kkkkkk)

Bem, dito isso, eu espero muito postar de novo antes de sete dias, até lá, tenham uma boa leitura ❤️
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Horas, horas tinham se passado e nenhuma notícia chegava, Kirishima já tinha chorado tanto que foi preciso dar um calmante para que finalmente parasse e mesmo assim não foi suficiente para que o ficasse parado. Durante horas andou de um lado a outro repetidas vezes, murmurando uma prece e até discutindo com os enfermeiros e atendentes por ainda não ter nenhuma notícia e depois pedindo desculpa por gritar. O medo dele era tanto que era palpável a qualquer um que o olhasse por mais de dois segundos. Aproximadamente quatro horas depois que chegaram o médico responsável, o mesmo de antes, foi até ele.

- Senhor Takashi - Apressado, correu até o médico - Como ele está? Ele tá acordado? Já se curou?

- Espere, se acalme.

- Ele tá vivo? - As lágrimas desceram pelo rosto do ruivo - Por que demoraram tanto?

- Kirishima - A voz soou séria enquanto o médico segurava os ombros do ruivo - Se acalme e me deixe falar.

- Desculpa... Então?

- Bem - Suspirou fazendo sinal para que o herói no seguisse e assim foi feito - Antes de mais nada, seu marido está vivo, ele estava em uma situação complicada, tinha perdido bastante sangue, alguns ossos estavam trincados, o da perna tinha quebrado e saído um pouco do lugar, felizmente o crânio não tinha nenhuma lesão. Além disso, a superfície da pele dele estava muito queimada no rosto e nas costas, de certa forma isso foi bom já que ele tinha muitas feridas que acabaram cauterizando e fazendo que não tivesse tanta perda de sangue, por outro lado, foi ainda mais trabalhoso por isso - Suspirou ao parar em frente a um quarto - Sem contar nas reações quase alérgicas que o corpo dele demonstrou devido a fobia, então, respondendo a sua pergunta, demoramos pois foi necessário esperar que a pressão dele melhorasse para iniciarmos tratamentos mais evasivos e com remédios que acabam aumentando ela, ao todo, foi uma hora para normalizar a pressão enquanto dávamos soro e sangue, depois foi mais duas hora para que pudéssemos retirar o tecido cauterizado para assim costurar as feridas mais profundas devidamente, abrir a perna dele para colocar o osso no lugar e depois uma hora para que pudéssemos limpar o corpo dele inteiro e aplicar cremes nas queimaduras, enfaixar as feridas e administrar remédios para dor e pressão pois a pressão dele estava ficando baixa demais. Durante a cirurgia e todos os outros processos, ele quase morreu várias vezes, estava muito fraco... A menina que vocês trouxeram já chorou muito pedindo pra salvarmos ele, quando liberamos ele pro quarto tivemos que primeiro trazer ela pra cá antes de o chamar. Ela falou muito bem dele... Ele quase perdeu a vida mas agiu como um herói, seu marido é muito forte, senhor Kirishima.

Eijiro só conseguia manter os olhos na porta que o médico segurava a maçaneta. Tinha escutado tudo o que o médico dissera, seu coração tinha se apertado a cada nova parava, tanto que apenas deu um manejar de cabeça pois não conseguia falar. Então o médico abriu a porta e ele entrou, porém seus passos pararam vendo as faixas que cobriam o corpo fragilizado onde a pele branca estava avermelhada de queimaduras. Suas pernas tremeram e se não fosse pelo médico o segurar teria ido ao chão. Finalmente andou até o loiro, seus olhos vagando brevemente até a menina de cabelos negros que dormia encolhida em uma poltrona próxima. Com cuidado acariciou o rosto adormecido do marido, os lábios tremeram e sorriram quando sentiu a respiração do loiro tocar sua mão.

- Ele está bem agora?

- Estamos esperando que ele acorde já que isso não ocorreu desde que ele chegou, contudo, ele está bem sim, vamos esperar que ele se recupere e torcer para que seja logo.

- Certo...

- Quer que levemos a menina? Só trouxemos ela para cá pois estava com muito medo de perder o senhor Bakugou, mas ela não é filha de vocês então podemos seguir o protocolo e levar ela para o devido lugar.

- ... - Ele olhou a menina e viu que os olhos dela estavam um pouco inchados devido ao choro e que ela estava encolhida de frio - Não, nós dois resolvemos isso, pode deixar ela aqui.

- Qualquer alteração chame algum enfermeiro, até mais senhor Kirishima.

- ... Takashi... - Chamou indo até o médico.

- Deseja algo?

- Obrigado por salvar meu marido duas vezes... Não basta apenas livrar as pessoas do perigo, salvar a vida delas desse modo também é heroísmo... Obrigado... - Sussurrou enquanto o abraçava forte, as lágrimas finalmente deixavam de cair. O abraço foi retribuído.

- Eu realmente espero que nunca mais tenha que me agradecer, Red Riot - Se afastou do abraço e deixou o quarto.

Eijiro voltou para perto do marido e iniciou um cafuné lento, agora que sabia que o marido estava bem podia ir para casa trocar de roupa e trazer roupas comuns para o loiro sem temer o pior. Os cabelos loiros estavam meio escurecidos por também terem queimado um pouco, mas nem por isso estavam menos macios, o rosto, com alguns arranhões leves e outras partes meio queimadas, estava sereno como quando dormia. Demorou ali, olhando cada detalhe do marido, desde os cabelos até o corpo, analisando a perna engessada e depois com os dedos traçando um caminho leve por cima. Quando terminou de se acalmar, virou para a menina adormecida na poltrona, se ajoelhou na frente dela e assim como fez com o loiro, acariciou os cabelos negros da criança.

- Hm? - Sonolenta, ela abriu os olhos e se assustou, recuando para trás e fechando a expressão - Quem é? - Ela olhou a roupa do ruivo e sua expressão foi trocada por um sorriso largo - Riot!

- Sim - Sorriu - E você é..?

- Hoshi Akane.

- Meu nome é Kirishima Eijiro, pode me chamar por Eijiro. Akane, sabe o número da sua mãe ou pai?

- Eu... - As lágrimas escorreram e ela se encolheu - Papai foi embora há dois anos, mamãe falou que ele tá com Kami e não podia mais voltar pra casa, mamãe... Titio Ground não conseguiu salvar ela...

Eijiro fechou os olhos pôr breves segundos, era sempre muito difícil quando não conseguiam salvar alguém, era um fardo que talvez todo herói carregasse, um fardo que tanto ele quanto o loiro carregam. Com o tempo tinham aprendido a lidar com a dor da impotência em frente de situações difíceis, mas não a culpa que vinha depois, sabia que teria que conversar e confortar o marido até que o convencesse que aquilo não foi culpa dele, tau como o marido já havia feito consigo. Abriu os olhos.

- Não chore, sua mãe não gostaria de te ver chorando, não é? - Pegou a menina no colo e se sentou na poltrona - E algum parente, tem?

- ... Mamãe não gostava dos meus tios, ela dizia pra ficar longe deles, eu não vejo meus tios.

- Qual a sua idade?

- Sete...? Oito! Mamãe ia comprar um bolo pra mim - O sorriso da menina foi morrendo aos poucos e ela abaixou a cabeça. Os cabelos negros cobriram o rosto fino mas não impediram que Eijiro sentisse as lágrimas caindo em si.

- Shiiiii Está tudo bem - Imitando o que fazia com o marido, acariciou os cabelos negros e depositou vários beijos leves pelo topo da cabeça da menina - Eu sei que dói... Calma, calma, pode me fazer um grande favor?

- Qual? - Soluçando, ela levou os olhos marejados até os do ruivo. Só então ele notou a cor deles, vermelhos sangue, tão selvagens quanto os do próprio Katsuki.

- Pode proteger o Ground? Preciso sair mas ficaria muito feliz se cuidasse dele por mim.

- Posso! - Gritou animada, logo pulando do colo do ruivo e subindo no canto da cama do loiro.

- Muito obrigado, seja uma boa menina Akane - Beijando a testa dela, saiu do quarto para a casa. Voltaria o mais rápido possível.

Doce ÁcidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora