Capítulo quatro

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Lauren Point of View

Não entendo.

De repente, as palavras da mulher na minha frente transformou-se em latim.

Minha cabeça latejou em incompreensão. Aperto firmemente as minhas têmporas para me livrar da dor insuportável. Sinto-me em frente de um quebra-cabeça difícil sem conseguir montá-lo.

Nada se encaixava bem.

O que ela chamou eu e a Taylor mesmo? Vigaristas baratas? E o que ela quis dizer ser a mãe do meu filho? Ou eu estou vivendo um pesadelo ou estou chapada em nível elevado por conta da medicação.

Pisco algumas vezes para me livrar das lágrimas. Suas palavras ecoando em minha mente e me assustando cada vez mais. Sinto o meu emocional querendo perder o controle, mas não posso. Tenho que entender tudo, saber como engravidei, esse é um grande enigma para mim. O maldito vaso sanitário não sai da minha cabeça, ele tinha ou não coparticipação nesse processo? Será que ela é a lunática que ejaculou no assento do vaso?

Pigarro.

— Você... — Abro a boca para falar, mas ela está muito próxima de mim. Fico nervosa mais um pouquinho e não tem nada a ver com as suas acusações sem sentido. — Poderia dá um passinho para trás, por favor?

Ela pareceu surpresa com o pedido, mas o fez com o semblante fechado. Parece que estava de mau humor. A única que deveria estar assim sou eu que estou grávida sem nenhuma explicação.

Apreciando novamente o meu espaço particular, a observo direitinho.

Bonita seria uma palavra muito simplória para descrevê-la. A mulher é simplesmente esplendida. Desconfio que nunca vir alguém tão belo assim em toda minha vida. Os seus cabelos cheios com uma franja um pouquinho bagunça era atrativo demais, sem contar os belos olhos achocolatados que pareciam adquirir um tom avermelhado em alguns momentos. Surpreendentemente exótico. O seu rosto é inesquecível com os seus traços fortes, o nariz bem desenhado combina perfeitamente bem com os lábios cheios.

Depois de vistoriar o seu rosto, desço o olhar pelo o seu corpo... Uau. Moldado pelos deuses. Engulo a seco ao ver todas as suas curvas tão acentuadas em suas roupas caríssimas. A blusa de seda branca com o blazer vermelho por cima, calça jeans de cintura alta de lavagem clara e louboutin.

Linda, bem vestida e muito cheirosa.

Os meus olhos param no vinco entre as suas pernas em busca de qualquer protuberância.

— Perdeu alguma coisa entre as minhas pernas ou está arquitetando uma maneira de entrar dentro das minhas calças? — Perguntou ela com aparente irritação.

— Oh, não. — Minhas bochechas queimam, ficando ridiculamente vermelhas. — Eu só queria tirar uma dúvida.

— Que dúvida? — Perguntou ainda com a expressão zangada.

— Se você é intersexual que talvez tenha ejaculado de maneira pervertida num banheiro unissex do shopping... E resultou bem, você sabe. — Passei a mão no meu baixo ventre.

— O quê? — Ela engasgou abismada.

— Você sabe, se você for intersexual não tem problema algum, tirando a libertinagem de se masturbar em lugares indevidos.

Pregnant By AccidentWhere stories live. Discover now