Allyson POV
Abri meus olhos fazendo-os se acostumarem com a claridade.
Minha cabeça estava um pouco confusa, tentei lembrar-me o motivo de estar assim. Não consegui.
Eu estava obviamente em um hospital, algumas agulhas intravenosas em meu braço,
e uma bolsa de soro ao meu lado, monitores marcavam meus batimentos cardíacos.
É eu realmente estava em um hospital.
Forcei minha mente a lembrar do que havia acontecido, de como eu havia vindo parar aqui.
Eu estava com Poncho, nós conversávamos e um carro bateu contra nós... Os olhos verdes.
Ah meu Deus, o Poncho...
- Filha? Ah, Deus que bom que você acordou meu amor, eu estava tão preocupada. – Minha mãe entrou no quarto com algumas lagrimas nos olhos.
Eu não queria saber de nada, queria apenas que ela me respondesse uma coisa.
- Mãe, o Poncho esta bem não é?
– Eu perguntei logo, ela fechou os olhos fortemente.
- Querida, conversamos sobre isso depois, irei chamar o médico. – Ela deu-me as costas.
- Mãe, me responde como o Poncho está? – Ela parou no meio do quarto e logo saiu dele.
Será que Poncho estava tão mal assim? Pra minha mãe nem querer me dizer o estado dele?
Mas estava tudo bem, ele iria se recuperar é forte e saudável. Sorri ao lembrar dele, iríamos nos casar em breve, e logo moraríamos juntos.
- Senhorita Brooke, que bom que acordou. Como se sente? – Um médico de aparência jovem entrou no quarto.
- Bem. – Respondi o observando, ele olhava os monitores para logo escrever algo em sua prancheta.
- A senhorita teve um pouco de sorte, o carro poderia ter afetado áreas muito sensíveis do seu corpo ocasionando até em uma morte.
– Ele disse-me. Eu assenti.
- Quando posso ver meu noivo?
– Perguntei e por puro instinto eu olhei minha mão direita, vendo que meu anel de noivado não estava mais ali.
Estranhei a reação do médico, de repente ele já não sabia como falar, ou o que falar.
- Acho melhor deixar que sua mãe converse com a senhorita, ela mesma pediu-me isso. – Ele disse colocando algum tipo de remédio em uma das agulhas que havia em meu braço. Senti o liquido queimando um pouco.
- Ele esta muito mau doutor? – Ele não me respondeu, o que me deixou preocupada.
Alguns segundos depois, minha mãe retornava ao quarto, dessa vez acompanhada por meu pai, que logo veio em minha direção dando
-me um beijo em minha testa.
- Como se sente querida? – Ele perguntou acariciando meus cabelos.
- Bem. – Eu dei um pequeno sorriso.
- Tente descansar um pouco.
– Minha mãe disse.
- Não quero descansar, quero saber como o Poncho está. – Fui firme, queria uma resposta.
- Filha, acho melhor...
- Eu quero saber, e quero saber agora. – Minha mãe suspirou e limpou uma lagrima que escorreu.
Minha mãe começou a chorar e logo meu pai a puxou para seus braços. Por que ela estava assim? Será que Poncho estava tão mal assim? De repente fiquei ainda mais ansiosa para saber seu estado de saúde.
- Filha, não queríamos contar agora, achávamos melhor esperar você esta recuperada, mas você precisa saber. Infelizmente Poncho não resistiu. Ele esta morto. – Meu pai falou cabisbaixo.
Ele esta morto. Ele esta morto.
- Me deixem sozinha. – Pedi virando o rosto.
- Filha, acho melhor... – Meu pai tentava argumentar eu simplesmente não queria ouvir.
- Saiam daqui agora. – Pedi novamente, eu detesto chorar na frente de alguém.
Escutei um suspiro, um beijo em minha testa seguido de um sussurro “FIQUE BEM” e logo em seguida a porta foi aberta e fechada.
Permiti finalmente que minhas lágrimas caíssem e o soluço que
eu prendia em minha garganta foi libertado.
Porque ele afinal? Porque não os dois? Porque me fazer sofrer desse jeito?
FLASHBACK ON
-Aqui? Perguntei olhando local.
- Sim, o que acha?- Ele perguntou animado.
- Não é um pouco afastado de tudo? – Questionei sem querer ser chata.
- É assim teremos muita privacidade. – Ele piscou malicioso, e riu alto ao me ver corar.
- Poncho!- Exclamei sentindo minhas bochechas extremamente quentes.
Soltei minha mão da dele e andei pela areia sentindo o vento em meu rosto. Escutava as ondas se quebrando quando se chocavam contra as pedras.
- Então o que acha? – Ele perguntou novamente, rodeou minha cintura com seus braços, o queixo apoiado em meu ombro.
- Acho que seremos muito felizes aqui. – Eu me virei ficando de frente para ele. Seus olhos sorriam.
- Isso seremos princesa, eu prometo que te farei feliz, nem que isso custe a minha vida. – Ele olhou-me sério.
- Ficando comigo já é o bastante. – Alisei seu rosto.
-Amo você.
-Eu também amo você, muito. – Sussurrei antes de colar meus lábios nos dele.
FLASHBACK OFF...
As lembranças invadiam minha mente.
Deus, como que conseguiria acordar de manhã sem ler suas mensagens carinhosas? Ou conversar ate tarde da noite? Como eu faria sem o ter ao meu lado?
Poncho, meu Poncho. Céus isso não podia estar acontecendo comigo, não podia.
- Você não podia ter me deixado.
– Eu sussurrei entre as lágrimas.
Escutei a porta do quarto ser aberta, mas não virei-me para olhar quem era. Supus ser uma enfermeira, já que logo a inconsciência me tomava. Agradeci mentalmente, quem sabe quando eu acordasse percebesse que tudo não passou de um pesadelo?
Ou caso isso fosse a pura realidade, o sono e a escuridão fizesse com que a profunda dor em meu peito aliviasse?
Acostumei meus olhos com a claridade que invadia o quarto. Suspirei sentindo meus olhos ficarem marejados e, logo algumas lagrimas caírem deles.
- Foi tudo real. – Eu falei comigo mesma tentando me acostumar com a idéia. Balancei a cabeça, é impossível eu me acostumar com a idéia.
- Bom dia querida. – Uma enfermeira de aparência cansada entrou em meu quarto, em seus braços estava uma bandeja, ela pegou uma espécie de carrinho e o colocou ao meu lado, depositou a bandeja em cima dele e o virou fazendo com que a bandeja ficasse em minha frente.
- Eu não quero nada. – Murmurei.
- Mas tem de comer. – Ela falou.
A porta foi aberta e minha mãe entrou no quarto.
- Pode ir, eu a convenço a comer.
– Ela falou, a enfermeira assentiu
e saiu lembrando a minha mãe de dar-me o remédio que estava na bandeja.
- Me deixe sozinha. – Pedi. Ela suspirou.
- Coma algo. – Ela ofereceu-me uma maça.
- Eu não estou com fome. Mãe?
- Sim?
- Me ajude, quero levantar, preciso ir ao banheiro. – Eu falei, não entendi sua expressão. E não entendi quando percebi que não sentia minhas pernas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
•Di̾n̾a̾l̾l̾y̾• √ L͟o͟v͟e͟ B͟y͟ A͟c͟c͟i͟d͟e͟n͟t͟ (ᵍⁱⁱᵖ)
Fanfic02 • C̳̳o̳̳m̳̳p̳̳l̳̳e̳̳t̳̳o̳ • ✓ ɴãᴏ ᴘᴇʀᴍɪᴛo ᴀᴅᴀᴘᴛᴀcᴀo √ ➪ ᴄʀᴇ́ᴅɪᴛᴏs ᴘᴀʀᴀ ᴄᴀᴘɪsᴛᴀ ➪ CamzLolo ̳S̳̳I̳̳N̳̳O̳̳P̳̳S̳̳E̳ Poderia você se apaixonar pela pessoa "responsável" pela morte do "amor de sua vida? "Poderia você se apaixonar pela pessoa "respons...
