Capítulo: 28

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Allyson narrando


- Então eu vou fazer uma curta escala, por isso estou aqui. – Ele disse bebendo um pouco do café. – E você? O que estava fazendo por aqui?

- Vim visitar meus pais. – Dei de ombros.

- Você não me disse quem é o tal Poncho, que se parece tanto comigo. – Lembrou, pegou um rosquinha dando uma grande mordida.

- Ah, ele era meu namorado... – Antes que eu falasse mais alguma coisa, fui interrompida.

- Vocês terminaram? – Perguntou.

- Não, ele morreu. – Ele olhou-me por um tempo.

- Isso explica por que você me olhou com os olhos arregalados quando nos esbarramos. – Assenti concordando.

- Você se parece muito com ele, são poucas as diferenças para falar a verdade. – Admiti, pegando o copo de cappuccino e bebendo um pouco.

- Quais são? – Indagou arqueando uma sobrancelha.

- Perdão?

- As diferenças entre eu e ele? – O olhei por um tempo.

- Seus cabelos são um pouco mais Grandes, ele tinha um pequeno sinal no queixo, você não tem covinhas, ele era mais forte, e você é mais alto. – Disse as mais evidentes. Ele sorriu.

- Não são grandes diferenças.

- É. Por um momento pensei que Poncho não havia morrido.

- Sinto muito. – Assenti evitando olhar para ele.

É eu também sentia muito.

- Mais e ai, você ainda é ligada nele? Sabe né? Tem mulheres que não desencanam ficam ligadas no cara mesmo depois da morte.

- Não, pelo menos não ao ponto de parar minha vida, já fazem um pouco mais três anos e... Tem que superar então... – Dei de ombros deixando a frase no ar.

- Passageiros com destino a Los Angeles, voo 1326 por favor embarcar no portão treze, pedimos desculpas pelo atraso e agradecemos a paciência.

Não era paciência era necessidade.

Preparei-me para pegar o dinheiro na bolsa e pagar por meu cappuccino, mas quando pensei em fazer isso vi Jesse já pagando a moça do balcão.

- Vamos? O voo já atrasou. Estou louco para comer de verdade e dormir de verdade. – Murmurou estralando o pescoço.

Seguimos para o portão de embarque.

- Se importa se eu ficar aqui? – Ele perguntou já se sentando ao meu lado.

Balancei a cabeça negativamente.

- O que houve com sua perna? –
Ele perguntou de repente.

- Acidente, na verdade eu fiquei paraplégica. – Eu disse com os olhos fechados.

- Uau, sua historia parecesse ser bem interessante.

- Cheia de coisas quase impossíveis. – Murmurei.

Como o voo ate Los Angeles não levava mais do que 2 hora, digamos que pudemos conversar muito.

- Podemos dividir o taxi, ele deixa você na sua casa e depois leva a um hotel. – Jesse disse assim
que saímos do aeroporto, assenti.

Não demorou muito até que estivéssemos dentro de um carro, indo em direção a minha casa.

 •Di̾n̾a̾l̾l̾y̾• √ L͟o͟v͟e͟  B͟y͟  A͟c͟c͟i͟d͟e͟n͟t͟ (ᵍⁱⁱᵖ)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora