Algumas davam para perceber que tinham alguns problemas mentais.

Meus olhos estavam marejados, passei para outra foto e vi ela com uma menininha no colo os olhos pequenos, claramente eu percebia que ela possuía síndrome de down. Mas ela era incrivelmente linda.

– Que lugar é esse? – Perguntei olhando as outras fotos.

– É um orfanato para crianças especiais. – Deu um meio sorriso triste.

– Você vai muito lá?

– Quando tenho tempo. Só gosto de ir para passar o dia inteiro, as crianças gostam de atenção.

– Me leva lá um dia? – Pedi. Vi seus olhos brilharem, e ela sorriu.

– Claro, quando você quiser.

Fiquei ali algum tempo vendo as fotos e conversando com ela sobre as crianças.

– Como descobriu esse lugar? – Perguntei.

– Foi meio que sem querer, o pneu
do carro furou, só que eu tinha esquecido do macaco, ai eu andei alguns minutos, e depois encontrei esse lar, mesmo sem esperanças de que elas tivesse um eu entrei, pra minha surpresa elas tinham, troquei
o pneu, e quando eu voltei para devolver, uma das crianças pegou na minha mão e perguntou se eu não queria brincar com elas, eu fui, fiquei um tempo. E daí em diante eu comecei a fazer doações todos os meses para lá, e quando posso vou visitar as crianças. – Sorriu.

– Você é incrível Dinah. – Eu falei olhando em seus olhos.

Ficamos nos encarando, e antes que eu tivesse consciência do que ela pretendia fazer, sua boca colou-se na minha.

O corpo Dela cobriu o meu, deitando-me na cama.

Depois de alguns segundos com sua boca colada na minha, ela segurou o peso de seu corpo nos cotovelos, o rosto um pouco em cima do meu. Uma das mãos acariciou de leve meu rosto, fazendo-me fechar os olhos.

Olhei ao redor meio grogue, meus braços um pouco rígidos.

Dinah estava ao meu lado, um meio sorriso em seu rosto, os olhos me analisando.

– Não acredito que dormi. – A última palavra saiu meio destorcida por conta de um bocejo involuntário. Ela riu.

– Quer comer alguma coisa? – Eu neguei com a cabeça. Meus olhos se focalizaram no relógio que ficava em sua mesa de cabeceira.

– Ah meu Deus.

– Algum problema Ally? – Perguntou preocupada.

– Acho melhor me levar para casa. – Eu disse, ela assentiu.

– Agora? – Fez um bico gracioso, eu assenti.


{...}


Dinah narrando


Estacionei o carro em frente a sua casa, desliguei o motor.

O dia havia sido tão bom, não queria que tivesse acabado, parecia que eu tinha acabado de sair de um sonho.

– Er... Hã, Obrigada. – Sua voz doce disse, tirando-me de pensamentos.

– Pelo quê? – Perguntei sem entender.

– Pelo dia, foi... Muito bom. – Suas bochechas coraram um pouco, ela não me olhou.

– Eu gostei muito. – Admiti.

– Eu também.

– Por que esta assim? – Perguntei referindo-me ao fato de que no meu apartamento estava tudo bem.

– Como vai ser amanhã? – Perguntou, deixando-me sem entender nada.

– Não entendi.

– Na faculdade? E na consulta?

– O quê que tem?

– Não vai ficar um clima estranho entre nós? – Perguntou, e desde que havíamos entrado no carro ela me olhou, os dentes massacrando os lábios perfeitos.

– Claro que não. – Sorri.

– Então vamos esquecer tudo o que aconteceu hoje? – Sorriu.

– Claro que não. – Sorri também.

– Então o que vamos fazer? – Perguntou.

– Deixar as coisas rolarem. – Eu disse simplesmente.

– Como? – Eita garota complicada.

– Assim. – Inclinei-me sobre o espaço que tinha sobre nós e colei nossos lábios.

Beijando-a ternamente, aquilo era bom demais.

– Assim? – Perguntou baixinho, assim que nos separamos.

– É, vamos aproveitar essa coisa boa que esta acontecendo.

– E vamos deixar isso em segredo certo? – Perguntou, poderia jurar
ter visto certa magoa em seu olhar.

Eu balancei a cabeça inconformada,
o que ela afinal pensava de mim?

– Por que manter isso em segredo?
– Arqueei uma sobrancelha.

– Você não... Quer dizer... hã... – Se complicou com as palavras.

– Pode falar o que pensa Allyson.
– Disse calmamente, não queria que qualquer tipo de pensamento, pudesse arriscar a estragar o que quer que fosse que, estivesse nascendo entre nós.

– você não terá vergonha de ficar comigo? Quer dizer, na frente de outras pessoas, com todo mundo sabendo.

– Que ideia absurda Allyson, eu não me preocupo com que os outros vão falar, se por um acaso algo mais serio acontecer, e você gostar de mim, por que eu me importaria com o que os outros vão pensar?  – Ela deu um sorriso lindo, mais tão lindo que eu sorri também, estiquei o braço, fazendo com que minha mão tocasse sua bochecha.

 •Di̾n̾a̾l̾l̾y̾• √ L͟o͟v͟e͟  B͟y͟  A͟c͟c͟i͟d͟e͟n͟t͟ (ᵍⁱⁱᵖ)Where stories live. Discover now