Último Capítulo

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Camila Point Of Views

Três meses depois...

Tempestades passaram em minha vida durante esses 90 dias que estive praticamente morando no hospital. Foram diversas lutas árduas, pequenas vitórias, e ás vezes derrotas quando tinham algum retrocesso no quadro clínico dos meninos, e da Lauren.

Houve períodos que a minha exaustão era tanta que achei que não iria suportar, mas surpreendentemente uma força me fazia ficar de pé, e não desistir. Eu estava lutando pela minha família, e jamais que permitiria perder essa batalha.

Agora estou aqui... Na consulta diária com um enorme sorriso, porque as notícias eram boas: Em poucas semanas, eles poderiam ir para a casa.

Os gêmeos estão tão lindos, não pareciam aqueles bebês tão quebráveis que eu tinha visto numa incubadora, meses atrás. A própria equipe se surpreendeu com a vitalidade e força que eles tinham para viver. Não apresentaram nenhuma sequela, diariamente era feito diversos exames para detectar alguma anomalia, mas felizmente, sempre davam negativos. Eles estão se desenvolvendo bem, e eu não poderia me sentir mais feliz.

As carinhas estavam enjoadas, eles nunca gostavam quando eram manuseados. Era questão de segundos para os gritos começarem. Contei mentalmente, até que a Hope, a esquentadinha dos dois, abrisse o berreiro, sendo seguido por Valentim que seguia nas pirraças do sua irmã.

— Ih, calma... Já estamos terminando. — Sophie disse, inutilmente, já que o choro aumentou consideravelmente.

Sophie apressou-se em tirá-la da balança, e colocá-la no balcão de apoio para vesti-la, mas a Hope esperneava, balançando os bracinhos e as perninhas gordinhas, querendo se livrar da médica.

— Gosto tanto de você, Hope, e está me rejeitando desse jeito? — perguntou brincalhona, enquanto, ainda lutava para vesti-la.

Me aproximei para terminar o serviço de Sophie, recebendo um sorriso de agradecimento. Ela apressou-se para ajudar a enfermeira que tinha dificuldade para manter o Valentim comportado para a sua medição.

O choro era tão alto que parecia que estava os malvadando.

— Calma, meu amor, a mamma está aqui. — disse para Hope que não se importou nem um pouco. Terminei de vesti-la, e a peguei nos braços, a mimando, mas sem conseguir acalmá-la.

Eu sabia que não iria conseguir, e a equipe também não. Quando eles estavam agitados dessa forma, apenas ela que conseguia fazê-los parar, foi por isso que depois que os gêmeos não precisaram mais do uso da incubadora, que pedi para o hospital os colocassem juntos.

A suíte presidencial do hospital, foi modificada para comportar a Lauren, e os gêmeos, que mesmo não precisando mais da incubadora, ainda inspiravam cuidados. Virei-me rapidamente e caminhei até o leito. Olhando-a com amor.

Lauren não estava mais necessitando de aparelhos para manutenção de sua vida. O seu cérebro tinha voltado ao tamanho normal, tanto que já tinha feito a cirurgia para fechar o seu crânio, a tomografia sempre apresentava as atividades cerebrais, e não respirava mais com ajuda de aparelhos. A hemodiálise foi cancelada, já que os seus sistema renal retornara a trabalhar eficazmente. A única coisa que mantinham era a soda nasoenteral para a alimentação, e a vesical para a urina.

O médico não sabia o que a impedia de acordar. Já que todas suas funções vitais estavam em perfeito estado. Eu dizia que ela estava esperando a hora perfeita para despertar.

Coloquei a Hope contra o seu peito, ela movimentou o rostinho, esfregando o nariz na pele de Lauren, e rapidamente o choro se tornou em choramingo até parar completamente. Logo atrás, a enfermeira vinha com o Valentim que assim que sentiu o cheiro da mamãe, parou de chorar.

Pregnant By AccidentWhere stories live. Discover now