Capítulo sete

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Sua linhagem veio do caos, quando tinha três anos viu sua mãe Mira Righ ser brutalmente assassinada. Seu pai fora amarrado em uma árvore e obrigado a acompanhar tudo, não podendo reagir.

Dois anos depois da morte de Mira, Orion criou o movimento rebelde, o qual tinha um único objetivo, se livrar da hierarquia degradante que comandava o reino e Ara Campbell, era o seu maior alvo.

. . .

Quinze anos antes...

Era uma tarde fria de inverno quando Mira estava em seu estábulo junto com seu marido Orion cuidando dos animais, Júlia e Thomaz brincavam na neve ao lado de fora.

Começaram a ouvir barulhos de galopes de cavalos, foi quando viram os mesmos se aproximando com o brasão do reino. Eles então cientes da popularidade do rei como um homem mau, esconderam-se atrás de uma moita perto do estábulo.

O som ficava cada vez mais próximo, até que eles viram o rei juntamente de cinco soldados, parando na frente da fazenda e descendo do cavalo.

Antes mesmo que Orion pudesse aparecer, ele começou a gritar:

— Mira apareça para o seu rei!

Ele andou até próximo a porta do estábulo e fora recebido bruscamente por Orion que proferiu:

— O que faz aqui Ara? — ele o empurrou impedindo-o de entrar — Por acaso a rainha Alya sabe que você está aqui atrás de Mira? 

— Ah Orion, que decadência... de nobre para um pobre camponês. — o rei falou com escárnio, observando o lugar com reprovação — isso é uma vergonha!

— Não para mim — Orion respondeu — é um alívio estar aqui, já você, tem tudo o que deseja nas mãos — falou — por que está atrás de minha esposa?

— Viu como não tenho tudo em minhas mãos? — Ara riu irônico — onde está a camponesa e a filha bastarda?

— Júlia é minha filha — Orion respondeu impaciente — você deveria se envergonhar de estar aqui! Vá embora.

— Sua filha?

Ara era perverso, sabia como provocar a ira de alguém, principalmente a de Orion, sabia seus pontos fracos e todo seu zelo pela família.

— Não é isso que eu fiquei sabendo — completou o rei, provocando-o.

Orion fora de si pulou para cima do rei, lhe dando um belo soco.  Os soldados rapidamente puxaram Orion e o seguraram, Ara muito calmamente levantou-se e olhou ao redor da fazenda analisando o local para saber se alguém mais estava olhando, contudo, os pequenos pares de olhos que o observavam estavam escondidos, o que o privou de vê-los.

Conduzido por sua irritabilidade entrou no estábulo e encontrou Mira, a qual estava em silêncio tentando prender o choro e conter o desespero ao saber que o rei estava lá.

Sem piedade ele a tomou pelos cabelos e a arrastou para fora.

Orion se debatia no intuito de se soltar, porém os soldados não o soltavam e o batiam cada vez mais.

— Solte-a Ara, você já a fez sofrer demais! — gritou Orion — você já tem tudo o que quer, o que precisa... Por favor, eu te imploro.

— Ah Orion, é uma satisfação para mim vê-lo vulnerável dessa maneira — segurou o riso junto de seus soldados — você não sabe mesmo o quanto é precioso ouvi-lo implorar...

— Por favor, Ara, deixe-me em paz. — Mira pediu — eu tenho filhos para criar, se preciso vamos embora desse reino, só nos deixe por favor!

Era nítido a intenção do rei naquele dia, além de tratá-los de forma cruel, não deixou que Orion ficasse solto. 

A princesa prometidaWhere stories live. Discover now