Capítulo: 38

1K 76 2
                                        

- Você realmente gostava dela. - Afirmei assim que ela terminou de falar.

- Posso te dizer com toda a certeza, de que eu a amava. Tentei a adoção, mas não consegui, ela foi para um casal. - Suspirou olhando para o lado.

- Você não conseguiu por ser solteira? - Perguntei.

- Tenho 90% de certeza que sim, mas eu queria tanto, tanto ter conseguido. - Ela suspirou. Senti uma imensa vontade de abraçá-la por vê-la tão frágil.

E foi o que fiz, era ótimo ter essa liberdade, e saber, sentir que ela correspondia a esse ato, me fez ficar efusivamente feliz. Ter seus braços em minha volta, me apertando era uma das melhores sensações do mundo. Principalmente quando isso vinha acompanhado por sua respiração em meu pescoço. Acho que isso sempre faria com que eu me arrepiasse.

Com uma das mãos acompanhei o contorno de seu braço. Queria tanto fazer algo para que ela ficasse mais feliz, que houvesse algo para que ela não pensasse no que havia perdido.

Encaixei meu rosto na curvatura de seu pescoço, respirei fundo sem a menor vergonha, querendo sentir o cheiro da pele dela.

- é ruim para você, estar comigo depois de tudo o que aconteceu? - Depois que a pergunta saiu, eu me senti uma idiota maior. Chinguei-me mentalmente e pensei em dizer algo como : Esqueça o que acabei de falar.

Antes que eu realmente dissesse isso, ela resolveu falar.

- Não, se fosse ruim eu não estaria.

- Vai ser muito difícil recuperar sua confiança. - Eu declarei.

Ela nada falou. Levantei a cabeça, querendo encarar seus olhos. Mas ela não me olhava, sua boca estava torcida, parecia estar em algum tipo de discussão interna.

Eu não podia o culpar de nada, de hesitar em se entregar a esse relacionamento outra vez, nem poderia ficar magoada caso em algum momento ela não tivesse confiança suficiente em mim. Isso é apenas um reflexo do que eu a fiz passar, teria que lidar com a ideia de que, infelizmente, talvez ela nunca fosse se entregar totalmente a um relacionamento que já havia dado errado.

Agora dependia de mim, fazer com que essa chance valesse a pena, e eu com toda a certeza estava disposta a provar a ela, que isso valia a pena, e consequentemente, provar que eu valia a pena.

Valia a pena tentar reconquistá-la, por que ela valia a pena.

- Eu vou fazer você confiar em mim, juro que vou. - Eu sussurrei em seu ouvido, ela virou o rosto surpresa, não esboçou nenhuma reação.

Então eu colei nossos lábios, querendo mais do que tudo, demonstrar ali, o quanto eu a desejava, o quanto eu estava apaixonada, e o quanto eu a amava.

- Adivinha o que nós...

A frase ficou presa no ar, nós separamos observando a Mulher que nos olhava sem reação.

- Uau, maior amasso em? - Lauren riu relaxada, e se jogou em uma poltrona, como se não tivesse atrapalhado absolutamente nada.

- Acho que viemos em má hora. - Maite disse olhando para Dinah.

- Não faz assim, podemos conversar? - Ela levantou indo em direção a ela, que sem dizer nada, seguiu pelo corredor com ela a seguindo.

Encarei Lauren procurando uma forma de agradecer pelo o que ela havia feito por mim.

- Acho que posso me considerar a madrinha do casamento. - Ela sorriu para mim.

- Obrigada, sabe pelo que você falou, não teria vindo aqui se não fosse por você. Não sei como te agradecer, por isso, mas obrigada de verdade.

 •Di̾n̾a̾l̾l̾y̾• √ L͟o͟v͟e͟  B͟y͟  A͟c͟c͟i͟d͟e͟n͟t͟ (ᵍⁱⁱᵖ)Where stories live. Discover now