Uma Grande Festa

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Liam POV:

Estava no sofá e após uma tentativa de assistir um filme, Elize estava em cima de mim e me beijava insaciavelmente.
Já fazia uns dias que estes beijos tem se tornado frequentes, mas mesmo assim, meu desejo por ela só aumenta. E eu apesar de estranhar por eu não me cansar dela como sempre me canso das outras, eu não estava vendo problema nenhum nisso.
Eu não sabia até onde eu poderia ir, então eu esperava que ela desse algum sinal de que quisesse passar dos beijos.
E talvez ela estivesse dando esse sinal bem agora ao tirar sua blusa.
Eu me senti no paraíso quando vi o corpo dela, ela vestia um sutiã preto rendado que deixava ela ainda mais sexy, eu a queria tanto que mal saberia explicar.
Eu acariciei a pele macia dela, enquanto eu ainda a beijava calorosamente.
Quando do nada, a campainha tocou.

Ela se levantou e olhou para mim.
— Está esperando alguém? — Ela disse baixo.
— Não, você está? —
Ela se levantou de cima de mim e vestiu a blusa de novo, dando um fim a minha visão do paraíso, caminhou até a porta e a abriu.
Certamente era alguém que tocou a campainha do apartamento errado.
— Olá Elize! — disse uma voz familiar.
E logo vi minha mãe adentrando e cumprimentando Elize com um abraço.
— Oi Sra. Suller! —
Eu me levantei rapidamente e me sentei no sofá, colocando uma almofada em meu colo por motivos óbvios.
— Meu querido, tenho sentido tanto sua falta! — Ela disse antes de vir até mim e me abraçar.
Elize ainda estava em pé e segurando a porta, com uma expressão indecifrável.
Minha mãe se sentou no sofá ao meu lado.
— Aceita alguma coisa Sra. Suller? — Disse Elize, finalmente fechando a porta.
— Não, obrigada!
Eu vim fazer uma visita rápida. Como estão as coisas, estão se dando bem? —
— Sim, muito. — Eu disse.
— Não tanto assim. — Corrigiu Elize, se sentando na outra ponta do sofá.
— Alguns dias atrás eu vi algumas notícias e fotos, vocês estavam juntos no shopping, não é mesmo? — Ela disse.
E eu só conseguia me lembrar que quando fomos ao shopping eu estava o tempo todo com o braço em volta dela por lá, o que seria normal para todos que pensam que somos casados, mas eu me esqueci completamente de quem sabe a verdade.
— Estão se esforçando no quesito da mídia hein. — Ela disse, e eu reconheci o tom de desconfiança na voz dela.
Ela olhou para Elize e forçou os olhos.
— Querida, sua blusa está do avesso. —
Eu começei a rir mas engoli o riso quando Elize olhou para mim com um olhar ameaçador.

Minha mãe olhava ao redor, parecia procurar alguma coisa. Ela sabia. Eu tinha certeza que ela sabia, ou pelo menos já desconfiava de que estava acontecendo algo entre nós, mas eu conheço minha mãe, ela não iria acusar nada, ela iria me fazer falar.
Mas pensei: Que mal tem em ela saber?
Então eu me endireitei no sofá e decidir esclarecer de uma vez.
— Mãe, nós precisamos te falar uma coisa. —
Ela olhou para mim, como se estivesse pronta para ouvir algo que já soubesse.
— Eu e Elize estamos... — Rapidamente Elize me cortou — Organizando uma festa! — Ela disse, um pouco alto demais.
Eu e minha mãe olhamos para ela ao mesmo tempo, que estava com um sorriso insólito.
— Uma festa de aniversário. Para o Liam. — Ela disse.
Eu acho que ela nem sabia quando era o meu aniversário, e improvisou isso. Deixando claro que não queria que minha mãe ficasse sabendo sobre nós.
— Mas o aniversário dele é só daqui a 3 meses. — Minha mãe disse.
— É por que vai ser uma GRANDE festa! Precisamos de tempo para organizar! —
Eu sempre fazia grandes festas de aniversário, mas esse ano eu pensei que isso não aconteceria, por que eu não me importo mais com festas. Porém tentei colaborar com o que Elize dizia ou acho que ela me mataria depois.
— É... Você sabe que eu sempre faço grandes festas de aniversário. — eu disse.
— E que coincidência! já iamos falar com a senhora sobre isso, por que ninguém melhor que você para organizar uma ótima festa. — Elize disse, e minha mãe sorriu excentricamente ao ouvir.

Conseguimos enrolar minha mãe, mas eu senti que ela ainda estava desconfiada, e nada iria tirar isso da cabeça dela.

Quando ela foi embora, Elize me olhava como se eu fosse louco.
— Por que não deixou eu contar pra ela? —
Perguntei.
— Você ficou louco? Pra que você precisaria falar para ela, ou para o seu pai ou até mesmo para o meu? A gente tem ficado, mas eu já te disse, não é nada além disso. Quando o contrato acabar, isso também acaba. Então ninguém precisa saber sobre isso. — Ela disse com certa irritação.

Eu senti como se ela tivesse fincado uma faca no meu peito. Eu mal conseguia encontrar o que dizer. Eu não queria que isso acabasse.
O contrato ainda duraria um pouco mais de 1 ano. Que ironia, antes de me casar com ela 2 anos pareciam tanto tempo, e agora parece tão pouco.
A sensação de não ter mais ela um dia, era um pouco desesperadora, logo para mim, que nunca me apeguei a ninguém.

— Não precisa ser assim. — eu disse, tentando me aproximar dela, que deu um passo para trás.
— Vai ser assim. Eu não vou ficar presa a um casamento falso pra sempre. Tem sido divertido estar com você, mas isso começou de uma forma errada, a gente nunca vai dar certo. Na verdade, é melhor a gente parar com isso, tipo, agora. — Ela disse antes de ir para o seu quarto.

Não conseguia entendê-la. De forma alguma. Ela me mostra uma porta aberta e depois fecha ela na minha cara.  Quando parece estarmos indo bem, do nada ela ela me empurra para longe.

O pior de tudo é que eu não consigo simplesmente ligar o foda-se quando se trata dela como seu sempre fiz para tudo na vida. Eu não consigo parar de sentir esse desejo por ela, e como se não bastasse, não é só algo sexual, eu simplesmente gosto de estar ao lado dela, mesmo que a gente não esteja fazendo nada.
Eu nunca me apaixonei antes, e eu não sei se é o que sinto neste exato momento por ela, mas se for, eu só sei que isso dói pra caralho.

Casando Com o Inimigo Onde as histórias ganham vida. Descobre agora