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A beira da verdade.

Digamos que essa semana foi incrível! Eu mal tenho palavras para descrever tudo o que eu vivi. Adam e eu damos mais que certo. Passamos cada dia juntos e eu aprendi a fazer biscoitos com a ajuda dele. Nunca me senti tão feliz quanto eu me senti esses dias. Adam me levou ao cinema para assistir um filme de luta que ele queria assistir, mas na verdade, não assistimos, ficamos o filme todo nos pegamos, até Adam me levar para o banheiro do cinema e acabamos transando ali, chamando atenção até dos funcionários. Ele me levou para dormir com ele praticamente todos os dias e não teve uma noite sequer que dormimos sem aproveitar.

      Os meus pais ficaram no meu pé, dizendo que eu deveria fica pelo menos um dia em casa. Mas eu dei a desculpa que dia primeiro seria aniversário do Adam e que eu não iria estar com ele.

      Voltando a nossa semana, fizemos maratonas de filmes de romance e eu chorei em todos, já Adam, só sabia ficar reclamando dos personagens e depois, enfiar a cabeça entre as minhas pernas e me proporcionar prazer. Ele me levou para fazer um piquenique no Central Park e eu amei o seu lado romântico, depois, acabamos em um Motel luxuoso e fizemos sexo até eu desmaiar em cima dele. Acordamos no dia seguinte acabados e pela primeira vez, em dias, Adam me negou o seu bom e maravilhoso sexo, mas eu nem liguei, também precisava de um tempo.

       Na segunda-feira, eu cheguei tão acabada na faculdade que dormi na aula de anatomia. O meu corpo estava marcado — e ainda esta—, mas o Adam está quase do mesmo jeito que eu, até porque eu não perdi tempo. Hoje era o penúltimo dia na faculdade antes das férias de inverno e Adam e eu, fizemos um maravilhoso sexo matinal no carro e, mais uma vez, dormi na sala de aula por estar cansada demais.

      Eu já estava ficando desgastada de tanto ter Adam dentro de mim. Fizemos sexo essa semana que nem loucos e espero que seja só o começo.

Terminei de passar a base em meu pescoço para tirar a benditas marcas que um colega meu percebeu. Abri a mochila para tentar achar o corretivo para cobrir minhas olheiras de noites mal dormidas, e antes que eu achasse, a porta foi aberta, mas eu não me dei o trabalho de ver quem era. Assim que achei o corretivo, levantei a cabeça e me assustei ao ver a Hanna parada, ao meu lado, me encarando pelo espelho.

— Olá, querida amiga! — sorriu com deboche e eu engoli em seco, a ignorando. — Não vai me cumprimentar? — perguntou me olhando pelo reflexo e eu fingi que não a ouvi. — Tudo bem... — então, ela se virou para mim e eu fiz o mesmo, ficando de frente para ela. — Coitadinha de você! Toda marcada. O Adam exagerou dessa vez... — fez um beicinho e eu revirei os olhos. — Ele fez questão de jogar na minha cara que vocês dois estão muito bem, saindo e se divertindo. Transando igual a loucos. — disse me olhando de cima abaixo. — Você roubou ele de mim, Mary!

— Eu não roubei nada de você! Ele que me escolheu. — rebati em um tom alto. — E acho melhor não nos rebaixarmos ao nível de brigar por causa de homem. — digo cerrando os punhos.

— Você está certa! Eu poderia ser uma pessoa boa com você e te mostrar agora, o porque do Adam ter se aproximado de você, antes dele fazer o teatro do "Eu te amo" e bla, bla e bla... — fez uma careta. — Mas pensando bem, quero que todos saibam! Assim todo mundo vai conhecer você e o Adam de verdade! — sorriu, exibindo seus dentes. — Eu sou um gênio, eu sei!

— Eu sei quem é o Adam, e não venha com o papo de "você não o conhece de verdade". — fiz aspas com os dedos e fiz uma cópia barata de sua voz. — Eu o conheço muito bem, e sei que ele me ama. Acho melhor você ter amor próprio e arrumar alguma coisa para você. — ela soltou uma gargalhada.

— Você se acha muito esperta, Mary. Mas não passa de uma menina desprotegida. — ela disse se aproximando de mim. — E só te digo uma coisa: se eu não posso ter o Adam, você também não poderá! — sorriu mais uma vez e caminhou até a porta. — Só espere, meu anjo.

Fiquei paralisada, pensando em tudo o que ela tinha dito, sem reação alguma. O que Hanna queria dizer com aquilo? Eu conhecia o Adam de verdade, com toda certeza, não tem segredos entre nós, e nunca vai ter. Nosso relacionamento não tem segredos, Adam já me contou tudo sobre ele e eu contei tudo sobre mim. Eu espero que a Hanna esteja mentindo, realmente, pois sei que Adam, depois de tudo, não me magoaria por querer, ele não seria capaz. Estávamos bem o suficiente e Hanna e sua inveja não iriam estragar nada do que eu consegui conquistar. Mas... algo me dizia, lá no fundo, que ela estava falando a verdade, de alguma forma. Mesmo eu conhecendo o meu Adam, sabia que alguma coisa estava errada, desde o início, mas eu me neguei a levar esse pensamento para frente...

      Voltei para a sala rapidamente e me sentei bem no fundo, na esperança de poder dormir um pouco e assim fiz... Eu acordei com o rosto um pouco amaçado e já era o horário de almoço. Quando eu me levantei cadeira, algumas pessoas estava me olhando, umas riam e outras cochichavam. Eu não entendi absolutamente nada, apenas peguei minhas coisas, suspirando fundo.

      Eu não liguei muito para aqueles olhares, pois recebi muita atenção essa semana por ser a nova namorada do Adam. Mesmo isso me incomodando bastante, eu acabei por me acostumar.

       Alguns barulhos viam do corredor e eu saí rapidamente ao ouvir a voz do Adam. Hanna, Liam e Adam estavam discutindo feio e eu me assustei. Larguei a minha mochila no chão e me intrometi no meio deles, assim que o Adam ergueu o punho para bater no Lyan, entrei na frente

       — Adam, para! — Gritei segurando o braço dele. O mesmo me olhou e respirou fundo. — O que está acontecendo? — Perguntei o encarando.

     — Conta para ela, Adam! — ouvi Lyan esbravejar e eu me virei para ele. — Conta o que você fez!

Pequenas mentiras Where stories live. Discover now