Terceiro dia - Parte 3

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* - Não saia ainda. - Paro de sair do carro para virar a cabeça para Yoongi.

* - Por que?

* - Vamos a um lugar. Coloque o cinto.

* - Sem eles? - Me refiro aos meninos que estavam no carro e que estavam entrando na casa.

Ele afirma.

Fecho de novo a porta e coloco o cinto. Dirigimos por entre as ruas de Seul por tanto tempo que acho que ele não faz ideia de onde está indo, mas eu não me importo, eu olhava toda a beleza dos bairros que passaram de chiques, á populares.

Essa cidade nunca parava, sempre tinha gente nas ruas e as lojas sempre estavam abertas, claro que tinha os fluxos de gente, mas ainda sim não parava. Tão diferente da minha cidadezinha goiana. Que saudade...

* - Chegamos.

Estamos em frente a um prédio iluminado mas nem tanto, que tinha o letreiro em coreano então eu não fazia ideia o que era isso aqui.

Adentramos o recinto e subimos ao terceiro andar, quando o elevador se abriu, pude ver uma recepção. Yoongi conversa com o moço na língua nativa e aproveito para observar o lugar.

Depois da recepção tinha algumas lanchonetes e em frente a elas tinha mesas, cadeiras e sofás que ficavam em formato meia-lua de frente a pistas.

Eu nunca tinha ido a um lugar como esse, tinha visto apenas nos filmes. Primeiro, porque na minha cidade natal não tinha, e segundo, que na cidade onde moro no Paraguai, eu mal tinha tempo de respirar e quem dirá de jogar boliche.

Depois da conversa com o recepcionista, Yoongi para em frente a um dos sofás e digita alguma coisa em um tablet que tinha em uma mesinha de centro.

* - Essa é nossa mesa. Quer comer alguma coisa?. - Eu olho para as lanchonetes mas ainda não sinto fome e nego com a cabeça.

Ele me chama para jogar e o sigo nervosa. Ele pega uma bola de boliche e me entrega. Meu Deus é muito pesada, como vou arremassar isso? Aliás, como se joga isso?

* - Eu não sei jogar boliche.

* - Nunca jogou? - Eu nego. - É simples, você faz esse movimento e espera a bola acertar as garrafas lá. - Ele fez o movimento no ar.

* - A palavra certa não seria pinos?

* - Não, aqui se usa garrafas. - Ele dá um sorriso de lado. - Qual a graça de jogar uma bola em pinos? Para eles caírem? Não, a graça aqui é ver as garrafas quebrarem.

* - Interessante. - Uma coisa me preocupa. - Você tem certeza disso? Eu sei que você tem um ombro machucado...

* - Não se preocupe, eu não jogo com ele. Vamos começar.

Eu sou a primeira a jogar a bola e derrubo apenas duas garrafas. Depois Yoongi joga e acerta oito. Ele vai me ensinando o movimento certo de jogar, e nas primeiras tentativas eu não passava de duas, e as vezes nenhuma, mas depois de um tempo, chegou uma hora que derrubei nove garrafas. Nove!

O barulho delas se quebrando em contato com a bola era alto e muito bom, e eu sempre tentava jogar para ouvir o barulho de novo e de novo.

Eu já estava cansada e com um braço doendo, mas eu não parava de sorrir e quando finalmente derrubei as dez, comemorei euforicamente para o garoto ao meu lado, que sorria de me ver empolgada com isso.

Strike!

* - Eu consegui! Finalmente! - Eu dava pulinhos e ria.

* - Como se sente?

TEN DAYS WITH USWhere stories live. Discover now