𝗕𝗔𝗗 𝗕𝗢𝗬, maloley [✓]

twenty five 彡 you don't make sense

NATHAN MALOLEY

Corro em direção a Lindsay que eu podia ver de longe sua feição de raiva. Era cotidiano ver aquilo. Suas sobrancelhas franzidas levemente, as bochechas mais cheias de ar, um pequeno biquinho em seus lábios e os braços cruzados. Era cômico e adorável ao mesmo tempo.

Ao perceber que eu me aproximava em passos longos e rápidos, sua expressão se fortaleceu ainda mais e eu me preparei para o seu sermão.

— Obrigada por me deixar plantada trinta e cinco minutos, Maloley. — ela disse simplesmente e bufou.

— Foi mal, Lind, peguei trânsito. — menti. A verdade é que o babaca do meu pai chegou em casa bêbado como de costume, nós brigamos e ele quebrou nossa televisão e aquilo me deixou frustrado — Vamos?

Um pequeno sorriso surgiu no rosto da Grier que concordou e me acompanhou até o caixa para comprarmos os ingressos. Ela estava animada e isso era nítido, já que a mesma não parava quieta.

— Meu Deus, só tem criança na fila, Lindsay. — digo, vendo as diversas garotinhas e garotinhos aguardando suas vezes.

— Nathan, shiu. — ela diz e enfim a funcionária diz "próximo" e andamos até ela.

Lindsay fez questão de escolher a maior pipoca, o maior refrigerante e diversos doces, só para eu acabar. Paguei tudo e andamos até a sala do cinema, cujo o filme começaria daqui poucos minutos.

— Eu não assisti o primeiro filme. — admito, a olhando.

— O quê? Como? — ela diz chocada, antes de levar uma pipoca a sua boca.

— Não assistindo. — rio.

— Todo mundo já assistiu Frozen! Onde você estava quando foi lançado? — ela perguntou abismada.

Com a cabeça cheia do divórcio dos meus pais, provavelmente.

— Por aí. — digo e rio levemente.

E naquela pequena caminhada entre a sala do cinema e as nossas cadeiras, Lindsay fez um pequeno resumo do primeiro filme, o qual eu não entendi muita coisa.

— Esse filme não faz sentindo. — murmuro, me ajeitando na cadeira do cinema. Ela era um tanto pequena para o tamanho das minhas pernas, mas parecia ser do tamanho perfeito da Grier.

— Claro que faz! Você não faz sentindo. — ela me acusou.

— Como não faço?

— Um dia é um tremendo babaca e no outro um, garoto normal e divertido. — a morena responde brevemente.

— Isso é um elogio? Lindsay Grier está me elogiando? — digo surpreendido, com um pequeno sorriso.

— Nathan, abaixa o seu cavalinho que eu não estou te elogiando. — ela diz com um ar risonho — Agora silêncio que vai começar.

O filme então começou e eu vi as diversas crianças gritando animadas ao ver a garota de gelo — ou Elsa — e entre elas Lindsay que assistia animadamente o filme, rindo das piadas levemente sem graças do boneco de neve.

— O que achou? — Lindsay perguntou assim que os créditos subiram na grande tela do cinema, avisando que o filme havia acabado.

— Legalzinho, mas confuso. — digo e rio levemente.

— Confuso porque você não assistiu o primeiro. — ela responde, pegando seus pertences e os lixos.

— A gente pode marcar outro encontro, não? Para assistir. — sorrio.

— Primeiramente: isso não é um encontro, é apenas uma troca de favores. Segundamente, não.

Lindsay passa na minha frente começando a descer as pequenas escadas do cinema e eu corro, na sua direção. Em segundos, já estávamos do lado de fora do cinema, sentindo a brisa fresca do fim de tarde.

— Obrigada por me acompanhar e pagar para mim. — Lindsay sorriu, enquanto seu cabelo voava e o sol batia em seu rosto. Ela era gata pra cacete.

— Sempre que precisar, pequena Grier. — olho seus olhos azuis e em seguida seus lábios rosados e porra, como eu queria beijar eles agora — Essa é a parte que a gente se beija?

Lindsay soltou uma gargalhada gostosa de se ouvir e disse:

— Minha sorte é nunca precisar de você, Maloley. — ela piscou um olho e deu meia volta em seus calcanhares, voltando a andar para a direção contrária da onde eu estava.

— Não quer uma carona?! — gritei, quando ela estava a alguns metros.

— Eu gosto de andar! — e então ela virou a esquina, sumindo da minha visão e me deixando com um sorriso.

Lindsay Grier era de longe uma caixinha de mistérios que eu estava disposto a desvendar.

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odiei, desculpa o capítulo merda