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Noite agitada

Todos já tinham ido embora e a deixaram uma bagunça total, e Adam e eu arrumamos a cozinha para facilitar e meus pais a sala. Por mais que Adam sempre tivessem empregados para arrumar sua bagunça, ele limpava bem e era um pouco perfeccionista com as coisas — até mais que a minha mãe.

        Minhas tias gostaram muito do Adam, a Tia Kate ficou toda hora dando em cima dele e até arriscou dar um tapa na bunda do mesmo. Adam ficava com vergonha e as bochechas dele até chegaram a corar, e ele ficou muito fofo.

        — Mary e Adam, venham aqui. — meu pai chamou da sala.

       Eu falei com Adam que minha mãe sabia de tudo, sobre o que tínhamos feito e ele ficou tenso. Ela chamou o meu pai para conversar na sala e Adam e eu ficamos na cozinha, nos olhando, muito nervosos.

        Eu andei meio receosa e Adam veio atrás de mim. Eu podia sentir seu nervosismo, e ele toda hora esfregava as mãos no jeans. Sentamos no sofá e meu pai colocou a mão na cintura, um pouco pensativo.

        — Então, quer dizer que você tirou a virgindade da minha filha? — meu pai disse colocando a mão no queixo, olhando para Adam.

       — Sim, senhor... — Adam respondeu nervoso.

       — E vocês usaram preservativo? — ele começou o questionário.

       — Sim, pai. — por um lado eu menti, e no outro a verdade. Não usamos na primeira vez.

        — Você sabe que a Mary é o meu bem precioso. E eu gosto muito de você e da sua família, se eu souber que você a magoou, eu vou acabar com esse seu rosto, até ele deformar. — meu pai disse cerrando os dentes e apontou o dedo para o Adam. — E se você engravidar a minha filha, eu corto o seu pau... — minha mãe segurou o braço dele, vendo que já estava passando dos limites.

        — Calma, querido. — ela disse e nos olhou. — Eles são responsáveis. Deixa-os. — minha mãe deu um meio sorriso.

       — Está bem! — suspirou. — Só estou cuidando dela, o Adam entende. — fez um gesto com a cabeça e o Adam concordou. — Já fomos jovens e sei que na idade de vocês, todo mundo vivem transando, uma loucura! O resultado foi a Mary. — corei diante do palavriado do meu pai e suspirei aliviada. — Hoje eu vou te dar uma carta branca, como já está tarde, pode dormir, se quiser. Mas se eu ouvir algum barulho no quarto, você já sabe, meu caro Adam. — meu pai sorriu, exibindo seus dentes.

       Eu definitivamente não queria que Adam dormisse comigo hoje, estávamos brigados ainda e nada iria mudar, até que pensasse sobre suas ações em relação as drogas.

      

         Abri a porta do banheiro e sai, olhando direto para a cama, onde Adam estavam deitado, com um braço atrás da cabeça enquanto mexia no celular. Passei por ele sem dizer nada e fui até o meu guarda-roupa, puxando a gaveta onde eu guardava meus pijamas. Peguei uma camisola salmão lisa e depois de abrir outra gaveta, apanhei uma calcinha confortável.

        — Você vai trocar de roupa no banheiro? — Adam perguntou vendo eu caminhar para o banheiro. — Eu já vi tudo, baby.

       — Se você já viu tudo, não precisa ver mais nada. — fechei a porta do banheiro com um sorriso vitorioso.

        Coloquei a calcinha e a camisola e sai do banheiro novamente. Fui até a escrivaninha e peguei o meu celular.

        — Eu vou ser obrigado a te olhar assim e não poder fazer nada? — ele disse me olhando sentar na cama e se sentou também.

Pequenas mentiras Where stories live. Discover now