- Você esta namorando com ela, vocês se amam, ela esta tentando adotar uma garotinha, mas pode não conseguir por ser solteira.

- E daí?

- Você tem cérebro garota? Se casem! Nossa parece até que não pensa. Se vocês fossem casadas tudo seria mais fácil. – Ele faltou apenas dizer um “dãã” e me chamar de retardada.

Ok, eu me casar com Dinah. Não seria nenhum sacrifício, mas isso não dependia de mim.

- Isso não depende de mim. – Expus o que pensava.

- depende de quem então garota?
– Revirou os olhos.

- Dela ué, ela que tem que decidir me pedir em casamento. – ele levantou-se do sofá e colocou a mão sobre a cabeça, mas sem desmanchar o penteado.

- estamos no século XXI, Allyson. Mulher seja independente, Não seja clichê so por ela ter um pénis, peça você.

- O quê? Não. Você só pode estar brincando. Não vou pedir ela em casamento isso é tão... Antiquado. – Fiz uma careta ao imaginar-me pedindo Dinah em casamento, não pude conter uma gargalhada.

- Se você acha, por que se fosse eu... Pediria na hora, é só a garota da sua vida, que é uma garota também, que te deu uma segunda chance mesmo sem você merecer, isso por que ela esta apenas tentando formar uma família, é tão fácil encontrar uma pessoa maravilhosa, assim não é? – revirou os olhos.

- Você esta chato demais hoje. Esta de TPM? – Ironizei seu mal humor.

- Engraçadinha, estou um pouco estressado hoje, mas tudo bem. Desculpe se fui grosso ou qualquer coisa, mas de qualquer forma, acho que não tem nada demais você propor casamento a ela. – Deu de ombros como se tivesse acabado de comentar o quão azul o céu estava.

- Tudo bem, mas não, isso chega a ser ridículo, não vou fazer isso.

- Você quem sabe. Preciso ir, fiquei de encontrar uns amigos que estão de passagem por aqui. – Veio até mim, dando-me um beijo no rosto.

- Tchau.

Ele saiu do apartamento em seguida.

Do nada cai em uma gargalhada
ao e imaginar fazendo o que Harry havia dito.

E assim como comecei parei no mesmo instante. Ok, não era uma ideia tão absurda assim, e mais da metade das coisas que Harry disse, estão certas. Eu estaria não só ajudando-a a ter a guarda da Emily, como também conseguiria de brinde uma vida ao lado dela... Ou
o tempo que o casamento durasse, o que hoje em dia... Não é muita coisa.

Era uma brinde pra lá de fantástico. Também seria uma prova de que eu realmente me arrependia do que havia feito, e de que eu realmente a amava.

Ela talvez não aceitasse pensando que eu faria aquilo apenas pela guarda da menina, e faria um discurso dizendo que aquilo seria errado, e que não queria que e me prendesse a ela dessa forma, para que depois eu não me arrependesse.

Seu altruísmo as vezes pode irritar.

Então, eu teria que começar um discurso dizendo que eu também queria isso, e que mesmo sem conhecer a menina eu também queria uma família, e ressaltar quantas vezes fossem necessárias, que eu a amo, e que não seria de forma alguma ruim me prender a ela dessa forma, e que com toda a certeza do mundo eu seria muito feliz se ela quisesse formar essa família comigo.

E ai talvez ela pensasse um pouco, e me perguntasse se eu realmente estava disposta a isso, e ai eu assentiria e diria que era o que eu queria. Ela daria um sorriso de matar qualquer uma do coração.

E finalmente iríamos começar a organizar tudo para que o casamento acontecesse o mais rápido possível. Teríamos uma rápida lua de mel, por que estaríamos ansiosas demais para pensar em qualquer outra coisa. Então respiraríamos aliviadas quando ganhássemos a guarda dela.

Seria muito possível que depois que ela recebesse a noticia e me pegar nos braços, me rodar no ar, e me beijar e dizer que me ama. Eu iria apenas balançar a cabeça, sussurrar que também a amava e que seriamos uma família feliz agora.

E quem sabe com isso eu ganhasse um pouco de confiança da melhor amiga dela?

- Que merda você está pensando, Allyson? Você não vai fazer isso.

Não por ser feminista... Mas qual é?

Qual mulher não sonha em ser pedida em casamento por seu “PRÍNCIPE ” no meu caso PRINCESA. Ok, com vinte e três anos eu não deveria estar pensando nessa bobagem de adolescente. Mas sou como qualquer mulher. Alem do mais, se Harry pensou nisso, com certeza Dinah pode pensar também.

- Não seja idiota, ela pode até pensar, mas não vai te pedir. – Eu disse a mim mesma.

Por que não? – Minha mente perguntou-me.

Não soube responder minha própria pergunta, e isso foi terrivelmente frustrante

 •Di̾n̾a̾l̾l̾y̾• √ L͟o͟v͟e͟  B͟y͟  A͟c͟c͟i͟d͟e͟n͟t͟ (ᵍⁱⁱᵖ)Where stories live. Discover now