Capítulo onze

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Lauren Point of View

Fome.

Uma fome quase desesperadora. Despertei com o meu estômago socando literalmente o meu abdômen exigindo alimento.

Isso que me impulsionou a levantar da aconchegante e grande cama. Resmunguei baixinho em ter que sair daquela quentura gostosa. O tempo está razoavelmente frio, apesar da calefação do quarto. É em clima assim que a minha alma encorpara um urso e quer simplesmente hibernar.

E eu hibernaria, se o meu estômago não estivesse em uma crise histérica. Eu tenho que agradá-lo, ele anda bem bipolar nas últimas semanas e não é sempre que ele está de bem comigo.

Estico-me com toda preguiça do mundo. Olhando com tranquilidade para todo o quarto que estava parcialmente iluminado. Percebo as cortinas brancas em movimento, curiosa, levanto-me e coloco os meus pés no tapete felpudo e quente. Pela primeira vez em anos, minhas costas não doem. Eu realmente tinha me esquecido como era dormir em um colchão bom.

Caminho em direção das cortinas, e ao abri-las, vejo que a porta de correr de vidro estava aberta, dando espaço para uma pequena varanda. Cruzo os meus braços ao sentir o vento frio em meu corpo ainda muito quente, mas isso não me impede de continuar. Os meus olhos ardiam um pouco com a claridade, mas a imagem em minha frente era recompensador. O castelo era rodeado por rosas multicoloridas bem tratadas em seu amplo jardim e um extenso vinhedo que perdia-se nos meus olhos.

O cheiro doce das rosas com as uvas me atingiram. Puxo o ar com força, deixando o ar limpo adentrar pelas minhas narinas. Era difícil sentir um ar tão puro assim em Nova York, rapidamente me sinto em paz, esquecendo do estresse da noite anterior.

Fiquei admirando por uns minutos até que decidir entrar para tomar banho. O banheiro era tão monstruoso como o quarto. Acho que não existia nenhum lugar nesse castelo que não exale luxuosidade.

Ignorei a banheira, e optei pela ducha. Não por falta de interesse, já que eu sempre quis tomar banho de banheira, mas por saber que o impaciente do meu estômago não me permitiria passar bons minutos na banheira. Ficaria para outra hora. Depois de tirar a roupa, um impasse me envolve: Como ligar o chuveiro?

Não tinha nenhum registro na parede com cerâmica branca! Como um banheiro tão grande desse não tinha um registro para abrir o chuveiro? Como a água cairia? Com a força do meu pensamento?

Mordo o lábio inferior. Eu poderia chamar alguém para ajudar, mas a vergonha não me permitiu. Iriam me achar uma burra que não conseguia nem abrir um chuveiro direito!

Olho em volta na missão de encontrar o registro. Fora do box, existia apenas dois registros. Um indicava claramente que tratava-se da banheira, e o outro? Só podia ser do chuveiro! Com um sorriso de orelha a orelha por ter vencido a minha batalha interna com o chuveiro maligno, giro de vez o registro que para minha surpresa e susto, uma duchinha que estava ao lado do vaso sanitário começou a expelir água com tanta força que soltou-se do pegador e tremeu em uma dancinha esquisita parecendo uma cobra.

— Ai meu Deus! — gritei e tentei pegá-la, o que foi uma péssima ideia, já que a duchinha encapetada parecia aumentar ainda mais sua dança. Sempre que ia em sua direção, ela ia para o outro, o que resultou alguns jatos de água fria na minha cara e no meu corpo.

E o pior de tudo era que o banheiro estava ficando inundado. Tentei pegar a duchinha que destruía o banheiro, mas não tive sucesso. Até que depois de alguns minutos de puro terror, lembrei que era só fechar o registro!

— Muito esperta você, Lauren. — me xingo mentalmente quando fecho o registro e a duchinha cai morta no chão.

Percebo que estou ofegante e com o corpo cansado de todo malabarismo. Olho em volta, e sinto um frio na barriga quando vejo o estrago no banheiro que estava preste a ser batizado de piscina.

Pregnant By AccidentWhere stories live. Discover now