TRÊS ANOS DEPOIS:
Allyson POV
- Eu não vou mais. – Gritei com a maior força que pude.
- Querida, não pode fazer isso... Você teve uma grande melhora e...
- Grande melhora? Grande melhora? Foi por simples cinco segundos, pode nunca mais acontecer... Já aceitei minha condição, não quero criar ilusões na sua cabeça, e nem na minha. – A interrompi, meus olhos já cheios de lágrimas.
- Por que querida? – Minha mãe também chorava.
- Eu estou cansada, não entende isso? Há malditos três anos atrás, eu fiquei pensando que talvez tudo pudesse se resolver, mas já estou tentando há muito tempo, estou perdendo a minha vida. – Desabafei.
- O que pretende fazer? – Ela perguntou enquanto tentava se recompor.
- Eu vou pra faculdade, irei realizar meu sonho... Posso fazer tudo que quero nessa cadeira.
-Não duvido disso querida. – Ela falou.
- Ótimo, porque fui aceita Na UCLA, vou pra lá semana que vem. – Ela abriu a boca sem saber o que falar.
- Mas... Não dará tempo de nos mudarmos. – Pelo jeito ela não entendeu.
- Eu vou sozinha. – Disse firme.
- Não, não de jeito nenhum. Eu não permito isso Allyson. – Ela falou depois de respirar fundo.
- Não estava pedindo autorização, estava avisando.
- Você não pode... Não pode ir sozinha. – Ela balbuciou.
- Tenho vinte e um anos, sou dona da minha vida, e eu acho que posso. – Falei o mais calmamente possível.
- Onde vai morar? – Ela perguntou.
- Já cuidei disso. – Ouvi a voz do meu pai, olhei surpresa para ele. Já que nem eu mesma havia pensado em onde eu iria ficar.
- Como pai?
- Filha... Desculpe, mas sou muito protetor, quando vi sua carta de admissão eu logo soube que você iria, você sempre foi assim, determinada. Então providenciei um lugar para você. É uma casa, não é grande, mas esta totalmente adaptada. – Ele disse com um sorriso no rosto, enquanto afagava a cintura de minha mãe que ainda chorava um pouco.
- Ai, obrigada pai.
- Não precisa agradecer, mas...
- Sempre tem um, mas.
- Mas, eu também contratei uma pessoa, e antes que você pergunte sim ela é uma enfermeira. Pode falar o que quiser, mas não posso deixar você sozinha em uma casa.
Eu suspirei, mas nem adiantaria brigar, ele não voltaria atrás, e outra mesmo sem querer admitir, eu precisava de ajuda no banho, e em outras coisas do dia a dia.
- tudo bem, obrigada pai. – Eu sorri feliz.
Era arrumar minhas malas, pegar um avião, e tentar ser normal... Tentar ser feliz novamente.
Iria tentar... Ao menos tentar, talvez isso não me machucasse tanto.
Mas no fundo, eu acho que nunca terei a felicidade que eu tinha planejado há quatro anos.
Dinah POV
- Excelente Angel, em pouco tempo você estará totalmente recuperada. – Eu sorri para ela. Que me retribuiu o sorriso juntamente com um abraço.
- Eu nem acredito. – Suspirou feliz. Era sempre assim, ela conseguia ver sua melhora, e não fantasiava tudo. Sabia que seus esforços na fisioterapia valeriam a penas.
Talvez por isso eu me dedicasse mais a ela, não que eu não fizesse o mesmo com os outros pacientes, mas ela era especial... Fazia tudo direitinho, e depois vibrava quando tinha uma pequena melhora.
- Seu esforço vale à pena. – Eu disse.
- Que a Drª Stephanie não me escute, mas acho que só tive essa melhora por sua causa. – Ela falou sorrindo.
- Não foi por minha causa, foi por sua causa, você que faz tudo, eu só te guio. – Era a mais pura verdade.
- Não, não nesse sentindo, mas você... Você me incentiva mais, é como se eu soubesse que aquilo é importante e, quisesse muito fazer, mas me falta algo, um empurrão e, você faz isso, você me dá o empurrão e o ponta pé inicial. Olha só isso. – Ela ergueu a única muleta que usava.
- Estou vendo. – ri com sua empolgação.
- Eu mal conseguia ficar de pé, ai a Drª disse que eu teria uma nova fisioterapeuta, pensei que seria pior, mas em dois anos... Eu uso apenas uma muleta.
- Daqui a pouco, não precisara mais de nada. – Falei sincera.
- Eu sei, obrigada Dinah.
- Não precisa agradecer.
- Eu já vou, dona Patrícia esta me esperando. – Ela aproximou-se dando-me um pequeno beijo na bochecha e se retirando em seguida.
Sorri olhando minha ficha de pacientes, como o último ligou avisando que havia se mudado, significa que meu trabalho estava concluído por hoje.
Arquivei algumas coisas em meu computador, em seguida desliguei-o. Sai da clinica despedindo-me dos funcionários, e de alguns pacientes que eu conhecia.
Simplesmente adorava o que estava vivendo... Tinha um emprego incrível, eu podia ajudar pessoas, fazia amizades e tinha um ótimo salário.
Eu tinha as mesmas Amigas desde que eu tinha cinco anos, então eu posso dizer que são como Irmãs para mim.
Entrei meu carro dei a partida e manobrei para longe dali.
A estrada estava um pouco movimentada. Prestava atenção no trânsito, sempre fui cuidadosa, mas depois do que aconteceu... Minha atenção triplicou.
Depois de alguns minutos, finalmente cheguei ao edifício onde morava, cumprimentei Brad o porteiro, e entrei no elevador, que por milagre estava vazio.
Abri a porta do apartamento e fiquei parado e logo depois suspirei balançando minha cabeça.
- O que fazem aqui? – Perguntei deixando minhas chaves e a bolsa em cima de uma mesa.
- Estamos assistindo. – Lauren disse antes de colocar um monte de pipoca na boca.
- Vem Dinah, a historia é incrível.
–maite disse empolgada.
- Mas por que estão aqui? – perguntei sentando-me no sofá.
- Eu queria sair, a Maite queria ver filme, então nós viemos pra cá esperar você e ver o que quer fazer.
- Não reclame, foi você que nos deu a chave do apartamento.
- É, obrigada por me lembrar, se um dia eu me mudar novamente vocês não terão a chave ok? – Eu ri enquanto seguia para o meu quarto, e depois tomar um banho.
- Até parece, se ela fizer isso chamamos um chaveiro não é Maite? - Ouvi laur falar.
É realmente estou vivendo um ótimo momento.
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•Di̾n̾a̾l̾l̾y̾• √ L͟o͟v͟e͟ B͟y͟ A͟c͟c͟i͟d͟e͟n͟t͟ (ᵍⁱⁱᵖ)
Fanfiction02 • C̳̳o̳̳m̳̳p̳̳l̳̳e̳̳t̳̳o̳ • ✓ ɴãᴏ ᴘᴇʀᴍɪᴛo ᴀᴅᴀᴘᴛᴀcᴀo √ ➪ ᴄʀᴇ́ᴅɪᴛᴏs ᴘᴀʀᴀ ᴄᴀᴘɪsᴛᴀ ➪ CamzLolo ̳S̳̳I̳̳N̳̳O̳̳P̳̳S̳̳E̳ Poderia você se apaixonar pela pessoa "responsável" pela morte do "amor de sua vida? "Poderia você se apaixonar pela pessoa "respons...
