Capítulo 7

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Hana me ajudou a levar minhas malas até a sala, ligando o interruptor, e quando parei para observar o lugar me deparei com um cômodo não tão grande ou tão pequeno. As cortinas que estavam a minha frente iam até o chão; a TV estava pendurada na parede que ia até a metade do espaço esquerdo; pequenas escadas da a impressão de um buraco onde havia um grande tapete cinza no chão; do lado direito o sofá em forma de "L" que fazia alusão ao fim da sala, com as mini escadas e mais um pouco a frente ficava a cozinha.

* - Bom, é aqui. - Hana diz dando um tapinha nas mãos para tirar a poeira imaginária. - Seu quarto fica naquele corredor, é só virar a esquerda e depois a direita, é a última porta. - Aponta para o resto do espaço que a parede da TV não preenchia.

Notei que a casa estava escura e vazia e também notei que já era quase meia noite.

* - Onde estão todo mundo?

* - Os empregados já devem estar descansando, os meninos, bom eu não sei, devem estar dormindo ou saíram. - Ela deu de ombros não se importando muito. - As gravações começam amanhã de manhã, então vai descansar um pouco, porque a loucura começa daqui algumas horas e só acabam daqui uns dez dias. Antes, quer um tour pela casa?

Nego com a cabeça.

* - Não precisa, vou ficar bem.

* - Ainda bem, porque meu dia foi longo. Ah, o quarto dos meninos são espalhados pela casa mas a maioria fica no segundo andar, acho que apenas dois são no primeiro, ou podem ter trocado de cômodo, eles vivem fazendo isso. - Ela diz cansada passando a mão na nuca e depois aponta para a cozinha. - Você está autorizada a usar qualquer coisa da cozinha, se estiver com fome e quiser preparar alguma coisa, sinta-se livre. Eu tenho um quarto na ala dos empregados que fica do outro lado da casa, se precisar de mim, estarei lá.

* - Obrigada por tudo Hana.

Ela me olha e sorri. * - De nada. - E segue caminho para o seu quarto.

Enquanto andava pelo corredor, notei em como a casa é grande e entrando em meu quarto, me sinto em um hotel. A primeira coisa que se vê quando abre a porta é a cama de casal e do seu lado direito tem um pequeno guarda-roupa; o outro lado da cama tem um criado-mudo e um puff com uma janela média em cima; a outra parede fica uma escrivaninha em formato de "L". Depois que me viro para fechar a porta, vejo a porta do banheiro que não tinha visto antes. É um quarto pequeno e aconchegante.

De início, coloco as malas do lado da cama e me jogo nela, dando uma longa puxada de ar e soltando depois e só aí crio coragem para desfazer as malas. Primeiro arrumo os sapatos, depois os cosméticos e deixo a mala de roupas por último, e quando a abro, vejo meu lindo ursinho marrom e peludo ali dentro, não conseguindo tirar o sorriso que se formou em meu rosto. 

Eu não tinha o colocado nas coisas para essa viagem, e só de pensar que minha mãe o colocou ali sabendo que durmo com ele todos os dias desde meus 8 anos, me faz ter a primeira pontada de saudade desde que cheguei.

Nele tinha um papelzinho escrito: "para proteger você durante as noites."

Coloquei ele de lado e continuei tirando as coisas. Blusas, casacos, e vestidos foram os primeiros a serem organizados, mas quando fui pegar as cinco calças que eu tinha separado, percebi que só haviam duas.

Estranhei. Eu posso jurar que tinha arrumado as cinco calças. Quando tiro elas da mala e vejo o que está por baixo, eu quase dou um grito de pura frustração. Pegando na primeira peça pelas alcinhas finas, levanto devagar só para concluir o que eu já sabia: uma camisola preta de renda e cetim, curta e sexy.

Não, vocês não fizeram isso não...

Querendo pensar que era apenas minha alucinação e que as calças estavam de baixo da roupa provocante, pego outra e dessa vez é um conjunto de regata e short brancos também sensual mas com um toque romântico pelo laço na junção dos seios e na parte da frente do short.

TEN DAYS WITH USWhere stories live. Discover now