•Di̾n̾a̾l̾l̾y̾• √ L͟o͟v͟e͟ B͟y͟ A͟c͟c͟i͟d͟e͟n͟t͟ (ᵍⁱⁱᵖ)

PENÚLTIMO CAPÍTULO ✓

- Dinah, pode ir, não se preocupe quando voltar nós duas estaremos inteiras. – Allyson murmurou vendo minha hesitação, Maite riu.

- Ok, engraçadinha.

Sai do quarto temeroso e logo balancei a cabeça, elas não fariam nada demais.

Mas se fizessem eu escutaria e eu e Lauren conseguiríamos separar ela.

Allyson narrando

Pensei que quando Dinah saísse do quarto, ela apontaria o dedo para mim e diria algumas coisas desagradáveis, mas ela nada fez, continuou guardando as peças de roupas. Como faltavam poucas ela logo terminou.

Pegou vários pacotes de fraldas descartáveis e guardou na parte inferior do guarda roupas.

Eu não gostava desse clima que havia entre nós, eu sabia que a responsável por esse silêncio desagradável era eu, e queria quebra-lo de algum modo, mas eu devo admitir para mim mesma, que o medo de levar um “FORA” ou uma “CORTADA” logo de cara, fazia com que minha garganta se fechasse e eu não conseguisse pensar em mais nada.

Torci meus dedos sobre o colo querendo que algo acontecesse para que eu não ficasse tão constrangida, sem ter feito nada.

- Você parece uma garotinha que tem medo de levar bronca. – Ela disse, olhei para cima vendo ela com uma sobrancelha arqueada.

- Não sei do que esta falando. – Murmurei como uma criança teimosa, sem olhar para ela.

- Você não precisa ficar intimidada comigo, não vou te bater.

- Não penso. – Disse no mesmo segundo.

- Pois parece que sim.

- Prefiro evitar brigas, e desentendimentos. – Dei de ombros me levantando do chão.

- Por que teria brigas? – Perguntou pegando uma peça, que havia sido esquecida em uma das sacolas, a dobrou e colocou no guarda roupas.

- Você não gosta de mim. – Eu disse por fim.

- Não, você esta errada, eu não tenho nada contra você, e sim contra o que você fez. É diferente.

- Não quero ficar relembrando nada, mas Dinah decidiu esquecer tudo o que aconteceu, por que não podemos fazer o mesmo? – Perguntei baixinho.

- Ela decidiu isso por que te ama, mas eu não te amo. – Riu um pouco.

- Mas você a ama. – Ela assentiu.

- Nada contra você, mas isso aqui é vida real, não um conto de fadas da Disney, as coisas não são tão fáceis, conquistar minha confiança não é fácil, é muito trabalhoso e quando as pessoas percebem isso, elas desistem de mim, não me importo por que aquelas que tentam são as que valem a pena. Não sei qual tipo de pessoa você é, mas não precisa tentar nada, quem precisa gostar de você é Dinah... E agora a Emily também, depende de você fazer tudo dar certo agora. Se quiser um conselho... Errar é muito fácil e humano, mas não deixe eles virarem um habito, algumas pessoas se acostumam com a dor, outras não, e vai ter um momento que ela vai cansar de ser derrubada e vai desistir, e ai será tarde demais para tentar recuperar o que o vento já levou. Você não precisa de mim, nem eu de você, pelo menos agora, eu não te tenho como amiga, mas pode acreditar que se um dia precisar de mim, eu te estenderei a mão, só não me faça me arrepender disso depois.

Depois que ela terminou de falar, eu refleti sobre o que ela falou, eu talvez fosse falar algo, talvez eu só abrisse a boca e não emitisse nenhum som, mas não pude concretizar essas opções por que Dulce apareceu no quarto.

- Pedimos pizza, vocês querem? – Ofereceu com um sorriso.

É, tudo realmente acaba em pizza.

Dinah narrando

Meu coração batia feito louco enquanto eu esperava no pátio do orfanato.

Ana havia ido pegar Emily e deixar tudo certo com a diretora da instituição. Quanto tempo havia se passado mesmo?

- Esta demorando muito. – Reclamei.

- Lauren, faz dez minutos. – Ally disse rindo de meu nervosismo.

- Mas ela disse que não ia demorar, estou ansiosa. – Murmurei.

Ela ficou na ponta dos pés, e enlaçou meu pescoço, os lábios
de fecharam em meu queixo.

- Procure relaxar. – Sussurrou antes de moldar nossos lábios.

Enlacei sua cintura trazendo-a para mais perto de mim, colando nossos corpos. Entreguei-me ao momento esquecendo-me completamente do lugar em que estávamos. Nos separamos apenas ao escutar um pigarro ao nosso lado.

- Desculpe interromper a pegação do casal, mas tem uma menininha querendo atenção aqui. – Ana disse com Emily no colo, que nos olhava curiosamente.

Com o mínimo de cuidado separei-me de Allyson, e tomei minha menina dos braços de Ana, beijando sua bochecha com força
e apertando o pequeno corpo contra o meu.

Ela gargalhou com os beijos que provavelmente fazia cócegas, os quatro dentinhos brancos de leite apareceram o que a deixou ainda mais encantadora, se é que isso é possível.

- Você será uma Mãe babona. Aqui esta a nova certidão de nascimento dela, com o novo sobrenome também, parabéns mamãe. – Ela entregou-me o papel plastificado, que tinha um grande valor para mim.

Ela deu-me um tapinha nas costas e se despediu, eu acho estava absorta demais para notar qualquer coisa ao meu redor.

Eu já tinha a Emily, e ainda tenho ally.

Talvez a vida não fosse tão difícil assim afinal de contas