Queimando

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Elize POV:

— Cala a boca. — eu dizia pela décima vez, enquanto eu dirigia o carro de Liam.
— Só quando você admitir que estava com ciúme. —
— Eu não estava, eu já disse. —
— Você praticamente fuzilou a mulher com o olhar. — ele disse rindo.
E eu desisti de negar e resolvi aderir ao silêncio.

Parei o carro no estacionamento do prédio e subimos para o apartamento, e desde o elevador até chegarmos na porta ele continuava tentando me irritar com esse negócio de ciúmes. E o pior é que estava funcionando.
Quando entramos eu praticamente gritei.
— LIAM SE VOCÊ NÃO PARAR EU JURO QUE VOU TE BATER. —
Ele levantou as mãos se rendendo, mas ainda com aquele sorrisinho irritante nos lábios.
— Vai me bater? está tentando reproduzir aquela noite do jantar? — Ele disse, se encostando na parede, em frente a bancada da cozinha, na qual eu havia acabado de encostar. Ficando então, de frente para mim.
Eu me lembrei superficialmente do momento em que dei um tapa nele.
— A sensação foi incrível. — eu disse.
— "Não me chame de vadia" — Ele disse me imitando de forma exagerada.
Eu tentei não rir.
— Você era um babaca. — eu disse  — Corrigindo, ainda é. — completei rapidamente.
— Se eu ainda fosse um babaca eu teria pegado o número daquela mulher. —
Eu revirei os olhos.
— Você só não pegou por que não teve chance. —
— Eu não peguei por que eu não quis. —
— E por que não? — Perguntei.
— Por que estou interessado em outra garota. —
Meu corpo gelou um pouco com a possibilidade de eu não ser essa garota.
E se ele tivesse conhecido alguém?
— Lamento por ela. — Eu disse, sem demonstrar qualquer sinal de que eu temia estar o perdendo para alguém.
— Não lamente por ela. Lamente por mim, por que tudo o que ela faz é destruir meu coração. —
Neste momento minhas dúvidas sobre ter outra garota acabaram.
— Talvez você mereça isso. —
Ele deu um sorriso quase imperceptível e olhou pra mim, e derrepente aquele clima de brincadeiras e provocações parece ter se desvanecido. E um breve momento de silêncio surgiu.
Ele cruzou os braços e eu analisei minuciosamente cada movimento do seu corpo, o que me deixou com uma grande vontade de o tocar.

— Obrigado por me indicar para o cargo. —
Eu respirei fundo, não imaginei que ele saberia disso.
— Você iria conseguir de qualquer jeito. —
— Sabe, eu estava pensando... Você disse que nunca dariamos certo por que quando o contrato acabasse tudo acabaria. —
Eu não disse nada e esperei ele continuar.
— Mas na verdade ainda seremos sócios. A Imperius e a Gilleard Company agora estão interligadas, e um dia nós herdaremos estas empresas. —
Eu respirei fundo, como eu nunca tinha pensado nisso?
— Ou seja, você não pode fugir de mim. — Ele me lançou um olhar desafiador.
E eu ri.
— Isso é trágico. — eu o provoquei.
Mas ele não rebateu. Ao invés disso continuou com um leve sorriso silencioso.

Eu notei que o olhar dele estava direcionado aos meus lábios e assim eu soube que ele queria me beijar tanto quanto eu queria beijá-lo, e isso fez uma onda de calor e coragem percorrer o meu corpo. E durante alguns segundos, nossos olhos se encontraram, e em meio aquele silêncio eu esperei que ele fizesse o primeiro movimento, mas imaginei que ainda estivesse recuado devido ao que eu disse. Eu hesitei um pouco, mas sabia que se eu não fizesse nada, desta vez ele também não faria, por que foi eu quem pedi por isso.
Então dei alguns passos a frente, ficando apenas alguns centímetros de distância dele. Ele me olhou e parecia tentar prever o que eu iria fazer.
Fui ao encontro de sua boca, e o beijei com todo aquele desejo que eu guardava por tanto tempo, ele parecia tão faminto por isso quanto eu.
Senti suas mãos tocando meu corpo e isso me fazia sentir algo dentro de mim queimando cada vez mais forte, ele apertou meu corpo contra o dele e nosso lábios se perdiam um no outro. Então ele me levantou, segurando minhas pernas, andou alguns passos para frente, me colocando sob a bancada onde antes eu estava encostada.
Continuamos naquele beijo e eu sentia todo o meu corpo gritar por ele. Tirei sua blusa para sentir melhor seu corpo e acariciei suas costas enquanto ele ia até meu pescoço e deixava beijos quentes sob minha pele, me fazendo o querer mais do que eu já quis qualquer coisa na vida.
Ele me pegou em seu colo novamente e sem parar o beijo, seguimos pelo corredor, ele empurrou a porta de seu quarto com as costas e me colocou no chão quando parou em frente sua cama, ele parou o beijo e olhou para mim por uns segundos, como se quisesse um sinal de que poderia continuar.
Como resposta, eu me virei para que ele abrisse o zíper do meu vestido. Ele o tirou com delicadeza e beijou novamente cada centímetro do meu pescoço, o toque dos seus lábios quentes me provocavam arrepios. Eu me virei de novo para ele enquanto mordia o lábio e vi que ele olhava para o meu corpo sorrindo maliciosamente. Então ele me deitou em sua cama e veio para cima de mim, ele segurou firme em meu cabelo e seu beijo foi se tornando ainda mais intenso. Ele tirou minhas peças íntimas de vagar, e desceu suas mão pelo meu ventre e acariciou aquela região fazendo meu corpo vibrar.
Eu tentava conter minha vontade de gritar, enquanto ele me observava com os olhos repletos de desejo. Ele terminou de se despir e voltou os seus lábios aos meus. Quando o senti dentro de mim, minha respiração se tornou descompassada e ofegante. Eu mal sabia o quanto eu realmente queria isso até estar acontecendo. Ele segurava forte na minha cintura e enquanto o prazer me dominava eu apertava minha unhas sob suas costas, sempre que eu estava quase em meu limite ele parava e me beijava novamente.
Ele parou os movimentos por um momento enquanto eu o beijava e então em um movimento sagaz ele nos virou me deixando por cima dele, me permitindo conduzir o momento.
 
Quando atingimos nossos ápices eu deixei meu corpo exaurido cair sob o dele. Tentava recuperar o fôlego e sentia meus batimentos desacelerarem, experimentava algum tipo de relaxamento profundo. Aproveitamos o silêncio e a satisfação daquele momento por um bom tempo, ele acariciou meu cabelo e eu me lembro de sentir seu cheiro e a pele dele contra a minha quando adormeci em seus braços.

Casando Com o Inimigo Where stories live. Discover now