seventeen 彡 nathan stupid maloley

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NATHAN MALOLEY

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NATHAN MALOLEY

— Como você consegue ser tão estúpido, Nathan? Eu te dou comida e casa e é assim que você me retribui: sendo um idiota! — meu pai grita, batendo a garrafa na mesa e não sei como raios não se quebrou. Não eram nem oito da manhã e ele já estava fazendo esse escândalo — Você tem tanta sorte de eu convencer aquele delegado medíocre para você se safar dessa. Mas se bem que se fosse preso, eu daria graças a Deus, não? Menos um merda perto de mim.

Suspiro pesadamente, o olhando duramente. Eu odiava tanto meu pai. Desde que minha mãe o trocou por um britânico qualquer, ele vem bebendo mais e mais e descontando todos os seus problemas em mim, como se fossem meus.

— Se apronta para ir para a escola, não quero te ver mais na minha frente o resto do dia! — ele gritou e deu um longo gole na sua garrafa de whisky.

— Você nem sequer vai ficar em casa. — mumuro e pela minha sorte, ele não ouviu.

Subo as escadas, indo ao meu quarto e rapidamente tomo um banho e me arrumo. Quarenta e cinco minutos depois, dois fortes toques são ouvidos na porta. Desço rapidamente as escadas e abro a porta, vendo dois policiais com óbvias caras de impaciência.

Hoje eu iria para a escola acompanhado deles até o fim do dia, me certificando que eu não faria nada para nenhum dos amigos de David, já que o mesmo está hospitalizado e seus amigos devem querer me matar.

— Nathan Estúpido Maloley. — os dois começam a rir irônicos. Eles também eram dois babacas. — Já está pronto?

— Estou... — pego minha mochila ao lado da porta e a coloco em meu ombro, andando em direção ao carro dos policiais.

O caminho até a escola foi cheio de piadinhas vinda da parte dos dois babacas e parecia nunca acabar. Até que finalmente chegamos à escola e posso dizer que até à hora do intervalo eles me perseguiram.

Eu me sentia sufocado, sentindo todos os olhares para mim e os policiais um de cada lado. As pessoas pareciam ter medo de me olhar e eu quebrar uma garrafa na cabeça delas também. Irônico.

Três aulas depois, o sinal estridente soou, fazendo todos os alunos sairem correndo da sala de aula e novamente
os dois policias me guiaram até o refeitório, onde abriram com força a porta — talvez para chamar a atenção de todos para a minha humilhação, e conseguiram — e eu senti as centenas de olhares sobre mim.

— No final dessa merda, esteja na porta do refeitório. Uma brincadeirinha e você vai algemado e, Nathan Estúpido, é bom ter um advogado. — o da direita me soltou fortemente e saíram rindo.

Olhei cada rosto daquele refeitório vendo apenas medo e nojo, mas ao contrário deles, Lindsay Grier tinha um olhar irônico e até ergueu uma sobrancelha, destacando seus belos olhos azuis.

Ando para a mesa mais distante e me sento ao lado de um garoto, mas me surpreendo quando ele se levanta e corre para longe. Quando eu pensava que não tinha como piorar...

Ouvia os sussurros e fofocas a minha volta com meu nome citado em todos, o que me deixava ainda mais sufocado. Respirei fundo e me levantei e saí o mais rápido dali, indo para a biblioteca já que era um dos únicos lugares onde ninguém ia. Me escondi entre algumas estantes das últimas sessões e tirei um maço de cigarro do bolso, acendendo e começando a fumar.

— Fugindo da polícia, Maloley? — ouço a voz de Lindsay e olho para o lado, vendo seus olhos que hoje pareciam estarem mais azuis e diferente da última vez que a vi, ela não tinha sua expressão furiosa.

— Não vai fugir de mim também, não? — pergunto, desviando o olhar e dando mais uma tragada.

— Não importa o quanto você tente, eu não tenho medo de você, Nathan. — ela diz e olho seu rosto por alguns segundos. Por que não? — Por que brigou com aqueles garotos?

— Depende. — digo e ela franze o cenho.

— Do quê?

— Se você vai me julgar. — digo e ela ri levemente.

— Você está falando com Lindsay Grier, eu vou te julgar independente se você me falar ou não. Mas sem falar nada eu acho que você ainda é um completo idiota. — ela cruza os braços, se encostando em uma prateleira.

— Foi apenas uma briga, Lindsay, eu que me empolguei. — respondo, dando mais uma tragada no meu cigarro — David é um babaca, acredite em mim. Mereceu.

Mesmo sem olhar para a morena eu podia sentir seu olhar de reprovação mesmo se ela estivesse a dois quilômetros de mim.

— Nathan, não é porque alguém é um total babaca que você tem que ser também. — ela diz calmamente.

— Era por isso que eu não queria falar nada, olha o julgamento. — me levanto, preparado para ir embora. Lindsay conseguia ser tão moral.

— Eu não estou te julgando, Maloley, se toca. Se eu vim até aqui porque acho que você pode evoluir como ser humano e parar de ser um idiota, mas tudo bem, se você quer acreditar que eu apenas te julgo, vai em frente. — ela diz e dá a volta entre seus pés, preparada para ir embora.

— Já percebeu que todo final de conversa nosso termina com uma lição de moral sua? — digo rindo levemente e posso sentir ela sorrir mesmo de costas.

— Comece a acata-las, então. E apaga esse cigarro. — Lindsay então some da minha visão, me deixando com um pequeno sorriso e jogo o cigarro no chão, o apagando com a sola do meu tênis.


obrigada pelos 10k!!

𝗕𝗔𝗗 𝗕𝗢𝗬, maloley [✓]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora